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terça-feira, 14 de julho de 2009

Uma placa na lua

Eu tinha nove anos, mas as imagens preto e branco da televisão Admiral à válvula ainda estão fresquinhas na memória. Também não esqueço os meneios de cabeça da minha avó afirmando que aquilo era pura encenação para enganar os bobos. Acho que foi ela que espalhou a idéia da "farsa" do homem na Lua naquele 20 de julho de 1969 e até hoje tem discípulos. Em todo o caso, o que poucos sabem é que este satélite natural da Terra, distante 385 mil quilômetros, transformou-se no mais elevado púlpito. Após pousar no solo lunar com seu colega Neil Amstrong, Edwin Aldrin deixou uma pequena placa com o Salmo 8. Proibidos pela Nasa de qualquer manifestação religiosa, Aldrin expressou secretamente a fé cristã nestas palavras bíblicas: Ó Senhor, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo inteiro (...) Quando olho para o céu, que tu criaste, para a Lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares – o que é um simples ser humano para que penses nele? (...) No entanto, fizeste o ser humano inferior somente a ti mesmo (...) Tu lhe deste poder sobre tudo o que criaste; tu puseste todas as coisas debaixo do domínio dele. 

Já são 40 anos e desde lá muita coisa orbitou a Terra. A primeira televisão lá de casa nem sei que fim levou, a minha avó agora pisa as "estrelas do céu", e a Lua continua refletindo a luz do astro rei. E mesmo se for invenção a tal placa do Aldrin, a grandeza de Deus permanece visível para todos os que contemplam a noite iluminada. Podem até proibir, mas nunca conseguirão esconder nem a Lua nem a glória do seu Criador. Igual a fé de alguns jogadores da seleção brasileira. No último jogo contra os Estados Unidos, a Fifa ficou buzina da vida. E agora estão todos avisados: se mostrarem Jesus nas camisetas, os atletas de Cristo serão punidos. Os homens da mídia têm "razão", afinal quem banca as imagens são os patrocinadores e não Jesus. Será?

Outras cinco expedições seguiram depois a trilha do Apollo 11, e até hoje 12 pessoas caminharam no solo do satélite terrestre. Mas tem gente que continua duvidando desta história – o que não muda em nada a missão dos astronautas nem a vida dos céticos. Diferente da missão divina. Porque se a Lua foi "um pequeno passo para o homem mas um grande passo para a humanidade", a Terra foi um significante passo para Deus mas um infinito passo para a humanidade. Refiro-me às pegadas de Jesus neste planeta. Muitos não acreditam que o Filho de Deus pisou este solo, que aqui deixou uma cruz vazia  – que segundo Cristo interfere no destino eterno de alguém:  Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado (Marcos 16.16).

Amstrong e Aldrin deixaram oficialmente uma placa na Lua, presa a uma das pernas do módulo lunar. Ela diz: "Aqui, homens do Planeta Terra pisaram a Lua pela primeira vez. Viemos em paz em nome da humanidade".  Mera semelhança é pura coincidência, mas Jesus deixou a sua própria vida presa nas pernas da igreja com uma mensagem: Deixo com vocês a paz (João 14. 27). 

Pastor Marcos Schmidt - Novo Hamburgo, RS

Funerais

Alguma vez você já pensou em seu próprio funeral?

Algumas pessoas escolhem hinos, textos, mensagens para serem proclamadas no seu sepultamento.

Outros ficam se preocupando se alguém vai estar presente, se vão chorar, se vão comemorar.

Independentemente de como seja o nosso funeral, dificilmente será tão espetacular como o de Michael Jackson. A história da humanidade registra outras despedidas fúnebres de grandes repercussões. A morte de famosos é sempre seguida por grandiosa comoção.

Enquanto isso, milhares de pessoas morrem despercebidamente. Nas grandes cidades, existem cemitérios que possuem um número muito grande de indigentes enterrados. Nestes túmulos não existe sequer uma identificação. Gente sozinha, seres solitários, esquecidos, não reconhecidos!

Ao pensarmos em Jesus Cristo, como deveria ser o seu sepultamento? Se o funeral daquele que recebeu o título de "rei do pop" foi tão espetacular, como deveria ser o funeral do "Rei do Reis"?

É surpreendente que o funeral de Jesus tem mais semelhanças com os indigentes do que com os famosos. O corpo do Senhor Jesus possivelmente seria jogado em uma cova comum. Os crucificados normalmente eram jogados em um buraco e seus corpos eram queimados. No entanto, um importante membro da sociedade da época de Jesus, chamado José de Arimatéia, proporcionou um sepultamento mais digno ao corpo do seu Mestre (leia Jo 19.38-42). Mas, nada de espetacular – tanto que possivelmente seu corpo foi retirado da cruz e sepultado em menos de três horas.

Mas essa não foi a maior diferença! A maior diferença entre Jesus e qualquer outra pessoa do mundo, seja rica ou pobre, famosa ou comum, é que Jesus ressuscitou. Seu corpo não ficou no túmulo! Seu corpo não se deteriorou! Ele vive!

Por isso, a principal preocupação não é sobre como vai ser o funeral, mas sim, sobre como estamos vivendo. Se estamos vivendo com Jesus ou longe dele.

Aquele que crê e está com Cristo, por mais insignificante que seja considerado em vida, jamais passará por indigente perante Deus. Cristo disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. (Jo 10.25). É por isso que está escrito: Bem-aventurados (felizes) os mortos que desde agora morrem no Senhor (Ap 14.13).

Se estamos em Jesus, nosso funeral não será marcado apenas pela tristeza da morte, mas também pela firme esperança da Vida Eterna.

Pastor Ismar L. Pinz -  Pelotas, RS.

Incapazes e Sozinhos?

Para quem ainda não sabia ou não se lembrava mais, conforme o artigo 133 do Código Penal, abandono de incapaz é crime e dá cadeia. Dá mesmo? Algumas vezes sim! Foi o caso dos pais da menina Rita de Cássia Rodrigues Sena de 5 anos de idade, os quais depois de presos, respondem agora em liberdade provisória. No sábado passado (11/07) a menina simplesmente despencou do quinto andar do prédio em que morava. O "Crime" dos pais se desenhou quando a menina reclamou de cansaço durante a festa que acontecia no próprio condomínio e foi levada pela mãe ao apartamento; a qual relatou que deixou a criança adormecida no quarto e retornou para a festa por alguns minutos. Apenas 19 minutos, suficientes para uma tragédia. Enquanto a mãe subia, regressando ao apartamento pelo elevador, a filha tragicamente caía pela janela.

Julgamentos à parte, até porque penso que não há pena maior para os pais do que a própria perda da filha, pergunto-me o que deve passar na cabeça da mãe depois da Fatalidade: - Ahh se eu não tivesse deixado ela só! –Ahh se eu tivesse voltado 2 minutos antes. Ahh...

Ahh... se este fosse um caso isolado! Mas é mais um de muitos, em que crianças ficam sozinhas por muito mais do que apenas 19 minutos. Sozinhas a "deus dará" em uma esquina qualquer.

Abandonados à falta de atenção, de carrinho, de amor, mesmo na presença de adultos capazes. Abandonadas muitas vezes, sem um ponto de referência em sua própria casa, onde pais brigam entre si e destratam-se, mesmo na presença dos filhos. Ou então, abandonadas por pais que estão mais preocupados com o trabalho, com o futebol ou com o capítulo da novela, do que com a presença dos filhos e sua necessidade de tempo dedicado. A única diferença é que na maioria das vezes estas crianças não despencam pela janela, a mídia não divulga e os pais não são presos.

Abandono de incapaz é crime e da cadeia, às vezes. Mas tem conseqüências sempre. Seria fácil julgar os pais da pequena Rita de Cássia se este fosse um caso isolado. Mas não é! Este apenas teve conseqüências à curto prazo, enquanto que muitos outros, à médio e longo; o que nos mostra que de alguma forma, em diferentes situações, somos todos incapazes. Ahh... Onde foi que eu errei?

Pergunta o pai do adolescente rebelde. Talvez a resposta seja simples: deixou seu(ua) filho(a) "ser capaz" quando ainda não o era. Esperou de uma criança a capacidade de decisão de um adulto. Faltou a referencia e o tempo dedicado. Agora o adulto, age como uma criança sem limites; incapaz.

Afinal, quando é que nós seres humanos nos tornamos capazes? É difícil responder! Para algumas coisas bem cedo. Para outras nunca. Nunca? É isso mesmo! Somos incapazes, limitados, e precisamos que alguém olhe por nós sempre. Alguém que oriente e que seja referência.  Por achar o contrário é que muitos despencam. Não porque foram abandonados, mas porque, neste caso, simplesmente optaram por ficar sozinhos. Deixam Deus de lado e se lançam por janelas perigosas, sem medir as conseqüências trágicas do final da queda. E em meio à queda alucinada, desesperam-se como quem não tem mais onde se agarrar.

Se nos falta referência, a Palavra de Deus (Bíblia) é o grande referencial. Para a criação dos filhos, para o casamento, para o trabalho e tantas outras coisas mais. Mas principalmente, para não despencar eternamente. Lancem sobre Ele (Jesus) todas as suas preocupações (e sua fé), porque Ele cuida de vocês! (1 Pedro 5.7).

Pastor Ernani Kufeld - Aracaju /SE

Filhos abandonados, pais culpados!

Não imaginava que as consequências legais fossem tão duras no que diz respeito ao abandono de uma criança. Segundo o artigo 133 do Código Penal em vigor, podendo ser crime inafiançável.
Foi o que aconteceu no Rio de Janeiro no último sábado 11, com os pais da pequena Rita de Cássia Rodrigues Sena, de 5 anos.  Depois de levá-la para dormir no apartamento da família no quinto andar, a mãe voltou para a festa junina no térreo. Em questão de minutos, cobertor e mochila da criança caem e logo após a própria, de acordo com as imagens do circuito interno do Condomínio. Pai e mãe foram autuados por abandono de incapaz seguido de morte, já que a menina foi deixada sozinha em casa. A pena para o crime é de 4 a 12 anos de prisão, podendo ser aumentada em um terço quando os pais estão envolvidos.

Não quero julgar, mas levantar uma preocupação que seguidamente cada um de nós pode estar envolvido e correndo riscos: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade (Art. 133). Quantas crianças não ficam sozinhas diariamente, esquecidas por alguns minutos, abandonadas pelos tutores, sejam eles pais, professores, médicos, políticos, ou no meu caso pastor, correndo perigo e consequências graves? O descaso ou simplesmente a rotina, fazem-nos esquecer de olhar e cuidar os pequeninos . Uma distração pode render anos de prisão, ou consequencias irreparáveis.

Todos somos tutores, assim como todos estamos sob tutela, em maior ou menor escala.Quantos processos cada um não teria, por sua omissão?! Como autoridades dentro de casa, no trabalho, na sociedade, temos nos preocupados com os pequeninos, a quem somos tutores?

Como tutores, Jesus questionou seus próprios discípulos, apontando para o desleixo de seus papéis: Se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no lugar mais fundo do mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço (Mateus 18.6).

Tutores, relapsos e falíveis, tutores precisamos de cuidado, assim somos nós. Como filhos de Deus temos a garantia que Ele, nosso Tutor não vira as costas ou nos tranca dentro de casa: Assim vocês não são mais escravos; vocês são filhos. E, já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para dar aos seus filhos (Gálatas 4.7). Em Jesus nunca somos filhos abandonados, porque nosso Tutor não é culpado. Partindo deste pressuposto de amor e cuidado poderemos evitar muitas desgraças!

Pastor Márlon Hüther Antunes - Maceió/AL