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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Apocalipse (14) - Ap 13-14

Introdução
O capítulo 13 nos apresenta duas bestas, que têm um poder aparente. É Satanás aproveitando o tempo para tentar afastar alguns cristãos da vitória de Cristo.

Ap 13.1-10 - A primeira besta
A besta emerge do mar. O mar precisa ser entendido como o lugar do qual emanam os poderes contra Deus. Podemos relacionar esta besta como aliada de Satanás na luta contra a fé cristã. Evidentemente que se pode relacionar esta besta com o império romano, visto que persegue os cristãos no tempo de João.
A besta quer demonstrar uma aparência de vitória, pois possue dez chifres e sete cabeças; quer se parecer a Deus. Ela é uma mistura de leopardo com leão e urso – isto é, um monstro, que possue certa autoridade, dada pelo dragão, Satanás.
Esta besta está ferida em uma de suas sete cabeças, mas foi curada. Aparentemente podemos entender este ferimento como uma perda parcial do poder de Satanás na terra para o cristianismo, mas que logo após volta a ser vitorioso, pois toda a terra segue maravilhado atrás da besta. Talvez a melhor forma de interpretarmos esta derrota numa batalha mas a vitória na guerra toda é relacionar com Nero, que representou para os primeiros cristãos um Anticristo, que havia sido derrotado, mas que na época de João estava voltando na pessoa de Vespasiano, que determinou uma perseguição rude aos cristãos.
Esta besta, este Anticristo, reina por 42 meses, o período que nós consideramos o período em que dependemos da graça de Deus mas que ainda podemos cair – a perfeição em Cristo, mas ainda lutando contra Satanás e seus aliados que nos querem tirar da glória dos céus.
A ação dos seguidores da besta é a idolatria, pois adoram a besta e não a Deus; é blasfêmia, pois profanam o nome de Deus; e perseguem os cristãos, causando mortes e destruição entre aqueles que têm seus nomes inscritos no livro da vida.
Quanto a ação da besta, os cristãos precisam estar bem atentos, a fim de percebam como ela age, querendo desviá-los de Deus.
A lei de talião será aplicada àqueles que oprimiram ao povo de Deus, pois a aparente vitória significa sua derrota eterna.

Ap 13.11-18 - A segunda besta
A segunda besta emerge da terra e parece ter menos poderes que a outra; mas na realidade, ela age sutilmente entre os homens. Suas ações são:
a) ela realiza sinais e prodígios na terra;
b) ela anima a imagem da primeira besta para fazê-la adorar;
c) ela marca os homens com o número da besta, sem que é impossível comprar e vender. Os poderes da besta atingem todas as áreas da vida humana.
O número da besta, que tem suscitado problemas na tentativa de se descobrir que é ele, representa a imperfeição existente entre Deus e os homens. Portanto, aquele que segue a besta e o dragão não pode se relacionar com Deus e é inimigo de Deus.
Quanto ao cap.13, o professor Rottmann sugere duas interpretações às duas bestas:
a) o monstro que emerge do mar representa todos os poderes universais anticristãos nas suas forças políticas;
b) o monstro que emerge da terra representa as ideologias e religiões anticristãs, propagando o ódio contra Cristo e sua igreja, muitas vezes aliadas a forças e potências universais. (p. 237,238)

Ap 14.1-5 - O Cordeiro e seus seguidores
Em contraposição à besta e seus seguidores, João vê o Cordeiro e aqueles que estão marcados pelo nome de Deus. O Cordeiro é Cristo e os 144 mil são os salvos, que são vitoriosos sobre Satanás. Estão nos céus, cantando glórias a Deus.
Para chegar até os céus, os cristãos foram comprados e redimidos da terra; o preço é o sangue do Cordeiro. Por isso, não se mancharam com a prostituição. Prostituir-se é muito mais do que um ato sexual ilícito – é adorar a outro Deus; é idolatria; é seguir o caminho contrário ao de Deus. Estes são as primícias, o melhor de Deus e para Cristo.

Ap 14.6-13 - O anúncio do Juízo
São três anjos que trazem o anúncio do juízo de Deus sobre a humanidade.
O primeiro anuncia sobre toda a terra, exortando para que todos temam a Deus e dêem-lhe glórias. Reverência a Deus por causa de suas maravilhas. Também anuncia o juízo de Deus, que virá sobre todos aqueles que seguem ao dragão. E, finalmente, vincula a ação criadora de Deus, pois de Deus é que procede toda a criação e só a ele podemos adorar.
O segundo anjo anuncia a queda da Babilônia. A Babilônia simboliza todo o poder contra Deus e é derrotada com toda sua luxúria e glória.
O terceiro anjo é direto – anuncia o juízo sobre o monstro (dragão) e seus adoradores. Sobre eles virá a cólera de Deus e os tormentos do fogo e do enxofre. A ira e a destruição de Deus serão decisivos para a sua vitória sobre Satanás e seus seguidores.
Mas bem-aventurados são aqueles que vivem na vontade de Deus e perseveram na fé em Cristo. Mesmo morrendo, estamos com o Senhor e seremos vitoriosos eternamente.

Ap 14.14-20 A hora da ceifa
A hora de separar os crentes dos descrentes. É o grande dia do julgamento final, onde Cristo virá para separá-los eternamente. Cristo veio para chamar os seus e conduzi-los à eternidade.
Sobre os descrentes vêm o juízo de Deus através de um anjo. A ira e a cólera de Deus recai sobre os condenados e este juízo ocorrerá sobre toda a extensão da terra – ninguém poderá escapar.

(Rev. Clóvis Prunzel)

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