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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Valorizemos os que nos instruem na Palavra de Deus

Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o espírito, do Espírito colherá vida eterna...  (Gálatas 6.6-8)

Introdução

(Eis a 3o pregação sobre VIDA CRISTÃ em Gáltas 6, hoje os versos 6-8, sobre o tema VALORIZEMOS OS QUE NOS ENSINAM A PALAVRA DE DEUS)

Que valor damos aos médicos do nosso corpo, que cuidam da nossa saúde? Quando trabalhei na cidade de Ponta Grossa, PR, a família do Sr. Osvaldo Stadler demonstrava profunda gratidão pela vida da filha. Os pais diziam: O médico teve o coração da nossa filha nas suas mãos. A filha, operada do coração, estava saudável e já bem crescida na época! Os médicos, muitas vezes, salvam vidas com suas preciosas cirurgias, seus medicamentos e tratamentos! Eles cuidam da nossa saúde. Quem de nós não os valoriza?

Que valor damos aos nossos pastores, que cuidam da nossa vida eterna? Que consideração, amor e honra temos para com aqueles que nos ensinam as verdades eternas da  palavra de Deus e nos pastoreiam a fim alcançarmos a vida eterna pela fé em Cristo? Em junho, tivemos do Dia do Pastor. Como nós os valorizamos?

Texto – É destes que nos instruem que fala o texto bíblico sobre Vida Cristã de hoje, Gálatas 6. 6-8: "Mas aquele que está sendo instruído..." (ver texto acima!).

A Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) esclarece: "A pessoa que está aprendendo o evangelho de Cristo deve repartir todas as suas coisas boas com quem o estiver ensinando. Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá vida eterna." (Gl 6.6-8 ).

Os pastores nos alimentam com O PÃO QUE DÁ A VIDA ETERNA, e nós respondemos, SUSTENTADO-OS COM O PÃO TERRENO, com honorários, salários, compartilhando com eles "todas as coisas boas" que Deus nos dá!

Tema – VALORIZEMOS OS QUE NOS ENSIANAM A PALAVRA DE DEUS! Por quê?

1. Porque, por meio deles, Deus nos alimenta com o PÃO ETERNO!

"Aquele que está sendo instruído na palavra...".  Se há os que INSTRUEM,  os pastores, logicamente têm os que são INSTRUÍDOS na palavra: nós, membros da congregação cristã!

"Instruído na palavra"! Que palavra é esta? É a palavra do evangelho de Cristo, que dá vida eterna. É o pão que alimenta e sacia para sempre. É palavra que é poderosa para salvar as nossas almas (Tg);  palavra viva e eficaz (Hb); palavra escrita para o nosso ensino e consolação a fim de que tenhamos esperança (Rm). É PÃO mais excelente que o maná, que o Senhor proveu ao povo Israel nos quarenta anos de jornada no deserto! É pão que sacia eternamente!

Jesus afirma: "O verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá... pão que desce do céu e dá vida ao mundo... Eu sou o pão da vida; o quem vem a mim jamais terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede." (Jo 6. 32-35). É o pão mais nutritivo que existe!

Que maravilha Deus nos alimentar aqui em nossa comunidade e paróquia com este pão nutridor: na instrução do Catecismo, nos estudos bíblicos, nas pregações... O Pai não nos deixa faltar este ALIMENTO ETERNO! Já paramos para pensar na grandeza deste presente?

Um médico consegue sustentar nossa vida física até certo ponto. Mas ele não  consegue suster para sempre a nossa saúde, nosso vigor, nossa musculatura forte, pele lisa, cabeleira frondosa e, muito menos, conservar para sempre a nossa vida! Chegará a hora em que ele será obrigado a admitir isso!

Porque a nossa vida terrena se esvai. Canseira e enfado se instalam. Tudo passa rapidamente e nós voamos (Sl 90). Murchamos como a flor e caímos. A morte vem!

Somente Cristo, o PÃO DA VIDA, nos assegura vida eterna bem-aventurada no seu evangelho, presente do seu amor! É PÃO que nos sacia para sempre.

Que valor damos aos que nos ensinam "as palavras da vida eterna"? Há preço que  o pague? O Senhor mesmo dá dons em pessoas para a igreja: profetas, evangelistas, apóstolos, pastores e mestres para o nosso aperfeiçoamento e crescimento em Cristo (Ef 4), a fim de sermos adultos e fortes na fé ativa pelo amor!

Valorizemos, pois, aqueles que nos instruem na palavra de Deus! Como?

2. Em resposta ao PÃO ETERNO, nós os sustentamos com o PÃO TERRENO!

"Aquele que está sendo instruído... faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui." A NTLH diz: "Aquele que está aprendendo o evangelho de Cristo deve repartir todas as suas coisas boas com quem o estiver ensinando."

Que "todas as coisas boas" são estas? Lutero, no seu grande Comentário de Gálatas (Martinho Lutero - Obras Selecionadas, vol. 10, Sinodal/Concórdia), diz que aqui [Paulo]... recomenda diligentemente as sua igrejas que sustentem seus mestres. Pois nada satanás pôde suportar menos do que a luz do Evangelho pregada pelos servos de Cristo. Por isso, quando ela (a luz do evangelho) começa a brilhar, diz Lutero, o diabo se irrita e tenta extingui-la com todas as forças. E uma das maneiras de acabar com esta pregação é através da pobreza e da fome... tirar dos ministros da palavra o sustento para que abandonem o ministério. Lutero cita Paulo em 1 Co 9.11: "Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?". Aos ouvintes, segue Lutero, cumpre, portanto, prestar assistência com bens materiais para aqueles de quem recebem benefícios espirituais. "Faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui" quer dizer, conforme Lutero, que sustentem seus mestres com liberalidade, preservando sua vida com comodidade!

Lutero cita Cristo em Lc 10.7: "Comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seus salário"; Cita Paulo em 1 Co 9.14: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho: que vivam do Evangelho" – ou seja, que vivam do seu ofício de pregar o Evangelho!

No seu Catecismo Menor, na Tábua dos Deveres, Lutero cita ainda mais textos bíblicos: a) 1 Ts 5.12,13 – "Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros." b) 1 Tm 5.17, 18 – Cita Paulo escrevendo a Timóteo: "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam (se cansam) na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi quando pisa o grão. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.".

Quem de nós não se lembra destas palavras quando estudou o Catecismo na Instrução de Confirmandos? Fica claro, portanto, mais uma vez, que os pastores alimentam os membros com o PÃO ETERNO, e os membros os sustentam com o PÃO TERRENO: dão-lhes salários dignos, dobrados honorários, amor em máxima consideração, apreço... Esta é a vontade do Senhor para com os nossos pastores!

Aliás, tudo o que lhes fizermos sempre será pouco se compararmos com o PÃO ETERNO que Deus nos dá por meio deles, da palavra que nos ensinam e pregam! Pensamos nisso? Valorizemos os nossos pastores!

3. Alerta: Deus não se deixa ZOMBAR!

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba" – Nesta questão de sustento aos pastores, Deus também não se deixa zombar!

Conforme o comentário do Prof. Dr. Paulo Flor no seu livro Epistola Aos Gálatas, (Concórdia Edit.), "zombar" significa literalmente levantar a ponta do nariz em desprezo e escárnio. Observa que essa é a única vez em que esta palavra ocorre no Novo Testamento! Zombar é mais que ridicularizar a Deus; é querer ultrapassá-lo em astúcia e esperteza, fugir das suas leis. Zombar é desprezo a Deus, dos seus conselhos, ensinos e vontade – e aqui, participar todas as coisas boas com aquele que nos instrui!

Não nos iludamos! Deus não se deixa zombar! "Coisa horrível é cair nas mãos do Deus vivo", diz o autor aos Hebreus. A capacidade para nos enganarmos a nós mesmos, porém, é assustadora! Imaginamos que podemos escapar das mãos do Deus Todo-poderoso, mesmo desafiando e zombado dele! Mas ele sabe tudo. Ninguém ri dele. "Não vos enganeis"!

Lutero diz que Paulo está insistindo seriamente no assunto de dar sustento aos mestres a ponto de colocar esta ameaça enérgica: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba". Os pastores não devem ser tratados como se fossem vis escravos, comenta Lutero. Quando os pastores pedem seus salários, diz Lutero, eles são acusados: "Os sacerdotes são avarentos". Mas quando o julgamento, as catástrofes e castigos se aproximarem, aí eles perceberão que enganaram a si mesmos, comenta Lutero.

Valorizemos os que nos instruem na palavra!

4. Colheremos aquilo que PLANTARMOS!

"Pois aquilo que o homem semear, isso ele também ceifará" – Essa é uma máxima antiga e universal! A gente colhe aquilo que planta! Quem planta feijão e arroz, colherá sustento. Quem planta espinhos e veneno, colherá cardos, abrolhos e morte! Quem semeia ventos, colherá tempestades! Quem zomba de Deus, fará a sua própria colheita amarga, além da condenação eterna se não se voltar do erro, se não se arrepender!

"Quem semeia para a carne, colherá corrupção" – "Carne" aqui é a nossa natureza pecaminosa, com suas paixões e malícias, conforme diz Paulo em Gl 5: "Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: ...idolatria... inimizades...ciúmes, iras, discórdias... facções, invejas... bebedices... a respeito das quais eu vos declaro... que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." (Gl 5.19-21). Quem semeia para a carne, colherá CORRUPÃO, PODRIDÃO, MORTE, CONDENAÇÃO, PERDA DO REINO DEUS, PERDIÇÃO ETERNA!

Aonde estamos nós, em nosso agir, falar e pensar? Aceitamos, com mansidão, as palavras do Senhor, ensinadas pelos pastores? Ou levantamos o nariz em desprezo e zombaria?! Deus não se deixa zombar! Aquilo que a pessoa semeia, isso ela ceifará!

"Quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida" – Semear para o Espírito é entregar-se à direção do bom Espírito Santo que Deus nos deu. O Espírito Santo nos deu novo nascimento, nova vida, remissão dos pecados! Seu Espírito agora nos guia!

Semear para o Espírito é permitir que ele tome o volante da nossa vida e nos conduza por caminhos retos! É deixar  que frutifique todo o bem na nossa vida, conforme Gl 5: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegra, paz, longanimidade... bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." (Gl 5.22,23).

Nos evangelhos, Cristo se compara ao grão de trigo, que precisa primeiro ser plantado na terra e morrer, para então brotar e dar muito fruto.  A morte e a ressurreição de Cristo dão muito fruto: dão vida em abundância, vida a muitos, vida eterna a você a mim. Somos fruto desta abençoada sementeira do amor de Cristo!

Conclusão

Irmãos e irmãs, VALORIZEMOS AQUELES QUE NOS ENSINAM a PALAVRA de Cristo! Assim concluímos a esta 3o pregação sobre VIDA CRISTÃ de Gálatas 6!: "Aquele que está sendo instruído...  (ver no começo)

Paulo recomenda ainda nos versos seguintes: "E não nos cansemos de fazer o bem... Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, MAS PRINCIPALMENTE AOS DA FAMÍLIA DA FÉ." Gl 6.9,10.

Acolhamos com mansidão esta palavra em nós implantada, "a qual é poderosa para salvar as vossas almas", lembra Tiago. Valorizemos a instrução, a semeadura e a implantação da palavra de Deus em nossas igrejas e corações como BÊNÇÃO DE VALOR ETERNO!  Amém.

Juarez Borcarte – Itarana, ES

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Efésios 5.22-33 - Cristo amou a igreja

Efésios 5.22 – 33

Tema: Cristo amou a igreja

  • se entregou por ela;
  • a santificou;
  • apresenta gloriosa;
  • alimenta-a e cuida;

Sub–tema: Uma igreja amada responde em amor

  • Sujeitando-se;
  • permanecendo membro desse corpo;

Introdução

Paulo envia uma carta circular, ou seja, a toda a província da Ásia, e a cidade de Éfeso faziam parte dessa região. Manuscritos antigos (Papiro 46,  Códices Sinaticus e Vaticanus, Aleph e B, ainda Marcião, Orígenes e Tertuliano), nos indicam que Paulo ao escrever no v. 1, "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem ____________________" (Ef 1.1), teria deixado espaço para se colocar o nome da igreja na qual a carta era lida.

E nesta carta circular Paulo desenvolve o tema da igreja como corpo de Cristo. Esse é o assunto principal dessa belíssima carta. E Paulo se considerava indiretamente o "pai espiritual" de todas as igrejas da Ásia (At 19.10; Cl 2.1). E por esse motivo se preocupava excessivamente em dar àquelas igrejas instrução doutrinária e prática.

Epafras havia ido encontrar-se com Paulo na prisão em Roma para buscar orientação quanto a heresia que estava ameaçando a igreja em Colossos. A divindade de Cristo estava sendo atacada. E Paulo mesmo preso se preocupou em instruir as comunidades da Ásia através de uma carta circular, a que temos diante de nós hoje, a carta denominada aos Efésios.

Tiquico e Onésimo já haviam sido encarregados de levar a carta aos Colossenses e a Filemon, Paulo então pediu que também encaminhassem essa carta circular as comunidades e fez isso por meio Fe Tiquico (Ef 6.21-22). Paulo já havia feito isso com outras cartas, 2Corintios 1.1 (cristãos da Acaia) e Colossenses 4.16 (cristãos de Laodicéia).

Por isso através dessa carta circular aos cristãos espelhados pela Ásia queremos nós meditar sobre um importante assunto. (Principalmente hoje em que nós comemoramos 3 anos desse novo templo aqui na Linha 148, Alta Floresta).

Meditemos, pois nas palavras do apostolo Paulo em sua carta denominada aos Efésios, ou cristãos da Ásia, no capítulo 5.22-33, tendo como base o tema: Cristo amou a Igreja.

Desenvolvimento

Cristo amou a Igreja - se entregou por ela

Desde o Antigo Testamento vemos Deus trabalhando e atuando para realizar sua promessa de salvação. Desde a queda em pecado, Deus intervém na história humana para salvar a todos os homens, mulheres e crianças.

Já em Êxodo 24 vemos o relato parecido a uma cerimônia de casamento. É o casamento de Deus com seu povo Israel. E essa união matrimonial foi marcada por dois aspectos: a fidelidade do noivo, Deus; e a infidelidade da noiva, Israel, a igreja. Talvez o livro do A.T. que melhor ilustra isso, é do profeta Oséias. Tanto que em Oséias 11.1 temos a seguinte profecia: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho". Deus sempre esteve disposto a reatar os laços rompidos pelo povo, pois segue Oséias em 11.2: "Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença; sacrificavam a baalins e queimavam incenso às imagens de escultura". Mesmo em toda essa situação e tantas outras que não há tempo para relatarmos hoje, temos um povo, uma noiva infiel, mas que mesmo diante da infidelidade, há um noivo extremamente fiel, que de maneira alguma abandonou sua noiva, mas como diz Isaias: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7), e ainda o próprio Paulo diz aos Filipenses: "...a si mesmo se humilhou, tornado-se obediente até a morte e morte de cruz" (Fp 2.8).

Quando Paulo escreve aos cristãos das congregações da Ásia dizendo: "... como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela" se refere a todo esse amor. Um amor que não abandona, mas que vai até o fim.

O termo "entregou" que é usado pelo apóstolo Paulo é "paredoken" que significa: "entregar nas mãos; entregar alguém à custódia, para ser julgado, condenado, punido, açoitado, atormentado, entregue à morte; dar algo a algém, por-se ao lado".

E justamente isso foi o que Cristo fez. Entregou-se pela Igreja. Entregou-se por amor a sua noiva.

Cristo amou a Igreja – a santificou

E fazendo tudo isso pela igreja, Cristo então separou sua noiva e a dedicou completamente a Deus. Livrou sua noiva, a igreja de toda a culpa, agora em Cristo: "pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz" (Ef 5.8). A noiva corrompida agora se torna santa através da maravilhosa obra do noivo. O noivo deu a vida, se entregou nas mãos do povo, para resgatar a igreja, o povo. A cabeça do corpo, salvou o corpo inteiro e torna esse corpo, a igreja santa.

Tanto que por isso somos considerados "a comunhão dos santos". Mas o ser santo não é obra nossa, assim diz Paulo a Tito: "Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tt 3.4-5).

Por meio do lavar regenerador e renovador fomos tirados do mundo, morremos para o mundo, e nascemos para Cristo. Agora pertencemos a família de Deus, somos filhos de Deus, amados pelo Pai.

Cristo amou a Igreja – Apresenta-a gloriosa

Cristo, o noivo se entregou pela noiva, santificou e santifica a noiva tudo para apresentá-la em alta honra. A igreja é ilustre e estimada por Cristo. E por isso se entregou por ela, pois através de sua morte na cruz seus pecados foram perdoados, apagados, acabou com sua falta e deformidade moral. Faz isso para não ter sua noiva presa a outras coisas que a afastam-na do noivo. Dedicou-se a sua noiva e se entregou por ela, para tê-la exclusivamente para si, num caráter irrepreensível, onde não se pode acusá-la de nada, por isso as palavras de João em sua 1º carta: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis, se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1Jo 2.1-2).

Assim como no A.T. os cordeiros precisavam ser sem defeito para o sacrifício a Deus, assim foi Cristo pela igreja, tudo para que nós fossemos purificados, limpos e agora honrados por Deus.

Cristo amou a Igreja – Alimenta e dela cuida

A idéia é dar de mamar, nutre com nutrientes preciosos para a vida toda. E cuidar da à idéia de aquecer, manter quente, cuidar com amor terno, cuidar com carinho. Esse é o retrato do amor de Deus pelo seu povo, pela sua igreja. As palavras alimentar, ou seja, dar de mamar e cuidar que é aquecer nos lembra do amor de uma mãe. Dificilmente uma mãe abandona seus filhos, mas vejam o que diz o Senhor Deus ao seu povo e a nós sua igreja, por meio do profeta Isaías: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti" (Is 49.15).

O cuidado de Deus pela sua igreja é imenso, nunca desampara os seus, tanto que Jesus prometeu estar com sua igreja até o fim dos tempos, e ainda, quando Pedro reconhece que a igreja está fundamentada sobre Cristo, Jesus garante que nada, nem mesmo as portas do inferno prevalecerão contra ela.

E todo esse cuidado e amor de Cristo pela sua igreja apenas reforça aquilo que Paulo diz: "A igreja é o corpo de Cristo". E sendo corpo, ele alimenta, preserva e faz de tudo para que o corpo esteja bem. Cristo deixou ao seu corpo, a igreja, os meios da graça, Palavra, Batismo e Santa Ceia. Meios pelos quais, ele nos presenteia a fé, fortalece, preservam e guardam na fé. Por isso temos na Palavra de Deus, certezas, tais como nos transmite o apóstolo Paulo: "Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna" (Tt 3.4-7); e ainda o proprio Jesus: "Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mt 26.26-28); e ainda o apóstolo Paulo: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.14-17).
Eis o que cuidado, o carinho e o aquecer de Jesus ainda está presente entre nós. Sim, cada vez que uma criança ou adulto é batizado, quando se ouve a Palavra de Deus e quando se recebe o corpo e o sangue de Cristo.

Cristo amou a igreja e continua a amando, pois dela cuida e alimenta.

Esse é o amor de Cristo para com a igreja, que é o seu corpo. E sendo nós, igreja, corpo de Cristo, fica mais que esclarecido que Cristo é a cabeça da igreja. E como cabeça, é ele quem a dirige e governa. E a direção e o governo que Cristo nos dá, é com todo amor, Cristo amou e ama a Igreja. Nós somos, ainda que pecadores, uma igreja amada por Cristo. Amém!

Ainda não!

Antes do amém, precisamos relembrar outra coisa muito importante.

Uma igreja amada responde em amor – Sujeitando-se

Não poderíamos nos calar antes de dizer que a igreja sabendo que é amada profundamente abre mão de seus direitos ou vontade e se coloca a disposição daquele que lhe ama. Aliás, essa é a idéia do verbo grego "hupotasso" que nós traduzimos como "sujeitando-se" ou "submisso".

Somos ensinados que como igreja, corpo de Cristo, nos organizamos sob, ou subordinados ao cabeça que é Cristo. Nós temos um lidere, e por esse líder, esse cabeça, o dono do corpo, ter dado a sua vida por nós, igreja, então partimos duma atitude voluntária. Nós não somos capachos, nem obrigados a no submeter a Cristo. Ele fez e faz para que essa submissão seja completa.

E por saber que o cabeça da igreja, Cristo, deu a sua vida pelo corpo, a igreja, então numa atitude voluntária, estamos sujeitos a ele. Vale lembrar as palavras de Davi que após receber o perdão de dois graves pecados disse: "Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário" (Sl 51.12). Sim diante de todo o amor de Cristo por nós, diante do perdão da vida e salvação, estamos sujeitos a Cristo, não somos feitos capachos, mas sim inclinados por amor.

Uma igreja amada responde em amor - permanecendo membro desse corpo

Por amor Cristo nos tornou membros do seu corpo, a igreja. Pela fé conhecemos a Deus, pelo evangelho chegamos ao conhecimento de Deus, e assim somos salvos. Assim diz o apóstolo Paulo: "Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo" (1Co12.27) e sendo assim diz Paulo: "Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu..." (Cl 1.18-23).

Conclusão

Permanecer membro do corpo de Cristo, isso só  é possível por causa do amor de Cristo ainda manifestado pelos meios da graça. Mas sendo eu de natureza pecaminosa, posso me deixar seduzir pela razão a querer abandonar o evangelho que me foi anunciado, assim como os gálatas queriam fazer. Tavez eu me deixa levar por ventos de doutrina falsas, com aparência de corretas.

Permaneçamos pois no corpo de Cristo, tendo como cabeça Cristo, ouvindo sempre a voz de Cristo. Pois semdo membros do corpo de Cristo e sabendo que somos guiados e governados por esse cabeça, que é Cristo, sempre estaremos cercados de amor, cuidado, alimentados e ainda santificados e apresentados diantedo Pai sem nenhuma mancha e dívida. Amém!

Pastor Edson Ronaldo Tressmann - Alto Alegre dos Parecis – RO

Deus está cuidando de mim

Salmo 91:1-11

Uma criança brincava sobre a cama dos pais. Estes a observavam com muito cuidado. E todas as vezes que se aproximava da beira da cama, procuravam detê-la para que não caísse.
A criança nem sempre gostava de ser detida em seus planos, em seus deslocamentos sobre a cama. O que ela não sabia, é que bem ao seu lado estava o perigo da queda. Estava um chão duro além daquela coberta macia sobre a qual se deslizava sem se machucar e bem aquecida.

Acredito que DEUS é como aqueles pais, estando a nos observar sempre.

DEUS, com sua sabedoria, nos quer afastar de desastres e perigos muito mais vezes do que nos damos conta. Digo isto porque, isso faz parte de uma promessa que encontramos nas Escrituras Sagradas. Uma, entre tantas promessas de DEUS é a  que lhes lembro agora:

"Você fez de DEUS o seu protetor e do Altíssimo o seu defensor; por isso nenhum desastre o ferirá, e nenhum mal chegará perto da sua casa. DEUS mandará que os seus anjos cuidem de você para protegê-lo em todos os momentos da sua vida." (Salmo 91:9-11 - BLH)

Acho que você e eu podemos olhar para o passado de nossa longa caminhada e sem muita dificuldade lembrar de claros exemplos onde o amor de DEUS se fez presente.

Certamente podemos nos lembrar de ocasiões em que queríamos muito fazer a nossa vontade e fomos barrados de uma ou de outra forma. Isto certamente aconteceu para que não nos sucedesse algo pior. Foram obstáculos que não surgiram por coincidência, mas planejados pela mão de DEUS ou foi uma ação de mensageiros deste DEUS para nos cuidar (seus santos anjos).

Quando descobrimos isto, paramos de nos queixar das frustrações da vida. Quando descobrimos que o amor de DEUS nos cerca de fato, começamos a dar graças pelo seu constante cuidado, por sua mão gentil e amorosa nos puxando de volta, nos afastando da beira do perigo, que muitas vezes, só ELE conhece e vê.

É importante deixar um espaço na vida diariamente, para que possamos refletir: "DEUS está cuidando de mim."

Quando sinto que DEUS é um ser que se importa comigo, também me importo com ELE, torno minha vida mais útil e por isso mesmo fico bem mais feliz, levando esta alegria, também a outras pessoas.

Tenha plena certeza: Se você ama a DEUS como seu Pai, ELE também ama você como um filho, está cuidando de você hoje e fará isto a cada dia de sua vida.

Mas só pode ser filho de DEUS quem crê que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS, que veio ao mundo na forma de uma criança, padeceu morte na cruz, por nossos pecados, mas ressuscitou e promete ressurreição, adoção como filho de Deus e vida eterna.

Porque creio que JESUS fez tudo isto, Creio que ELE cuida de mim. Ele cuidou da Karina nestes sete  anos.  Cuidará dela, de seus pais e de todos nós sempre.  Por isso nós o louvamos e agradecemos, neste dia e sempre.  Amém.

Pastor Ricardo B. Voss - Baixo Guandu ES

Teologia da Prosperidade

Um fenômeno social que tem despertado a atenção de estudiosos na atualidade é o crescimento acentuado das igrejas neopentecostais que estão inseridas no grupo das religiões "evangélicas" (1). De acordo com a recente publicação do Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais do Brasil (CNBB) os pentecostais cresceram de 6% para 10,6% da população brasileira nos últimos nove anos. O maior crescimento se dá nas camadas de menor renda das regiões metropolitanas onde os indicadores sociais são mais baixos; e também nas regiões norte e centro-oeste.

As causas desse fenômeno, a meu ver, são variadas. Uma delas como mostra o estudo são as condições sócio-econômicas; a maciça utilização da mídia também tem seu peso de influência e a competente administração empresarial dessas igrejas é algo relevante. Mas creio que a utilização da "teologia da prosperidade" seja a causa primordial desse sucesso, as outras dependem fundamentalmente dela.

O que é a Teologia da Prosperidade?

A teologia da prosperidade pode ser entendida como um conjunto de princípios que afirmam que o cristão verdadeiro tem o direito de obter a felicidade integral, e de exigi-la, ainda durante a vida presente sobre a terra. Bastando para isso que tenha confiança incondicional em Jesus. Seu desenvolvimento foi gradual desde a década de 1940. Vejamos:

Essek William Kenyon (Nova York, EUA, 1867) : Ex-pastor das igrejas batista, metodista e pentecostal, influenciado por idéias de seitas cristãs/metafísicas, desenvolveu estudos que entre outras coisas tratava de: poder da mente, a inexistência das doenças e o poder do pensamento positivo.

Kenneth Hagin (Texas, EUA, 1918): Discípulo de Kenyon. sofreu várias enfermidades e pobreza na juventude; Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação quando lia Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva". Foi pastor da igreja batista; da Assembléia de Deus, em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou sua própria igreja, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. As idéias de Hagin que levaram ao estabelecimento da teologia da prosperidade pode ser dividida em três pontos principais:

1) Autoridade Espiritual

Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7).

2) Bênçãos e Maldições da lei

K.Hagin diz, com base em Gl 3.13,14, que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções. Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, uma vida de luxo.

3. Confissão Positiva

É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula".
Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la:

  • "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva.
  • "Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".
  • "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.
  • "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", pois isto destrói a fé.

Introdução no Brasil

Como vimos a Teologia da Prosperidade teve sua origem na década de 40 nos Estados Unidos, mas a efetiva introdução no meio evangélico se deu na década de 70. Adicionou um forte cunho de auto-ajuda e valorização do indivíduo, agregando crenças sobre cura, prosperidade e poder da fé através da confissão da "Palavra" em voz alta e "No Nome de Jesus" para recebimento das bênçãos almejadas; por meio da Confissão Positiva, o cristão compreende que tem direito a tudo de bom e de melhor que a vida pode oferecer: saúde perfeita, riqueza material, poder para subjugar Satanás, uma vida plena de felicidade e sem problemas. Em contrapartida, dele é esperado que não duvide minimamente do recebimento da bênção, pois isto acarretaria em sua perda, bem como o triunfo do Diabo. A relação entre o fiel e Deus ocorre pela reciprocidade, o cristão semeando através de dízimos e ofertas e Deus cumprindo suas promessas.

No Brasil a primeira e principal igreja seguidora dessa doutrina é a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), fundada em 1977 por Edir Macedo que adaptou as suas práticas para as características brasileiras, além de possuir metodologias e princípios próprios. Em vez de ouvir num sermão que "é mais fácil um camelo atravessar um buraco de agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus" (Mateus 19,24 e Marcos 10,25), agora a novidade reside na possibilidade de desfrutar de bens e riquezas, sem constrangimento e com a aquiescência de Deus.

Para os pobres e desafortunados de uma em maneira geral, o direito de possuir as bênçãos como filho de Deus traz alívio e esperança na solução de todos os seus problemas. Segundo Edir Macedo, Jesus veio pregar aos pobres para que estes se tornassem ricos. Arrependimento e redenção, tema central no Cristianismo, e as dificuldades nesta vida para o justo de Deus são temas raramente tratados. Além da IURD temos as Igrejas Renascer em Cristo, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Nova Vida, Bíblica da Paz, Cristo Salva, Cristo Vive, Verbo da Vida, Nacional do Senhor Jesus Cristo e pelas organizações Adhonep, Missão Shekinah e Internacional da Graça de Deus.

O Papel do "Diabo"

Um importante ponto dentro da doutrina da IURD, assim como na maioria das outras igrejas neopentecostais brasileiras é a intervenção do Diabo na vida do homem. Ele, o Diabo, é o elemento perturbador que está entre a graça de Deus e os pedidos do crente. As bênçãos estão ao alcance de todos mediante a fé, inclusive com a alteração radical de realidades miseráveis em vidas prósperas; porém, se alguém tiver qualquer envolvimento direto ou indireto com o Diabo ou não estiver disposto a "sacrificar" para a obra de Deus, não será agraciado. Não é primordialmente o pecado (individual ou social) que impede a posse dos bens, mas o Diabo, que age segundo seu próprio arbítrio, contra quem o crente deve lutar. Uma vez que a responsabilidade fica por conta do fiel e do Diabo, cria-se uma linha de tensão entre a posse da bênção e a atuação diabólica. Este mecanismo permite explicar porque muitos fiéis não alcançam a graça.

Ao longo do ano de 2001, a IURD passou a utilizar o vocábulo "encosto" que na linguagem popular corresponde aproximadamente à "obsessor" na nomenclatura espírita. O encosto passou a ser a entidade que "pessoalmente" provoca todo e qualquer tipo de mal ao homem, aparentemente a serviço do Diabo. Creio que essa mudança estratégica se deva a dois fatores: Primeiro o de sugerir ao crente que ele pode vencer mais facilmente o inimigo, já que não se trata do próprio Diabo em pessoa; e segundo pelo aprendizado prático dos pastores que perceberam que não estão tratando sempre com a mesma entidade durante as seções onde supostamente o Diabo se manifestava através de alguns fiéis.

A este propósito devemos lembrar, mais uma vez, que segundo a doutrina da IURD, o indivíduo não é exatamente a sede do pecado, o que exigiria dele o arrependimento, mas uma vítima da ação maligna: o ato de pecar não deriva de sua escolha, mas o Mal é fruto do encosto que atrapalha a sua vida, em especial a financeira, que consideram um sinal de bênção.

Doutrina da Reciprocidade

Na busca da bênção, o fiel deve determinar, decretar, reivindicar e exigir de Deus que Ele cumpra sua parte no acordo; ao fiel compete dar dízimos e ofertas. A Deus cabe abençoar. Ao estabelecer esta relação de reciprocidade com Deus, o que ocorre é que Ele, Deus, fica na obrigação de cumprir todas as promessas contidas na Bíblia na vida do fiel. Torna-se cativo de sua própria Palavra.
Macedo ensina como proceder:

Comece hoje, agora mesmo, a cobrar d'Ele tudo aquilo que Ele tem prometido (...) O ditado popular de que 'promessa é divida' se aplica também para Deus. Tudo aquilo que Ele promete na sua palavra é uma dívida que tem para com você (...) Dar dízimos é candidatar-se a receber bênçãos sem medida, de acordo com o que diz a Bíblia (...) Quando pagamos o dízimo a Deus, Ele fica na obrigação (porque prometeu) de cumprir a Sua Palavra, repreendendo os espíritos devoradores (...) Quem é que tem o direito de provar a Deus, de cobrar d'Ele aquilo que prometeu? O dizimista! (...) Conhecemos muitos homens famosos que provaram a Deus no respeito ao dízimo e se transformaram em grandes milionários, como o sr. Colgate, o sr. Ford e o sr. Caterpilar. (MACEDO, Vida com Abundância, p. 36)

E prossegue:

Ele (Jesus) desfez as barreiras que havia entre você e Deus e agora diz ¾ volte para casa, para o jardim da Abundância para o qual você foi criado e viva a Vida Abundante que Deus amorosamente deseja para você (...). Deus deseja ser nosso sócio (...). As bases da nossa sociedade com Deus são as seguintes: o que nos pertence (nossa vida, nossa força, nosso dinheiro) passa a pertencer a Deus; e o que é d'Ele (as bênçãos, a paz, a felicidade, a alegria, e tudo de bom) passa a nos pertencer. (MACEDO, Vida com Abundância, pp. 25,85-86)

O Neopentecostalismo se caracteriza exatamente por este tipo de relacionamento do fiel com Deus, inspirada na Teologia da Prosperidade: o cristão tem direito a tudo de bom e de melhor neste mundo. Nas palavras de Macedo: A Bíblia tem mais de 640 vezes escrita a palavra oferta. Oferta é uma expressão de fé. Se Deus não honrar o que falou há três ou quatro mil anos, eu é que vou ficar mal. (MACEDO, O Globo, 29/4/1990). Cabe ao fiel demonstrar revolta diante de Deus e "de dedo em riste" exigir que as promessas bíblicas se cumpram.

Sacrifícios

Torna-se impossível não evidenciar que essa relação agrega um forte simbolismo ao dinheiro: o fiel propõe trocas com Deus para conseguir a bênção desejada. Neste discurso, a soberania de Deus é compartilhada pelo fiel na relação de troca. É incentivado que o fiel se acomode ao mundo das novas tecnologias, acumule riquezas, more melhor, possua carro e não tenha sentimento de culpa por não negar o mundo; pelo contrário, a conduta ascética tem diminuído entre os pentecostais desde a década de 70.

Na relação de troca o fiel dá o dízimo, ofertas, participa das campanhas:

É necessário dar o que não se pode dar. O dinheiro que se guarda na poupança para um sonho futuro, esse dinheiro é que tem importância, porque o que é dado por não fazer falta não tem valor para o fiel e muito menos para Deus. (MACEDO, Isto É Senhor, 22/11/1989).

E tem a garantia dos pastores de que Deus cumprirá sua parte: Ele ficará na obrigação de cumprir Sua Palavra. (MACEDO, Mensagens, p. 23). E ainda, O ditado popular de que 'promessa é dívida' se aplica também a Deus. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, p. 103). A ênfase na necessidade de dízimos e ofertas é explicada pelos líderes da IURD: caso o fiel não alcance o sucesso almejado, a responsabilidade e a falha são suas.

As doações em dinheiro ou bens são presentes colocados no altar de Deus, logo, para uma grande bênção, um valioso presente! A fé é um instrumento de troca; uma mercadoria, e nesta relação "toma lá, dá cá", a imagem de Deus torna-se mais próxima e trivializada, em oposição à doutrina difundida pelo protestantismo histórico e pelo catolicismo tradicional, a partir da qual reverência e submissão são enfatizadas.

Dependendo do grau de interesse do ofertante, o presente, por mais caro que seja, ainda assim se torna barato diante daquilo que está proporcionando ao presenteado. Quando há um profundo laço de afeto, ternura e amor entre o que presenteia e o que recebe, o presente nunca deve ser inferior ao melhor que a pessoa tem condições de dar. (MACEDO, O Perfeito Sacrifício: o significado espiritual do dízimo e ofertas, p. 12)

O fiel deve sacrificar o "seu tudo". A IURD tem uma campanha em que estimula o fiel a doar o máximo que puder na espera da bênção. Muitas pessoas dão tudo o que têm naquele momento de sua vida: uma caderneta de poupança, o dinheiro para comprar comida, o dinheiro para o ônibus, e assim por diante.

Aqueles que vêem as doações das ofertas com maus olhos, ou seja, do ponto de vista meramente mercadológico, principalmente do lado da Igreja, também têm dificuldades para compreender a razão da vinda do Filho de Deus ao mundo. (...) haja vista que a oferta está intimamente relacionada com a salvação eterna em Cristo Jesus. (MACEDO, O Perfeito Sacrifício: o significado espiritual do dízimo e ofertas, p. 14)

O adepto é conclamado a concorrer por melhores condições num mundo de extrema desigualdade social. E ainda tem de assumir uma responsabilidade a mais: a de ter sucesso, senão sua vida pode estar comprometida com as forças malignas ou com sua própria incapacidade de gerenciar suas possibilidades. Há muitas oportunidades para aqueles que vivem nos bolsões de pobreza? É onde se encontram muitas igrejas da Universal. Mas, mesmo assim, é preciso "sacrificar" diante de Deus e, de preferência, em dinheiro: Aqueles que examinam o custo do sacrifício jamais sacrificarão uma grande oferta, e aqueles que não sacrificam para a obra de Deus jamais conquistarão qualquer vitória. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, p. 21).

Colocado nestes termos, é o fiel quem decide: Tudo depende de você. Se perseverar, automaticamente conquistará as bênçãos de Deus. E assim, entrará na terra prometida. (MACEDO, Mensagens, p. 21).

E a igreja administra a sua doação: A árvore proibida, no paraíso, representava o dízimo, isto é, a parte de Deus na qual o homem não podia sequer tocar, embora pudesse regá-la e fazê-la crescer. (CRIVELLA, 501 Pensamentos do Bispo Macedo, pp. 99-100). Já ao fiel cabe expulsar Satanás, participar das correntes de prosperidade, ler sobre como muitos irmãos conseguiram resultados exigindo de Deus o que têm direito. De resto, aquele que não alcançar uma bênção, não dará testemunho nem será citado nos livros.

Auto-ajuda

É certo que muitas pessoas neste mundo são ricas, mesmo sem possuírem Deus no coração. Vencem, entretanto, porque confiam na força do seu trabalho, e por isso, são possuidoras de uma riqueza honesta e digna. (...) Reafirmo que nossa vida depende de nós mesmos. (MACEDO, Mensagens, pp. 27, 22).

Algumas das características do discurso iurdiano denotam a recomendação de autoconfiança; o fiel deve crer nele mesmo, em sua capacidade individual. A estratégia oferecida pela IURD, baseada na Teologia da Prosperidade, estimula o membro da igreja a ser participativo nos cultos em relação a ofertas e dízimos e reivindicar perante Deus aquilo que lhe pertence por direito. Se todo o discurso sobre espiritualidade vem atrelado à intervenção do Diabo, quando se trata de dinheiro, o fiel tem de ir à luta e buscar a Deus com revolta, que neste caso, assume um sentido de inconformidade com a própria situação: doença, pouco dinheiro, ser empregado assalariado, etc., e é Deus quem tem que assumir Sua posição diante do fiel: a IURD assim o exige. Porque Deus é obrigado, como em um contrato, a fazer sua parte!

Depende apenas de você o que será feito de sua vida, pois quem decide nosso destino somos nós mesmos. Não são as outras pessoas; não é Deus, nem o Diabo. (...) Não adianta ficar só jejuando ou orando. É preciso buscar o que você quer; fazer a sua parte, e então falar ousadamente com Deus, revoltado com a situação. Você deve dar o primeiro passo, pois Deus não o fará por você. (MACEDO, Mensagens, p. 28)

Conclusão

É evidente que esta teologia tem conseguido, até o momento, um grande sucesso tendo em vista o objetivo da expansão do número de fiéis e da área de abrangência das igrejas, inclusive a nível internacional. Não é objetivo desse artigo julgar se esse fenômeno (o crescimento dessas igrejas) é um fato positivo ou negativo. Entretanto não posso deixar de mostrar um confronto com os postulados da Doutrina Espírita e até mesmo com os ensinamentos de Jesus nos evangelhos.

O poder da fé é um dos mais contundentes ensinamentos de Jesus, basta lembrar que segundo ele, se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda poderemos ordenar e a montanha se moverá. É evidente que se trata de uma figura de linguagem, e é claro que devemos condicionar a realização dos nossos desejos às leis e a "vontade" de Deus. Pai, seja feita a tua vontade __ Disse Jesus. Este argumento refuta a idéia da confissão positiva, se tomada como algo absoluto.

Sabemos da existência de falanges de espíritos malévolos e da sua efetiva ação junto a humanidade encarnada, porém não podemos atribuir a eles a causa de todo e qualquer mal que ocorra ao homem (alguns espíritas "fanáticos" também pensam assim); e nem eles estão fora do controle da lei divina, eles são somente instrumentos da lei que permite as suas ações com um determinado fim.

Os sacrifícios se apóiam principalmente nos textos do antigo testamento. A prática de sacrifícios remonta o tempo das sociedades agrárias, onde eram realizados com o objetivo de pacificar os deuses e solicitar boas colheitas. Apoiada nessa idéia, a "reciprocidade" de Deus não dá para ser levada a sério.

Uma leitura mesmo superficial dos evangelhos, mostra a total despreocupação de Jesus pelos bens materiais. Mesmo o seu reino, não era desse mundo. A Quem quisesse segui-lo aconselhava a vender seus bens e dá-los aos pobres. Disse que a riqueza dificultava a entrada no reino de Deus. Aos pobres, famintos e sofredores recomendou paciência. É evidente que essa doutrina é diametralmente oposta à teologia da prosperidade. Isso não significa que a riqueza, a saúde e o bem estar devam ser repudiados pelo cristão pois que são necessárias, mas não pode fazer disso a razão principal da sua vida. Buscai, em primeiro lugar, construir o reino de Deus dentro de vós!

Bibliografia

  • Revista Brasileira de História - vol.22 no.43 SP - Os pentecostais: entre a fé e a política
  • MARIANO, Ricardo. "Os pentecostais e a teologia da prosperidade". In Novos Estudos. SP CEBRAP
  • GOMES, Wilson. "Nem anjos nem demônios". interpretações do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes.
  • HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996.

(Texto de autoria de Mauricio Mendonça) - Se você sabe qual é a origem deste texto, informe-nos, para que possamos creditá-lo a quem de direito.

Lobos e lobistas

A exploração da fé religiosa sempre foi um mercado lucrativo. A forma é parecida com o que acontece na política:  troca-troca de favores. No caso da religião cristã, a transação é entre a criatura e o Criador, e no meio os lobistas (não os que fazem lobby, mas os lobos de quem Jesus falou). Um covil que tem nome e endereço. Mas, assim como em qualquer alcatéia onde a disputa pelo território é voraz e marcada pela urina, lobos vão e lobos vêm. A novidade é que eles têm proliferado nos últimos tempos e vêm atacando não só os apriscos eclesiásticos, mas também os campos seculares. E isto tem despertado a fúria dos fazendeiros.

Lembro-me de dois abigeatos quando trabalhei em Pelotas. Após escrever uma série de artigos no jornal da cidade sobre a Teologia da Prosperidade, um renomado vereador me telefonou pedindo ajuda. Ele não sabia mais o que fazer com a sua esposa que era ludibriada por promessas em troca de dinheiro. A gota d'água foi a "visão" do pastor: ela precisava doar 10 mil reais para ser abençoada e ficar livre do mal. No meu gabinete conversei com esta mulher que parecia perturbada e distante. Não tive mais conhecimento do destino do casal nem dos 10 mil reais. Algum tempo depois outro telefonema parecido, agora de um ex-líder da mesma igreja. Apareceu duas vezes no meu escritório. Era um pequeno empresário e já tinha doado um carro e boa parte de seus bens à igreja. A vida dele continuava na desgraça, apesar das promessas de prosperidade. O que me marcou foi o lamento dele: "Eu sou fiel, cumpro tudo o que eles pedem. Por quê não sou abençoado?"

A maior heresia da Teologia da Prosperidade é a exigência da fidelidade humana para a obtenção das bênçãos divinas. O ensino bíblico é claro: "Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva" (Romanos 3.23,24). Mas o que fazem estes mercadores? Usam trechos da Bíblia como lhes convêm e anunciam um deus toma-lá-dá-cá. Uma fraude praticada pelo próprio Diabo quando citou a Bíblia para tentar Jesus no deserto.

O Salvador que foi negociado por trinta moedas de prata alertou: "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Um empregado trabalha somente por dinheiro; ele não é pastor, e as ovelhas não são dele"  (João 10.11,12).  Sem dúvida, quando os dentes e as garras dos lobos crescem na mesma proporção do poder da mídia, todo o cuidado é pouco.

Pastor Marcos Schmidt - Novo Hamburgo (RS)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mulheres da Bíblia: Lóide e Eunice

Textos: Atos 16.1,2; 2 Timóteo 1.5, 3.14,15

1. O que a Bíblia descreve sobre elas
a) Quem eram - 2 Timóteo 1.5: Avó e mãe de Timóteo.                                        
     Lóide era a mãe de Eunice
b) Sua origem - Atos 16.1: Eram judias (marido de Eunice era grego).

2. Mulheres verdadeiramente cristãs
a) Embora judias, que palavra em  Atos 16.1  testifica  de  que  eram  cristãs? R: eram crentes.                                                    
b) Como era a fé delas - 2 Timóteo 1.5: uma fé verdadeira, não fingida.                                  

3. Seu lar e sua vida cristã
a) Onde moravam - Atos 16.1: Listra.                                        
b) Que exemplos davam ao jovem Timóteo - 2 Timóteo 1.5: de uma fé verdadeira.                
c) O que ensinaram a Timóteo - 2 Timóteo 3.15: A Sagradas Letras.                          
d) Desde quando começaram a ensinar a Timóteo a Sagradas Escrituras - 2 Timóteo 3.15: Desde a infância.

4. A influência de Lóide e Eunice
a) Na vizinhança - Atos 16.2: bom testemunho.
Obs: Pessoas de tão grande fé não deixam de influenciar o seu  ambiente.
b) Sobre o apóstolo Paulo - 2 Timóteo 1.5: Paulo jamais se esqueceu do testemunho que elas deram.                            
Obs: Depois de vários anos o apóstolo se lembrou da fé destas duas grandes mulheres, sua dedicação e amor por Jesus Cristo.
c) Sobre a educação de Timóteo - 2 Timóteo 3.14-15: Que ele permanecesse naquilo que havia aprendido.                    
Obs: O conhecimento bíblico e os exemplos de fé e de vida cristã influenciaram profundamente na vida do jóvem Timóteo que também se tornara um servo de Cristo (pastor).

5. Lições para a vida
a) Como o exemplo da mãe influência no comportamento dos filhos.
b) A importância de colocar Deus em primeiro lugar na educação dos  filhos.
c) As bênçãos de se dar uma boa e correta educação aos filhos.
d) Como é importante as mães ensinarem aos seus filhinhos o que Deus nos ensina na Bíblia

Ler: Provérbios 22.6.

O maior investimento que uma mãe pode fazer para os seus filhos é dar-lhes uma educação pura, sadia e cristã.

Rev.Emerson Zielke

Mulheres da Bíblia - Maria, mãe de Jesus

Introdução:

Maria está entre as mulheres mais importantes da Bíblia. Sem dúvida, sua palavras de gratidão a Deus (Lucas 1.46-55) mostram que ela era um exemplo de fidelidade e consagração ao Senhor. Maria é um modelo de vida a ser imitado. Porém, mesmo sendo a mãe de Jesus, reconheceu sua necessidade de salvação, tanto que louvou a Deus dizendo: "... o meu espírito se alegrou em Deus meu Salvador" (Lucas 1.47). Através deste estudo vamos aprender mais sobre Maria e suas lições de vida.

1. Segundo o Plano da salvação de Deus, em Gênesis 3.15 e Gálatas 4.4, por meio de quem o Filho de Deus deveria vir ao mundo? R:....................................................................................................

2. Maria, escolhida por Deus - Lucas 1.26-38
a) onde morava? R: ............................................................
b) era noiva de quem? R:....................................................
c) José e Maria eram descendentes de quem? R:................
d) Quem veio a Maria dar-lhe a maior de todas as notícias?
R: ..............................................................
e) Como o anjo saudou a Maria? R:...................................
f) Por meio de quem Maria se tornaria gravida? R:...........
g) Quem deveria nascer dela? R:........................................
h) Como Maria aceitou o plano de Deus? R:......................

3. Maria e seu Filho -  Lucas 2.1-20
a) Onde moravam José e Maria? R:....................................
b) Onde ela deu à luz o seu Filho? R:.................................
c) O que faziam em Belém? R:...........................................
d) Quem anunciou o nascimento do Salvador? R:..............
e) Quem foram os primeiros a sabê-lo? R:.........................
f) Que fez Maria com tudo o que via e ouvia? R:...............

4. Maria confiava em Jesus - Lucas 1.46-55
a) No v.47 o que Maria confessa de si mesma? R:.............
b) Quem confessa sua fé no Salvador é porque reconhece ser um(a)............................................................................
* Maria reconheceu sua necessidade de salvação. Este é um exemplo que precisamos seguir.
* Por que muita gente trata Maria como se ela fosse divina? Isto está na Bíblia?
* Conhecendo as palavras de Maria, você acha que ela aceitaria a posição que muita gente lhe dá hoje?
c) Podemos nós orar, venerar ou adorar Maria? R:............
d) Segundo as passagens de Mateus 4.10; 1Timóteo 2.5; Apocalipse 19.9,10 e o 1º Mandamento, o que Deus nos proíbe? R:...............

5. Maria junto à cruz - João 19.25-27
a) Que diz Jesus à sua mãe? R:...........................................
b) A quem Jesus confiou a sua mãe? R:.............................

6. Lições:
a) O lema de Maria (Lc 1.38) deve ser o de cada mãe cristã. Qual é este lema? R:.................................................
b) Quais são as principais tarefas de uma mãe cristã? Confira as passagens bíblicas de:
1Timóteo 2.15:
Efésios 6.4:
Provérbios 22.6:                                                            
Provérbios 29.15,17:
Provérbios 31.10-31.


Rev.Emerson Zielke

O ser humano entre Deus e Satanás

1.         Quando Lutero quer designar o poder ao qual cada pessoa está sujeita em sua pecaminosidade, ele fala de "carne", do "mundo", e do "diabo". Seguidamente Lutero coloca os três juntos. Cada um dos três poderes seduz as pessoas ao pecado e as mantém cativas nos mesmos; todos os três são opostos a Deus, à sua palavra e à fé. O efeito desses poderes sobre nós não podem ser completamente diferenciados. Ambos, o "diabo" e o "mundo" perseguem a verdade de Deus, e nossa natureza, "a carne" e a razão carnal, juntos com o mundo e Satanás estão fechados à palavra e inimigos da palavra e da fé[1]. O diabo atua através da "carne" e através "do mundo". Ele é o senhor deste mundo, como ambos Lutero e a Bíblia o afirmam. Ainda que os três poderes são distintos entre si, todos os três conceitos representam a vontade unificada, oposta a Deus, que nos rodeia de todos os lados. Ela está em nós, em nosso derredor e sobre nós. Para Lutero, o mal é mais do que um poder que envolve toda a humanidade, isto é, a ação e o domínio sobre a vontade pessoal, mas também a articulação da vontade de toda a humanidade, a saber, uma vontade super-humana dirigida contra Deus, que tem sua existência própria.

2.         Lutero apresentou a doutrina sobre o diabo baseado na autoridade da Escritura em continuidade com a tradição eclesiástica. O que ele diz sobre o diabo, no entanto, e a maneira na qual ele o diz, vai além do biblicismo e tradicionalismo. Ele não desenvolveu meramente uma peça da teologia e da tradução popular; antes, à base de sua própria experiência, ele deu testemunho da realidade e do terrível poder do diabo. Ele fez isto com absoluta seriedade e com profunda convicção pessoal[2]. Não é algo fácil construir essa parte de sua teologia como algo herdado da Idade Média, ainda que alguns dos detalhes específicos são determinados pela crença tradicional em diabos e demônios. Lutero tomou o diabo mais a sério do que a Idade Média o fez. O diabo de Lutero tinha, por assim dizer, uma majestade infernal maior do que o diabo medieval; ele veio a ser mais sério, mais poderoso e mais terrível[3]. Isto é indubitável devido a nova e clara da compreensão de Lutero do senhorio de Deus e de Cristo, que trouxe consigo uma nova e profunda compreensão de ambos sobre a natureza e poder oposto a Deus e a veemente e grande batalha universal entre Deus e os poderes rebeldes. Aqui novamente Lutero retornou à visão de Jesus e da Igreja antiga. O que ele disse sobre o diabo é inseparavelmente ligado ao centro de sua teologia. Disso o seguinte esboço pretende dar somente uma visão global. Não pretendo expor a inteira riqueza do que Lutero disse e ensinou sobre o diabo[4].

3.         O diabo é o maior oponente de Deus e de Cristo. Por essa razão Lutero pôde vê-lo atuando em tudo o que particularmente contradiz a Deus e sua última vontade para sua criação e para as pessoas. O diabo, por isso, está atuando também nas desgraças, nas doenças e outras tristeza da vida, e na morte. Conforme Hebreus 2.14, ele tem o poder da morte[5]. O que é decisivo, no entanto, é que o diabo, o primeiro e mais poderoso oponente, sempre se opõe a Deus. Em oposição a Deus, ele estabeleceu o reino do pecado e da desobediência. Ele tentou o primeiro homem ao pecado e é aquele que engana e puxa as pessoas ao pecado. No curso da história ele age em oposição a Deus e a Cristo, à verdade e ao Evangelho. Ele odeia a Cristo e persegue sua Igreja[6]. É o diabo que está atrás de todos os inimigos da Palavra, das más interpretações da Escritura, de todas as falsas doutrinas e atos, e atrás da filosofia[7]. Ele não suporta a Palavra pura e a doutrina verdadeira e tenta falsificá-la: particularmente falsifica seu conteúdo decisivo, a justificação somente pela fé[8]. Ele faz qualquer coisa possível para afastar a doutrina da justificação[9]. Ele cega as pessoas contra a clara palavra de Deus e faz com que a razão se escandalize na Palavra[10]. Ele endurece as pessoas para que não temam mais o juízo de Deus, nem reconheçam seu estado de miseráveis pecadores[11]. Sua obra é encontrada na segurança, na vaidade, e no enfado, bem como no desespero na misericórdia de Deus e de Cristo[12].

4.         Cada pessoa é, em todo o tempo, ameaçada pelo diabo e objeto de sua tentação. Pois o diabo, na sua dimensão de ser divino, está perto de cada um em todo o lugar[13]. Assim o poder de Deus e o poder do diabo são opostos um ao outro e necessariamente no mais severo conflito de um ao outro. Este conflito continua através de toda a história e nos mantém em desassossego: o diabo contra Deus, Deus contra o diabo, o verdadeiro Deus contra o anti-deus[14]. Pois o diabo deseja muito ser deus. Ele é o "príncipe deste mundo," (Jo 12.31; 14.30) e o "deus deste século" (2 Co 4.4)[15]. Deus e o diabo lutam pelas pessoas[16], pela humanidade e pelo senhorio. Aqui não há neutralidade, nem um estado neutro. O que não estiver no reino de Deus e de Cristo está no reino do diabo[17]. O ser humano não tem liberdade em matéria concernente ao seu relacionamento com Deus e sua salvação ou destruição. Ele sempre estará sob poder de Deus ou de Satanás[18]. "Assim a vontade da pessoa é igual a um animal colocado entre dois cavaleiros. Se Deus o cavalga, ele quer e vai para onde Deus quer... Se Satanás o cavalga, ele quer e vai para onde Satanás quer." Assim, a vontade da pessoa não pode selecionar seu cavaleiro ou ir a ele; "mas o próprio cavaleiro luta por ele para tê-lo e possuí-lo[19]." Quando Satanás controla a pessoa, ele faz o que Deus faz: ele não lhe dá descanso ou paz, mas, pela dinâmica de sua vontade, o impele a seguir no caminho do mal[20]. Quem não for tomado por Cristo e não está sob o poder do Espírito Santo, está sob o poder do diabo. E nenhum outro poder poderá tirá-lo do poder do diabo, exceto o Espírito de Deus; este Espírito é o homem forte que, conforme a parábola de Jesus (Lc 11.21s.) sobrevêm ao valente[21].

5.         Deus em Cristo arrancou as pessoas do poder do diabo. Esta libertação do diabo a pessoa recebe pelo batismo[22]. Mas esta libertação só pode ser afirmada por uma luta vitalícia contra o diabo[23]. Nós só temos duas alternativas: lutar contra o diabo ou sermos dominados por ele[24]. A arma nesta luta é a palavra de Deus[25]. Isto é verdade também tanto para o cristão individual como para toda a Igreja. Pela proclamação da palavra de Deus, a Igreja precisa mata o diabo pelo ensinar[26]. Visto que apesar disto o diabo permanece poderoso no mundo e na história – porque nem todos crêem – a Igreja aguarda ansiosa o Último Dia, quando Cristo voltará novamente e finalmente destruirá o poder de Satanás.

6.         O diabo está em oposição a Deus. Mesmo que seu poder e sua pretensão sejam tão grandes de ser chamado o "deus deste século", não há nenhuma dúvida de que somente o verdadeiro Deus é Deus. Lutero manteve a doutrina dentro dos limites colocados pela onipotência de Deus que opera tudo em todos. Satanás com suas obras más também está subordinado à todo-poderosa atividade de Deus[27]. Isto significa que o diabo precisa servir à vontade de Deus pra com os homens e para o mundo – apesar do fato de sua vontade e atividade ser dirigida diretamente contra Deus. Deus o mantém a seu serviço e usa a ele e sua própria obra. Ele o usa em primeiro lugar como ferramenta de sua ira[28]. O que a ira de Deus faz e o que Satanás faz, freqüentemente parecem ser  uma e a mesma coisa. O diabo é "o diabo de Deus." E ao mesmo tempo, ele permanece diabo, o inimigo de Deus, que quer o contrário do que Deus quer. Qual é então, de acordo com Lutero, o relacionamento entre a vontade e obra de Satanás e a atividade de Deus, especialmente a ira de Deus? Isto é um caso especial da grande pergunta de como a ação de Deus em geral se relaciona à atividade de suas criaturas, que ele abrange e com a qual não é idêntico.

7.         A tensão no relacionamento entre a atividade de Deus e a atividade de suas criaturas é especialmente grande, quando os poderes envolvem ameaças e desejam destruir a vida humana, no corpo e na alma. Por exemplo, o que aconteceu a Jó foi verdadeiramente obra do diabo[29]. E mesmo assim a Escritura a atribui como ato último a Deus (Jo 2.3) O que significa isto? Como vamos entendê-lo? Deus não o fez por si mesmo, mas através de meios ou instrumentos[30]. Aqui duas coisas são ditas: Primeiro, que é o próprio Deus que está atuando através de instrumentos; e segundo, que com respeito a qualquer evento particular, que trás uma aflição à vida da pessoa, precisamos distinguir entre o que Deus faz e o que seus instrumentos fazem.

8.         Primeiro, entre os instrumentos que Deus usa está também Satanás. Mas Lutero também coloca a lei nesta categoria. A lei então vem a ser um poder inimigo a Deus bem como ao ser humano. "Deus usa também a lei[31]." Devemos saber também que qualquer mal que nos acontece é o próprio Deus que está agindo por seu instrumento. Lutero não enfatizou somente que o diabo tem o poder da morte (cf. Hb 2.14)[32], mas ele enfatiza também e nos lembra que conforme o Salmo 90.3 é o próprio Deus que nos deixa morrer: "Tu reduzes o homem ao pó[33]." Na morte a pessoa tem a ver com Deus. Sob nenhuma circunstância devemos atribuir o infortúnio e a morte a alguma outra forma demoníaca. Isto seria negar a unidade de Deus e da fé como fazem os maniqueísmo[34]. É simplesmente impossível para nos aceitar que da mão de Deus só vem as coisas boas para a nossa vida e não também as más[35]. É o próprio Deus que sempre trata conosco, seja em sua ira, seja em sua graça. A pessoa se engana a si mesma e se exclui da comunhão com Deus, na ira e na graça, se pensa que infortúnio e morte que o atingem, não vem de Deus, mas de algum outro poder. A pessoa tenta burlar a experiência da ira de Deus não tomando a mesma a sério e pensa, a exemplo d\s pessoas na antiguidade, que pode menosprezar a morte[36]. Pois ao fazer assim, ele falha em reconhecer que infortúnio e morte são meios nas mãos da graça de Deus. Deus usa o infortúnio, o sofrimento do corpo e da alma, e a morte, a fim de humilhar aqueles que lhe pertencem e dirigi-los a não confiar em coisas materiais, mas somente nele (Deus)[37]. Nós não nos confrontamos com Deus em tempos bons e com alguém outro em tempos maus. Não é assim que em tempos bons Deus lida conosco e em tempos maus alguém outro; pelo contrário, o mesmo Deus lida sempre conosco. Ele permanece fiel e a si mesmo com inabalável constância, não cordial por um tempo e então por outro tempo irado, mas sempre o misericordioso Deus, mesmo quando me castiga[38]. Na verdade, crer que Deus é misericordioso quando experimentamos sua reprovação em tempos de infortúnio, "é uma arte que somente o Espírito Santo dá[39]." Pois Deus se oculta e nos dá um quadro distorcido de si quando lida conosco por seus instrumentos[40].

9.         Assim por último a pessoa lida somente com Deus. E mesmo assim, o diabo ou a Lei permanecem instrumentos que atuam em nossas vidas. Por isso não devemos olhar a obra de Deus e do diabo como uma obra, devemos ao mesmo tempo distinguir  entre os dois. Como já ouvimos, as coisas que destoem nossa vida, Deus não faz por si mesmo (mas por seus instrumentos). Mas como é possível distinguir entre a obra má que o diabo faz e a atividade de Deus, quando ele permite que Satanás tenha as mãos livres para agir, como no caso de Jó? Lutero respondeu esta pergunta com clareza. Deus e Satanás, ambos estão envolvidos no que acontece a uma pessoa, todavia, no efetuar de uma e da mesma obra a intenção, os objetivos e alvos diferem. Lutero afirmou que tanto Satanás nos tenta para desesperarmos em Deus, como o próprio Deus o faz[41]. Deus está irado e Satanás torna a ira de Deus tão grande e terrível, por exemplo na hora da morte, que a pessoa não pode fazer outra coisa do que desesperar[42]. Ambos lançam um duro ataque contra a pessoa. Deus, no entanto, o faz para salvar a pessoa, a fim de livrá-la de si mesma e de toda confiança em si mesma e guiá-la aos braços misericordiosos de Deus. Satanás faz isto a fim de separá-la de Deus plena e definitivamente. Isto são, portanto, duas coisas completamente diferentes; sim, há ali uma infinita diferença e uma absoluta contradição entre Cristo e o diabo quando eles atormentam uma pessoa com a lei. Um a faz para salvar a pessoa, o outro para precipitar a pessoa na morte. O diabo quer levar a pessoa a desesperar no perdão dos pecados; Cristo, para levar a pessoa a desesperar em si mesma e se refugiarem na misericórdia de Deus em Cristo[43]. Assim a tentação tem sempre uma face dupla e dois propósitos: o de Deus e do diabo. E há uma oposição de um ao outro. É tarefa da fé superar o propósito de Satanás na tentação, pelo confiar na inquestionável misericórdia de Deus, oculta sob a aflição nestas tentações. A fé frustra a tentação de Satanás numa aflição, pelo confiar na intenção de Deus nesta mesma tentação e assim levar a cabo o propósito de Deus. O propósito de Deus é assim completado. Lutero se expressa assim que uma pessoa pode, nas grandes dificuldades, tanto externas como internas, deparar-se com a possibilidade do propósito do diabo, oposto ao propósito de Deus. Mas o propósito de Deus é dado somente assim que ele é ao mesmo tempo uma tarefa, a espera para que a pessoa se apegue em fé a Deus, e isto só é possível, quando a pessoa luta contra o sentimento de que Deus é contra ela.

10.       Lutero portanto expressa tudo isso pelo dizer que Deus usa o Diabo para sua "obra alheia" (opus alienum), mas ao agir assim, sempre visa sua obra própria (opus proprium) (Is 28,21, cf.. p.120; item 10,23) Esta obra alheia para Deus é somente um meio através do qual ele complementa algo; para o diabo, no entanto, uma oportunidade de buscar seu alvo e propósito de destruir a vida.Assim é possível compreender que Lutero considerou o diabo tanto um instrumento como um inimigo de Deus. Deus o usa, mas ao mesmo tempo luta contra ele e nos redime dele.       

 
Pastor Horst Kuchenbecker


[1] Sobre "o mundo", cf. WA 18,766; OS 4,192; BOW, 287. O mundo odeia e persegue a justiça de Deus proclamada no evangelho. Lutero disse muitas vezes que o diabo faz o mesmo.

[2] "Não importa de que lado tu o olhas, o diabo é o príncipe deste mundo." WA 23,70; LW 37,18. "Pela graça de Deus, eu aprendi a conhecer uma grande parte a respeito dele." WA 26,500; LW 37,361.

[3] Reinhold Seeberg, Lutherbuch der Domengeschichte (2ª. E 3ª. Ed.; Leipzig, 1917) IV/1,172.

[4] Cf. LT 1,18 e H. Obendieck, Der Teufel bei Martin Luteher (Berlin Furche: 1931).

[5] WA 40/3,68.

[6] WA 37,50. WA 39/1,420.

[7] WA 39/1,180; LW 34,144.

[8][8] WA 18,764; OS 4,189; BOW, 284. Cf. WA 39/2,266.

[9] WA 39/1,420,489.

[10] WA 18,659; OS 4,90; ; BOW, 133. Cf. WA 37,58.

[11] WA 39/1,429. WA 18,689; OS 4,105; BOW, 162.

[12] WA 37,47. WA 39/1,426. WA 40/2,338; cf. LW 12,318.

[13] "... nossos professores e autores... não consideram que o diabo está ao redor deles com todos seus dardos inflamados..." WA 23,71; LW 37,17. "Contra o diabo que sempre anda em nosso derredor procurando induzir-nos  ao pecado e vergonha, calamidade e aflição." WA 30/1,142; BC, 374; LC, 405. Cf. WA 30/1,146; BC 378,100; LC 410, 99. O diabo está especialmente bem perto dos teólogos. Ele os inspira com "os mais bonitos pensamentos adornados com a Escritura," e eles nem notam que isto são erros do diabo.  WA 23,70; LW 37.17.

[14] "O mundo e seu deus não podem e não querem suportar a palavra do Deus verdadeiro, e o Deus verdadeiro não pode e não quer guardar silencia. Agora estes dois deuses estão em guerra, então o que mais pode haver no mundo do que alvoroço." WA 18,626; OS 4,39; BOW 91. Cf. WA 18,627, 782; OS 4,41,210;  BOW, 93,312. WA 39/1,420.

[15] WA 23,70; LW 37,17.

[16] WA 18,635; OS 4,49; BOW, 103.

[17] "E se alguém é um estranho ao reino de Deus e ao Espírito, segue-se necessariamente que ele está debaixo do reino e do espírito de Satanás. Pois não há um estado neutro entre o reino de Deus e o reino de Satanás., que está sempre em guerra um com o outro." WA 18,743; OS 4,165; BOW, 253. Cf. WA 17/2,217. Cf. WA 18,659; OS 4,72; BOW, 133.

[18] "No entanto, com respeito a Deus e tudo que se refere à salvação ou condenação, a pessoa não tem "livre-arbítrio", mas está cativa, aprisionada e escravizada, ou à vontade de Deus ou vontade do diabo." WA 18,638; OS 4,51; BOW, 107.

[19] WA 18,635s.; OS 4,49; BOW, 103ss.

[20] Pois o diabo é seu deus, que os impele e não lhes deixa descanso, nem paz, enquanto pode agir... Assim o diabo os estimula e os dirige para que corram, conquistem e tumultuem a seu serviço. Eles não podem parar nem fazer pausa. WA 31/1,119s.; LW 14,70s. WA 40/3,35.

[21] WA 17/2,218. Cf. WA 18,782; OS 4,211; BOW, 312.

[22] WA 30/1.217,222; BC, 441,446; LC, 479,485.

[23] WA 39/1,420.

[24] "Escolha, então, se tu preferes lutar contra o diabo ou se tu preferes pertencer a ele,... Se tu recusas pertencer a ele, defende-te e luta contra ele!" WA 23,70; LW 37,17.

[25] WA 30/1,127; BC, 359; LC, 388. WA 30/1,146; BC, 100s.; LC, 99s.

[26] WA 30/1,129; BC, 361; LC, 390.

[27] WA 18,710; OS 4,128; BOW, 204;

[28] "Deus na verdade usa o diabo para nos afligir e matar. Mas o diabo não pode fazer isto se Deus não o quer que o pecado seja punido desta forma." WA 40/3,519; LW 13,97 [Isto é da edição de Dietrich].

[29] WA 40/2,416; cf. LW 12,373.

[30] WA 40/2,416; cf. LW 12,373s.

[31] WA 40/2,417; cf. LW 12,373s.

[32] "Por longo tempo ele foi  o príncipe da morte." WA 31/1,149; LW 14,84.

[33] WA 40/3,514ss. (especialmente pp.517s.); LW 13,94-99 (especialmente p.96).

[34] WA 40/3,417; LW 12,374. WA 40/3,516s.; cf. LW 13,96. "Mas isto seria imaginar que há outro deus e não permanecer na simplicidade da fé que há só um Deus." WA 40/2,417; LW 13,374. Cf WA 40/3,418; LW 12,375.

[35] WA 40/3,517; cf. LW 13,96. "Quem incitou este mal contra nós? A resposta correta é: O diabo, porque Deus é justo e ele não o faria. Mas Deus fez isto por outro motivo, que nós não sabemos." WA 16,138.

[36] WA 40/3,517; cf. LW 13,96.

[37] WA 40/3,417; cf. LW 12,374.

[38] Deus não é cruel, mas ele é "Pai de toda a consolação" (2 Co 1.3). Quando ele demora em ajudar, nosso coração faz de Deus, sempre e constantemente, um ídolo irado que lhe é semelhante." WA 40/3,417; LW 12,374.

[39] WA 40/2,418; LW 12,374.

[40] Deus disfarçado... WA 40/2,417; cf. LW 12,374.

[41] Lutero disse isto a respeito de Satanás, WA 40/2,416; LW 12,373s. Ele o disse a respeito de Cristo em WA 38/1,426.

[42] WA 31/1,147,159; LW 14,84,89.

[43] WA 39/1,426s.