A autoridade das palavras registradas está no fato de que tudo o que foi visto e previsto está por acontecer, isto é, a volta de Cristo, como vencedor e salvador.
Bem-aventurado é aquele que crê nestas palavras proféticas, que anunciam e preparam a vinda de Cristo. Portanto, percebemos o tom presente do conteúdo do Apocalipse. Enquanto que anuncia a vinda de Cristo num futuro próximo, o texto nos exorta a sermos e vivermos como cristão já agora, num constante vigiar, pois Cristo virá sem demora.
João, o último dos discípulos ainda vivo, testemunha desta mensagem. Ele, que teve a oportunidade de estar junto com Cristo enquanto vivo, agora reafirma a mensagem cristã já revelada ao mundo.
Ap 22. 9-11 – O caráter cristão: testemunhar as palavras do Apocalipse
Conhecedor do conteúdo do Apocalipse, João não é para adorar o mensageiro de Deus. Assim como o mensageiro, João está de seu lado também para testemunhar e viver na prática da justiça de Deus e viver na santidade.
A verdadeira adoração a Deus se traduz numa vida de testemunho do que significa Deus para o cristão.
A mensagem de Deus não deve ser escondida nem guarda do mundo; pelo contrário, esta mensagem reveladora do Apocalipse precisa ser conhecida; e ela é lei e evangelho. A lei sempre aponta para o pecado e suas conseqüências de distanciamento de Deus, pois aquele que vive na injustiça, sem arrependimento, vive imundo para Deus; já aquele que é justo pelo que Deus lhe proporcionou, vive em santidade. Nossas obras são santas não pelo ato em si, mas pela origem em si – brotam do Espírito de Deus que habita o coração do crente. Este texto ecoa a parábola do joio e do trigo, que serão separados no momento da colheita (Mateus 13.24-30)
Ap 22.12-17 – A fé nos faz aguardar a Cristo
A nossa vida cristã se traduz numa vida de esperança pela volta de Cristo. Galardão e recompensa são palavras que nos fazem pensar nos resultados de nossa fidelidade a Deus. Reconhecendo a nossa dependência de Deus, estamos preparados para a qualquer momento estarmos eternamente com Cristo. Individualmente, estaremos com Cristo no momento da nossa morte e, como igreja, no momento do juízo final.
Diz Jesus: "venho sem demora". O professor Rottmann nos sugere três verdades a partir deste alerta: 1 – o fim do mundo pode chegar a qualquer momento; 2 – estamos mais perto do fim do que em qualquer tempo; 3 – estamos chegando lá rapidamente. Claro que este tempo de Deus não pode ser relacionado com o nosso tempo.
Ao percebemos o momento da morte, não podemos prevê-la, pois ela chega em diversos momentos da vida das pessoas – esse é o tempo de Deus, da colheita de Deus. O que podemos fazer é estar preparados para entrarmos nas portas da vida eterna
Em contraste com os crentes estão os descrentes, que vivem na impureza e praticam atos não de fé mas de autojustificação. São os mentirosos em relação a Deus e à igreja (os cristãos).
Para os cristãos a mensagem do Natal é fundamental. No v. 16 temos ecos do Natal, no nome de Jesus, na raiz e geração (descendência) de Davi e na estrela da manhã. Portanto, assim como Cristo veio pela primeira vez no Natal a fim de nos proporcionar salvação, agora a noiva, a igreja, pode clamar pela segunda vinda, para a bem-aventurança eterna. A segunda volta de Cristo é o nosso segundo Natal.
Ap 22.18,19 – O valor das revelações divinas
Novamente temos uma advertência da parte de Deus. Quem modificar ou retirar esta mensagem de sua vida terá como conseqüência os flagelos deste livro. Em outras palavras, a salvação eterna depende de crermos ou não no conteúdo deste livro. E crer significa viver o seu conteúdo na perspectiva da eternidade com Deus.
Ap 22.20,21 – O Testemunho final
Assim como a bênção é marca do final do culto, repetir as promessa de retorno é marca do final da mensagem do Apocalipse.
A grande trajetória da igreja de Cristo terá o seu momento conclusivo na volta de Cristo. Toda a vida da igreja de Cristo é como um grande culto que nos prepara para a eternidade com Cristo.
O momento decisivo do Apocalipse é a grande expectativa da volta de Cristo e isto é reafirmado nas últimas palavras.
(Rev. Clóvis Prunzel)
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