Cristo nos é apresentado com todas as qualificações como sendo o único homem de inteira confiança.
Vem montado num cavalo branco e o seu cavaleiro tem o nome de Fiel e Verdadeiro. Assim como o cavalo é magnífico, seu cavaleiro também o é porque cumpre o que promete com fidelidade e de verdade. Suas ações são de justiça. A derrota desta ação de justiça de Cristo será anunciada sobre aqueles que não estão do seu lado, os descrentes. Até os olhos, como chama de fogo, purificam ou destroem. O fogo serve para purificar como para destruir. Na sua cabeça os diademas são símbolos de dignidade real; são fitas azuis que se levavam ao redor da testa, emblemas da dignidade real.
O nome dele só é conhecido por revelação – ele mesmo se mostra como salvador, o verbo de Deus. Suas vestes estão manchadas de sangue, porque sangue ele derramou para ser o vitorioso.
O exército que segue a este cavaleiro vitorioso também é considerado vitorioso.
Os cavalos brancos e as vestiduras de linho finíssimo branco e puro nos sugerem pureza e santidade. O general do exército está vestido com cor de sangue mas os soldados estão de branco. Foi Cristo que deu sua vida em favor da humanidade pecadora, a qual teve suas vestes alvejadas com sangue.
Ele, Cristo, é o Rei dos Reis porque pode governar com cetro de ferro, tendo poderes vitoriosos sobre todos.
Chegou o momento decisivo da carnificina. Todos os inimigos serão destruídos, todos aqueles que seguiram o dragão, a besta e o falso profeta.
A batalha final não é descrita – é-nos revelado só as conseqüências da ação devastadora de Cristo sobre os inimigos – a derrota é final e completa. Não há mais volta para aqueles que não seguiram o Cristo Vitorioso.
Ap 20.1-21.5a – O Milênio
O Milênio é o assunto mais debatido e estudo do Apocalipse. A pergunta é: quando e onde, na história da igreja e do mundo, se pode colocar esses "mil anos"? No passado, presente ou futuro? Será aqui na terra ou será no céu? As hipóteses são diversas e as igrejas têm se pronunciado de várias maneiras.
A nossa posição tradicionalmente aceita é de encarar o milênio como o período que vai da vitória de Cristo na ressurreição-ascensão até a sua segunda vinda. É uma interpretação simbólica dos mil anos.
O milênio inicia com a prisão de Satanás. A chave, que abre e fecha o abismo, representa o poder para restringir a ação de Satanás. Este ato de prender Satanás representa restringir sua ação sobre os homens. Cristo restringiu a ação de Satanás quando libertou a humanidade pecadora; Satanás não mais pode reinar sozinho e enquanto estamos no reino da graça de Deus Satanás quer agir, mas com limites em seu poder. Em Cristo, podemos aprisionar Satanás, afastando-o de nossas vidas.
Em contraste com a prisão de Satanás, existe um trono, símbolo de poder e domínio. Os cristãos têm poderes contra Satanás agora, para julgá-lo e se afastar de suas intenções. Aqui nos vem à mente op ofício das chaves, o poder própria da igreja para perdoar ou não perdoar pecados. Quem tem este poder são os mártires e os cristãos vivos até se completarem os mil anos.
A primeira ressurreição é espiritual e não física. É a ressurreição para Deus, ocorrida normalmente no nosso batismo. Nós nascemos para Deus quando fomos feitos seus filhos. A partir desta ressurreição é que inicia o milênio para nós. Sobre os que nascerem pela primeira vez, a segunda morte, a morte eterna, não terá poderes. Por isso, bem-aventurado aquele que ressuscitou pela primeira vez a fim de não morrer eternamente, pois estes serão sacerdotes de Deus e de Cristo eternamente.
Mas, chegará o momento da derrota final de Satanás. Esta derrota começa com a ação de Deus soltar a Satanás por pouquíssimo tempo, não para danificar a igreja, mas para que sobre ele seja dado o veredito final. Reunindo todos os seus súditos, Satanás, juntamente com Gogue e Magogue, nomes de pessoas que representam os inimigos dos cristãos. O número dos inimigos é como a areia do mar e todos juntos, Satanás e seus seguidores, terão sobre si a sentença declarada no dia do juízo final: eternamente perecerão no fogo do inferno.
No dia do Juízo Final, todos serão julgados. O trono de Deus, justo e puro, dele será anunciada a sentença sobre todos os seres humanos. O critério do julgamento serão as obras ou a vida: aquele que viveu crendo na mensagem de Deus como o salvador da humanidade tem seu nome inscrito no livro da vida; aquele que viveu crendo em si mesmo, na sua auto-justiça, não tem seu nome inscrito no livro da vida – a este a sentença será de ser lançado no lago de fogo eterno. Esta é a segunda morte, aquela que determinará a eternidade de todos os seres humanos: ou com Deus ou sem ele.
Para os eleitos, inscritos no livro da vida, está reservado o novo céu e a nova terra. É a Nova Jerusalém. É o tabernáculo de Deus; a presença de Deus no meio de seu povo. Neste lugar não haverá mais pecados e suas desgraças para os eleitos – estarão imunes completamente da ação de Satanás. São novas todas as coisas que Deus proporciona para os salvos eternamente.
(Rev. Clóvis Prunzel)
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