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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Gratidão

       Era uma vez um homem que não tinha nada. Deus olhou para ele e lhe deu dez bananas. Deu-lhe três bananas para que ele se alimentasse. Deu-lhe três bananas para que ele trocasse por uma casa. Deu-lhe três bananas para que ele adquerisse vestuário. E deu-lhe uma banana para que tivesse alguma coisa para mostrar a sua gratidão a Deus.
      O homem fez conforme Deus lhe ordenou. Comeu as três bananas que era para comer. Foi lá e trocou três bananas por uma moradia. Usou as outras três bananas para comprar roupa.
       Foi então que ele olhou para aquela que seria a décima banana. Olhou-a demoradamente. Logo começou a achar que aquela banana era diferente.
      Era mais encorpada, mais brilhante, mais bonita. Ele se lembrou que tinha recebido esta banana para que tivesse alguma coisa com que agradecer a Deus pelas outras nove bananas recebidas. Mas, ela lhe parecia tão apetitosa.
       Finalmente chegou a conclusão de que Deus não precisava daquela banana. Afinal, não era ele o dono de todas as bananas do mundo? Foi então que ele comeu a décima banana e devolveu para Deus o que sobrou: a casca!
       Esta história, meio engraçada, nos mostra duas grandes verdades. Primeiro: tudo é de Deus. Segundo: Deus espera que sejamos agradecidos a ele por tudo o que nos tem dado.
       Deus criou todas as coisas que há no mundo e colocou tudo a nossa disposição, para o nosso sustento. No Salmo 24 lemos: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nele se contém: o mundo e tudo o que nele habita”. E através do profeta Ageu Deus nos diz: “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos”.
       Lutero, no Primeiro Artigo do Credo Apostólico nos explica muito bem o que isso quer dizer: “Creio que Deus me criou a mim e a todas as criaturas; me deu corpo e alma, olhos, ouvidos, razão e todos os sentidos. Me dá vestes, calçados, comida, bebida, casa, lar, esposa e filhos, campos, gado e todos os bens. E ainda nos sustenta”.
       Deus faz tudo isso não porque nós o merecemos, mas por causa da sua paterna bondade e divina misericórdia. Ele espera apenas que sejamos agradecidos a ele por tudo o que nos tem dado e que lhe devolvamos uma parte daquilo que ele nos deu, como gratidão por tudo o que ele nos tem dado. Diz ele em Deuteronômio 8: “Guarda-te, não te esqueças do Senhor teu Deus para não acontecer que, depois de haveres edificado casas e morado nelas; depois de multiplicarem os teus bens, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração e te esqueças do Senhor teu Deus. Porque é ele que te dá forças para adquirires riquezas”.
       Jesus conta a história de um homem que fez uma grande roçada. Como o ano foi de fartura, colheu muito mais do que esperava. Ele construiu um grande armazém e guardou tudo o que colheu. E o homem então, em vez de agradecer a Deus, ele o ignora. Deita-se na poltrona e diz: “Agora sou um homem feliz. Tenho tudo o que necessito e não preciso me preocupar com mais nada”. Mas Deus lhe diz: “Seu louco, esta noite pedirão a tua alma. O que tens preparado, para quem será?” E Jesus conclui dizendo: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”.
       Certa vez Jesus curou dez leprosos. Nove foram para casa sem dizer nada a Jesus. Um apenas voltou para agradecer a Deus. E Jesus então pergunta: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove?”
       Hoje o mundo não é menos ingrato. A porcentagem dos que reconhecem as bênçãos de Deus e o agradecem é a mesma dos tempos de Jesus. A grande maioria das pessoas não quer saber de Deus, não o agradecem pelas bênçãos recebidas.
       Por isso Deus, ao abençoar o homem com bens materiais, tais como dinheiro, propriedade e riqueza, o adverte, dizendo: “Guarda-te para não acontecer que, depois de multiplicarem os teus bens... te esqueças do Senhor teu Deus”.
       Porém, o filho de Deus não age assim. O cristão reconhece que tudo o que ele tem vem de Deus. Por isso, em lugar de se esquecer de Deus, ele o agradece.
       O cristão sabe que para conseguir as coisas ele precisa trabalhar. Mas ele também sabe que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”.
       O cristão sabe que não adianta ter muito estudo, riqueza e bens, pois se Deus não der saúde e uma mente sadia, tudo isso para ele não tem sentido.
       O cristão não apenas sabe e reconhece que tudo vem de Deus e de que depende da sua bênção. O cristão também agradece a Deus por tudo o que Deus faz por ele, pelas bênçãos recebidas.
       O cristão agradece a Deus pelas bênçãos materiais, como: comida, bebida, casa, lar, esposa e filhos, campos, gado e todos os bens.
       Mas o cristão agradece a Deus especialmente pela salvação que ele nos preparou através da morte do seu Filho Jesus. Ele agradece a Deus por ter amado o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.
       O cristão agradece a Deus nas suas orações, quando louva a Deus pelas suas bênçãos.
       O cristão agradece a Deus na sua vida, quando procura fazer a sua vontade.
       O cristão agradece a Deus nas suas ofertas, quando lhe devolve uma parte do que recebeu.
       O cristão agradece a Deus especialmente nos fins de semana, na hora do culto, quando vai a igreja. Na hora do culto o cristão se volta agradecido a Deus, ouve com atenção o que ele tem a dizer e abre a sua boca até no canto para lhe agradecer pelas muitas bênçãos recebidas.
       Nessa hora ele não consegue ficar em casa, ele tem que ir a igreja. Lá ele derrama o seu coração em agradecimento a Deus, como vocês estão fazendo hoje neste culto de Ação de Graças.
       Lá na igreja ele usa a sua voz e canta, com os demais fiéis: “Louva ao Senhor potentíssimo, rei das alturas. Canta minha alma, jubila com todas as criaturas. Vinde, exultai, harpas, saltérios tocai. Gratos por tantas venturas”.
       Lá na igreja ele ora agradecido: “Bendize ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nem um só dos teus benefícios”.
       Lá na igreja ele exclama como o salmista: “Como é bom e agradável viveram unidos os irmãos”.
       Ou não é assim com você, meu irmão e minha irmã, que na hora do culto você tem que ir a igreja para louvar a Deus pelas bênçãos recebidas?
       Que Deus nos abençoe, dando-nos corações agradecidos. Em nome de Jesus. Amém.


Rev. Lindolfo Pieper  - Jaru, RO – Brasil


Vida após a morte

Introdução: Todas as religiões falam da vida após a morte. Esse assunto é objeto de discussão, estudo e especulação. Um exemplo disso é que hoje, novembro de 2006, todas as três novelas veiculadas pela Rede Globo exploram esse assunto: A novela das 6 (O Profeta – Marcos, desde cedo manifesta o dom da clarividência, conseguiu prever a morte do irmão, mas não evitá-la. Tem a capacidade de fazer profecias), A novela das 7 (Cobras e Lagartos – o Omar aparece para o Foguinho) e a novela das 8 (Páginas da Vida – Nanda aparece para os filhos). Qual é a verdade sobre esse assunto?

a) O que é a morte?

A morte não é a destruição total ou a nihilização do ser humano. Mas é a privação da vida física, causada pela separação entre o corpo e alma.

Ec 12.7: “O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”

b) Qual a causa da morte?

Deus criou o ser humano para que vivesse para sempre. Mas, com a desobediência, Adão e Eva incluíram a morte na história das suas vidas. Por causa do pecado, todos estão sujeitos a morte.

Gn 2.17 “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

Rm 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte,”

Deus termina a vida dos seres humanos de várias maneiras: enfermidade, velhice, acidente, guerra, violência, etc... Em Belém foram mortas muitas criancinhas (Mt 2.16); Simeão faleceu muito velho (Lc 2.25-29). Seja qual for a causa da morte física, todos os seres humanos morrem por causa do seu pecado.

Sl 90. 7-10 “Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos”.

c) A morte é universal

Nenhuma pessoa, de sã consciência, nega o fato da morte.  É situação trágica. O ser humano quer viver, faz de tudo pra evitar a morte, mas finalmente deve morrer. Vejamos o que a Bíblia nos diz:

Hb 9.27 “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.

Ec 3.1,2 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou”.

Ec 9.12 “Pois o homem não sabe a sua hora”.

Rm 5. 12  “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.

         Os cristãos carregam em suas vidas as conseqüências externas do pecado, tais como as outras pessoas, por isso também sofrem a morte física. Mas, há enorme diferença entre a morte do cristão e a do não cristão. Para o cristão a morte não é castigo, mas o passar desta vida para a vida eterna incomparavelmente mais feliz, uma mudança para melhor. Por isso, o cristão, pela fé, morre em paz (Lc 2.29: “Senhor, agora despedes em paz...”)

Os que estiverem vivos por ocasião da volta de Jesus não morrerão, mas serão transformados.

1 Co 51 “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

1 Ts 4.16 “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;  depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”.

d) A morte não é o fim de tudo

Aprendemos na Bíblia que a morte física não é o fim de tudo. Falando do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, Jesus disse aos saduceus: “Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem” (Lc 20.38). Quando Abraão, Isaque e Jacó morreram, eles deixaram de existir fisicamente, com seus corpos, que foram sepultados; mas, continuam a viver como pessoas distintas,  na eternidade, tanto que Jesus lhes chama pelo nome.

e) A existência continuada

O corpo material volta à terra. Pó ao pó (Gn 3.19; ec 3.20). Nesse estado, continua até a volta de Cristo para o juízo final (Jó 19.25-27: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim; João 11.24: “Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia”.). Sem o corpo, a alma não se dissolve, não desaparece, nem é absorvida pela essência de Deus, tornando-se parte dele. Sendo espírito criado por Deus, dotada de imortalidade, a alma continua a existir como entidade pessoal distinta. Vejamos alguns exemplos: O malfeitor pendurado ao lado direito de Jesus. A ele, Jesus disse: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). A história do Rico e Lázaro mostra que a identidade pessoal não é destruída (Lc 16.22,23). O apóstolo Paulo deseja estar com Cristo (Fp 1.23). Essa existência separada continua até que a alma volte a ser unida com o corpo no último dia (Jo 5.28,29: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”).          

f) Onde estão as almas?

            No momento da morte, as almas daqueles que creram em Jesus Cristo como seu salvador entram na alegria do céu. Jesus disse ao malfeitor: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Estevão disse na hora da morte: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). Todo aquele que morre no Senhor é bem-aventurado “desde agora” (Ap 14.13).

            Os espíritos dos incrédulos também vão para o seu destino horrendo: Eles estão “em prisão” (1 Pe 3.19,20). Judas foi para “o seu próprio lugar” (At 1.25). A parábola do Rico e Lázaro ensina que, o ímpio, depois da morte, está em tormento (LC 16.23). As almas permanecem no céu ou no inferno até o dia do juízo, quando serão reunidas com seus corpos. Os crentes verão em sua carne a Deus (Jó 19.25) e os incrédulos irão de corpo e alma ao tormento eterno (Mt 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”).

g) Não há comunicação entre vivos e mortos

ð              Os mortos não nos conhecem: Is 63.16; Ec 9.5

Is 63.16: “Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade”.

Ec 9.5 “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento”.

ð              Eles não vêm ao mundo nem em missão de graça: Lc 16.27-29: Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos”.

ð              Há apenas dois destinos: Dn 12.2; Mt 7.13,14

Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”.

Mt 7. 13  “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”.

i) Quando se decide o destino eterno?

            Jesus diz que “Quem crê e for batizado será salvo e quem não crê será condenado” (Mc 16.16). Depois da morte, não há oportunidade para melhorar de situação, segunda prova, outra oferta de graça e perdão. “Morrendo o perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece” (Pv 11.7). “Eis agora o dia da salvação” (2 Co 6.2). “Aos homens está ordenado morrer uma só vez e, depois disso, o juízo” (Hb 9.27). A questão sobre se alguém vai ao céu ou ao inferno não será decidida no dia do juízo. Mas no momento da morte. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). O Juízo do último dia é o grande final do presente mundo. Nele a sentença pronunciada sobre o indivíduo na morte será confirmada publicamente e será estendida ao corpo que, até então, retornou ao pó, de onde veio. Aquele que continua na fé até o fim nada tem a temer para sua alma depois da morte, nem para o corpo e alma no dia do juízo (Ap 2.10; 14.13):

Ap 2.10 “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

Ap 14,13 “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”.

(Rev. Sílvio)

Muito Obrigado

Diz a história que em 1621 imigrantes europeus nos Estados Unidos resolveram festejar o sucesso das colheitas com um dia especial de agradecimento a Deus, celebrado com um banquete no qual assaram uma ave silvestre, o peru. Esta Ação de Graças transformou-se numa tradição mais festejada por lá que o próprio Natal. Em 1909, o embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, após assistir em Washington a celebração desta festa, proferiu um discurso emocionado na ONU propondo o Dia Internacional de Ação de Graças. Em 1949, o presidente Eurico Gaspar Dutra instituiu em nosso país a data, lembrada hoje em 150 nações sempre nesta quarta quinta-feira de novembro.
Este dia tem algo parecido com a Festa da Colheita, uma celebração dos cristãos da Europa quando os produtos da terra eram levados ao altar e dedicados a Deus. Uma tradição que ainda persiste em certas igrejas no interior do Brasil. Mas com o tempo estas coisas se tornam meras tradições. A “tradição” precisa “traduzir” o fato original, senão vira uma “traição” (as três palavras têm a mesma raiz latina que significa o ato de entregar). Assim como no Natal e em outras festas cristãs, é muito fácil as coisas virarem um “peru”. O nosso muito obrigado pode se transformar num gluh gluh gluh. O próprio culto a Deus na igreja, as orações, os hinos, o louvor, tudo pode ser algo que não traduza o sentido original. Como aconteceu com o povo de Israel no Antigo Testamento. Em certo momento Deus reclamou deles, dizendo: - Não adianta nada me trazerem ofertas; eu odeio o incenso que vocês queimam. Não suporto as Festas de Lua Nova, os sábados e as outras festas religiosas, pois os pecados de vocês estragam tudo isso (Isaías 1.13). O pecado desta gente era a falta de amor ao próximo, conforme aponta o livro: - Aprendam a fazer o que é bom, tratem os outros com justiça, socorram os que são explorados, defendam os direitos dos órfãos e protejam as viúvas (Isaías 1.17).
Na verdade, junto com o louvor dos filhos de Deus na igreja, a melhor maneira de agradecer aos céus é repartindo com os outros as dádivas recebidas. E se existe algo que nunca deveríamos deixar de reconhecer todos os dias, este é o perdão divino pela falta do nosso amor e de todos as conseqüentes infrações. Sobre isto Jesus contou uma parábola (Mateus 18.21-35) mostrando onde começa a legítima ação de graças. Um empregado devia milhões de moedas de prata e não tinha como pagar. Sensibilizado, o patrão perdoou a enorme dívida. O empregado saiu todo feliz e logo adiante encontrou seu colega de trabalho que lhe devia 100 moedas de prata. Não teve dúvida, mandou pôr o coitado na prisão até que pagasse a dívida. O final da história conta que o patrão descobriu a ruindade, e podemos imaginar o que aconteceu depois.
Neste mundo com tanta gente padecendo ao nosso lado por falta disto e daquilo, sempre temos alguma coisa para oferecer. Às vezes um simples sorriso é tudo o que alguém precisa. E se tem gente morrendo de anorexia, outro jejum doentio está mesmo no coração de gente que não olha para cima e por isto não olha para o lado, mas só para frente, no espelho. Pois neste dia de agradecer, valem as palavras daquele que tudo oferece: - O jejum, a ação de graças que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos... (Isaías 58.7).  

 

Pastor Marcos Schmidt - Novo Hamburgo, RS

A Oferta Cristã

A oferta é uma questão entre eu e Deus.

Ofertar depende da fé e do amor que eu tenho em Deus e não das minhas condições econômicas. Não é uma questão administrativa. Não é uma mensalidade ou taxa para pagar por serviços recebidos ou a receber. Não é uma invenção dos pastores, da diretoria e nem mesmo da igreja. Começou antes de existir tudo isso – com Abel. É maneira de adorar, honrar, glorificar a Deus.

Deus ama a quem oferta com alegria.

2 Co 9.7.

Ofertar com alegria é fazê-lo de coração, de boa vontade, sentir prazer.

Não por necessidade, porque precisa, mas porque quer;

Não por obrigação, mas por uma decisão pessoal;

Não para pagar por algo, mas em reconhecimento e gratidão por aquilo que Deus é para mim;

Não para receber de volta, mas porque Deus já deu tudo;

Não para ajudar a merecer o perdão, a paz e a salvação, mas como resposta, como serviço ao Senhor que já deu tudo isso.

O que nos impede de ofertar com alegria é o pecado.

Mt 22.37-39

Incredulidade (falta de fé, de confiança, quando Deus não ocupa o primeiro lugar no coração e na vida), ingratidão, materialismo, ganância, egoísmo.

Jesus é o único que pode nos dar a vitória sobre o pecado. Mesmo assim, neste mundo ainda não conseguimos ser perfeitos – fazemos ainda muitos pecados. Mas não podemos deixar que o pecado seja o que domina a nossa vida. Tem que ser Jesus!

Agradecer é viver as melhores alegrias.

Cl 3.15-17.

Quem agradece está aproveitando as melhores oportunidades de ser feliz. O ingrato não é feliz por receber coisas.

Agradecer é abrir as portas para receber mais.

Se você dá a alguém necessitado uma comida e roupa, e ele sai resmungando, insatisfeito, ingrato... como será a próxima vez que ele virá pedir?

Romildo Wrasse, Novembro de 2006

Lc 2.1-20 - Grande medo e grande alegria

Medo e alegria. São dois sentimentos totalmente diferentes. Nós sabemos exatamente o que significa cada um deles. Já sentimos medo e já nos deliciamos com alegrias e sorrisos. Penso que, já neste natal, tivemos a oportunidade de conviver e compartilhar pelo menos destes sentimentos. Medo e alegria. Incrivelmente eles estão presentes no natal. A narrativa bíblica mostra isso.

Os anjos são enviados de Deus a pastores nas Campinas de Belém. Eles vêm do céu. O inimigo dos pastores estava na terra e jamais eles esperavam que viesse de cima. Não sabiam eles que eram anjos, e sua intenção não era mexer com as ovelhas, mas com os pastores. Homens de “não boa reputação”.

O sentimento não poderia ter sido outro: medo. Grande medo, nos informa Lucas. E não podia ser diferente mesmo. O ser humano aprendeu a conviver com o medo desde a queda em pecado. Adão depois de pecar, se escondeu e quando procurado por Deus, respondeu: “Eu ouvi a tua voz, quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me escondi”. (Gn 3.10)

Grande medo. Parece que o mundo perdeu o medo de Deus. E não há nenhuma razão para isso, porque Deus continua sendo o mesmo, e fazendo as mesmas perguntas: “Onde estás?” A não boa reputação dos pastores jogou um balde de água fria em cima de sua coragem e sua habilidade em caçar os inimigos deles e das ovelhas. O sentimento foi de grande medo.

Agora temos de perguntar: E nossa reputação? Pelo jeito não é das melhores. Todos somos incluídos na lista negra do salmista: “De fato tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido”. Medo. E não tem como fugir: “Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito?” pergunta o salmista.

Não tenham medo. Não fujam. Não somos inimigos. Não temos intenção de machucar, de ferir, de roubar. Temos notícias. Boas notícias. Temos evangelho. Grande alegria. E começaram cantar: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens que ele quer bem”.

O medo dos homens é temporário. Enquanto nós somos vítimas de mais um tarifaço de impostos, de nossa nova governadora, com seu jeito novo de governar, Deus nos alcança com “UMA GRANDE ALEGRIA”. Deus age também com um pacotão, não de impostos, mas de isenção, de perdão, de cancelamento de dívidas, de caminho aberto, sem pedágio.

É verdade o que diz o hino: “Para nos enriquecer/ ele se fez pobre/ quão profundo deve ser/ seu amor tão nobre”. Grandes alegrias só podem vir de cima. Grandes alegrias acontecem lá em cima, quando um pecador se arrepende. Os anjos que anunciaram o Salvador, também cantam quando um dos medrosos de Deus se volta para Ele, se volta em arrependimento verdadeiro.

Da parte dos homens nós somos castigados com pesados impostos. Da parte de Deus vem o pacotão de perdão, de graça, misericórdia. Tiago assim o expressou: “Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vem de Deus”. A grande alegria é maior que o medo. A mensagem de evangelho se impõe ao medo.

Nós apenas dizemos: Vamos até Belém. Os pastores respondem com coragem, com decisão, com fé, com alegria, com amor. João escreve: “No amor, não há medo;o amor que é totalmente verdadeiro, afasta o medo. Portanto aquele que sente medo não tem no seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que existe castigo”. (1 Jo 4.18)

Quando os anjos voltaram para o céu. Eles ainda estão lá. Graças a Deus. Porque no dia em que eles voltarem, não será para cantar glórias e anunciar evangelho. Eles virão para colher. Enquanto nós vivemos esse tempo da ausência visível dos anjos de Deus, nós tomamos decisões e rumos que nos levam a Jesus. “Vamos a Belém”.

Estamos no tempo de caminhar, de deixar rebanhos e buscar o Reino de Deus, de buscar o Salvador, na certeza de que o “anjo do Senhor se acampa ao redor dos que o temem”, mesmo que nós não o possamos ver. O retorno dos pastores apenas confirma a verdade que o anjo falou. O Salvador havia nascido. Agora reinava a alegria em seus corações. Agora eles voltaram alegres e davam glórias a Deus. Eles assumiram a missão dos anjos.

É o que acaba sobrando para nós também. Levar Cristo para todos. Que assim seja. Amém.


Rev. Ilmo Riewe - Gramado - RS

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Culto Crioulo - Sermão

O Divino Tropeiro Jesus
dá a vida pelas suas ovelhas.

Objetivo: Levando em conta o fato de ser uma mensagem inserida num Culto Crioulo, então: apresentar o Evangelho perdoador e salvador de forma que cative as pessoas que cultivam as tradições gaúchas.

Permitam, que hoje, de forma simples e humilde
Transmita a vocês a palavra do Evangelho.
Uma mensagem divina que nos ensine
Dentro das tradições gaúchas,
Adorar ao nosso Divino SENHOR.

Nestes tempos de revolta e de tanta discórdia
É o espírito de Cristo que traz a concórdia.
Ele, como Divino Tropeiro, nos ensina a amar.
Amar a nós mesmos e a vida pelo outro dar.

É este espírito que nos move a viver
Pois, Ele não foi um peão desinteressado pelo serviço
Mas, assumiu um grande compromisso
Por todas as almas morrer.

Nós da mesma forma e sem preguiça
Não buscamos a ganância nem a cobiça
Mas, a cada alma andarilha mostrar
Um caminho novo para andar.

Ele conhece a cada uma de suas ovelhas.
Elas conhecem a sua voz.
Todas que um dia foram perdidas
Agora tem uma chance como nós.

Temos sentido prá vida
Ao crer no perdão pela cruz.
Pois, a mensagem de Deus nos convida
A crer no Seu Filho Jesus.

Mas, Ele não se faz de rogado e nos convida para a missão
Que é levar todo o descrente a ser tornado em cristão.
Conduzindo ovelhas perdidas ao Patrão Celeste
Com ajuda do Espírito Santo que sobre todo crente desce.


Muitas ovelhas andam esparramadas
Perdidas e ouvindo mensagens vazias.
Não se cuidam e caem nas emboscadas
Tornando suas almas tão frias.

Conclamo aos meus amigos
Que lutemos por um único ideal.
Levando a mensagem do Divino Tropeiro
Oferecendo a estas almas perdidas
Uma chance de entrar na invernada celestial.

Não somos melhores do que os outros
Muito menos também.
Só vivemos pela fé
Nas coisas que esperamos lá no além.
Pois, é promessa do Divino Tropeiro.
Que faremos todos parte
De um só rebanho também.


Patrão do céu, abençoe este rebanho
Com o teu amor e proteção.
E a cada um de nós perdoe,
Pedimos de coração.

Hoje aqui nos reunimos
Como muita fé e louvor
E unidos te agradecemos
Pelo teu grande amor.

O qual a nós foi revelado
Ao deixar Teu Filho morrer na cruz.
Ficando para nós um sinal marcado
O qual à invernada celeste conduz.

Muito obrigado, Patrão do Céu, muito obrigado!

Pr Gerson D. Prates
22/09/01

Culto Crioulo

1. INVOCAÇÃO:
PASTOR: Em nome de Deus Pai, nosso Patrão Celeste da Estância do Além, que tudo criou e tudo preserva para o nosso bem.
TODOS: Em nome de Deus Filho, Jesus Cristo nosso Divino Tropeiro, que morreu na Cruz para salvar o mundo inteiro.  
PASTOR: Em nome do Espírito Santo - Deus verdadeiro ele é, criador e mantenedor da nossa fé.
TODOS: Em teu nome, ó Triúno Deus, Pai Filho e Espírito Santo, iniciamos e realizamos este culto, dentro dos costumes e tradições do Povo Gaúcho. Amém.

2. MÚSICA: Ó Deus Amado

3. CONFISSÃO e ABSOLVIÇÃO:
PASTOR: Companheiros do Rio Grande / patrícios que eu quero tanto, / para vocês eu desejo / todo o amor de Deus, o nosso Patrão Santo.
TODOS: Obrigado, igualmente, / quem nos salvou foi Jesus, / Nosso Divino Senhor, / ao morrer por nós na cruz.
PASTOR: Para este culto crioulo, / nós oramos irmanados / Pedindo primeiro em Cristo, / Perdão por nossos pecados.

TODOS: Perante todos,/ Deus misericordioso e Patrão Santo,/ reconheço que pequei e por minha própria culpa errei./ Te suplico o perdão que não mereço./ Estou arrependido e humildemente espero teu apreço./ Em nome de Cristo,/ teu Filho, meu Salvador,/ o qual ao morrer na cruz, demonstrou seu grande amor.

PASTOR: O Nosso Patrão Santo, entregou seu filho Jesus para que por nós morresse na cruz. Por amor dele temos Perdão, Vida Eterna e Salvação. Quem nele crê é filho de Deus e tem a promessa da herança no céu. Esta é da nossa fé o alvo! Quem crer em Cristo e for batizado será salvo!
TODOS:  Isto é certamente verdade. Amém.

4. COLOCAÇÃO DOS LENÇOS NA CRUZ: ATO DE RECONCILIAÇÃO

5. INTRÓITO: LEITURA DO SALMO 23
PASTOR: O Deus Eterno é o meu Pastor: nada me faltará.
TODOS: Ele me faz descansar em pastos verdes e me leva  à águas tranqüilas.  
PASTOR: O Eterno me dá novas forças e me guia no caminho certo, como ele mesmo prometeu.  
TODOS: Ainda que eu ande por um vale escuro como  morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Deus Eterno, estás comigo; tu me proteges e me diriges.

6. MÚSICA: Kyrie Eleison

7. GLÓRIA IN EXCELSIS
PASTOR: Honra e glória nas alturas / ao Patrão que é Deus Santo! /  Paz na terra às criaturas, / povo que ele ama tanto! / Nós te louvamos, bendizemos, / te adoramos com glória. / E com fé reconhecemos/ Jesus Cristo, Rei da vitória.
TODOS: Nós também agradecemos / por tua grande compaixão / e sempre  te louvaremos / Grande Pai da criação. / Ao Filho Onipotente, / Jesus, Divino Cordeiro, / que morreu valentemente / pra salvar o mundo inteiro.

8. SAUDAÇÃO:
PASTOR: Aqui entre nós está o Patrão Onipotente.
TODOS: E conosco permaneça eternamente.

9. ORAÇÃO DO DIA:

10. LEITURA DO CHASQUE: (Carta)1 Pe 2.21-25: "Companheiros, o Divino Tropeiro morreu por todos e deixou o exemplo para que seguíssemos o seu rastro santo. Ele nunca ofendeu o Patrão do Céu e da sua boca nunca saiu a mentira. Quando o maltratavam, inju-riavam e caluniavam, não pagou mal por mal. Pelo contrário, continuava tratando a todos com o mesmo amor. Morreu na cruz em nosso lugar, para pagar por nossos pecados, matando crucificados os nossos vícios e, para  que vivêssemos  agora uma vida honrada e honesta. Como cordeiro inocente, morreu pelo rebanho, pois éramos como ovelhas perdidas no corredor da existência, e pelo seu sacrifício reconduziu-nos de volta ao Rodeio Cristão".

11. MÚSICA: Aclamação ao Evangelho

12. LEITURA DO SANTO EVANGELHO: Companheiros, diz o Divino Tropeiro Jesus: "Eu sou o Bom Tropeiro, o que dá a sua vida pelo rebanho. O peão desinteressado, como não é o dono do rebanho, não se importa com a tropa, não a defende e não traz de volta a ovelha que varou a cerca. Sou o Bom Tropeiro das almas; conheço as minhas ovelhas uma por uma e elas conhecem a minha voz. Assim como o Pai Celeste me confiou o rebanho das almas, quero conduzi-lo à invernada celeste. Para salvá-las, dou a minha vida. Tenho ainda muitas ovelhas esparramadas. Preciso juntá-las na mesma invernada, e farei um só rebanho para ser guiado pelo mesmo tropeiro".
(João 10.11-16)

13. CREDO CRIOULO:
PASTOR: Eu creio num só Deus, meu Pai Celeste, que tudo fez, tudo criou, tudo reveste, que do nada tirou tudo o que é visível, igualmente ele é quem fez o que é invisível.
TODOS: Eu creio no Patrão que está no céu,/ e no Tropeiro Jesus, Filho de Deus./ Que do Pai nasceu, porém nunca começou;/ é Deus de Deus, luz de luz que nos salvou.
PASTOR: Gerado pelo amor de Deus que é santo igual em tudo ao Pai do céu que ele ama tanto; Para nos salvar desceu do céu com alegria e se fez homem pelo ventre de Maria.
TODOS: Tratando com amor homens ingratos / morreu na cruz condenado por Pilatos./ Para demonstrar que era Deus às criaturas,/ ressuscitou bem conforme as Escrituras.
PASTOR: Subiu aos céus, retornando à sua Querência, no fim do mundo voltará com imponência. Há de vir julgar com justiça a humanidade, reunindo os fiéis, na feliz eternidade.
TODOS: Por isso firmemente eu acredito no Espírito Santo / que é também Deus infinito,/ que com Deus Pai e com Deus Filho é um só Patrão,/ veio dos dois com direito à adoração.
PASTOR: Foi ele quem falou pelos profetas, E quem dirige a humanidade em cancha reta. Creio na Igreja do Divino Tropeiro, que prega a fé, congregando o mundo inteiro.
TODOS: Aceito um só batismo que perdoa,/ é a marca santa que Jesus põe na pessoa./ A morte apenas é porteira para o além,/ pois nossa vida continua sempre. Amém

14. MÚSICA: Ao Patrão Celeste

15. MENSAGEM:

16. RECOLHIMENTO DAS OFERTAS DE GRATIDÃO: "No entanto o meu povo e eu não podemos de fato te dar nada, pois tudo vem de ti, e nós somente devolvemos o que já era teu. ( 1 Crônicas 29.14)

17. ORAÇÃO GERAL DA IGREJA:

18. PAI NOSSO:

19. CELEBRAÇÃO DA CEIA SANTA:

20. DISTRIBUIÇÃO DA CEIA SANTA: (fundo musical: gaita e violão)

21. ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO:

22. MÚSICA: Obrigado, Patrão do Céu.

23.BÊNÇÃO:
PASTOR: Aqui entre nós está o Patrão Onipotente.
TODOS: E conosco permaneça eternamente.
PASTOR: Que o Patrão Santo te abençoe e te guarde. Que o Patrão Santo faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. Que o Patrão Santo sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Amém.

Mt 21.28-32 - Sermão

Sempre é bom conhecer o contexto para entender o texto. O texto relata uma parábola que Jesus contou e a aplicação feita por ele mesmo.
O capítulo 21 do Evangelho de Mateus começa relatando a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém. O ministério público de Jesus está chegando ao fim. Está próximo o seu sofrimento final. Após a entrada triunfal Jesus purifica o templo, realiza milagres e ensina no templo. Parece que o povo começa a reconhecê-lo e ouvi-lo. Diz-nos o versículo 15: "... mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia".
Em razão do que presenciaram, eles interpelam a Jesus: "Com que autoridade fazes estas cousas? e quem te deu essa autoridade" (v.21,23). Jesus, por sua vez, em resposta, faz outra pergunta: "De onde era o batismo de João? Do céu ou dos homens?"(v.25). Como não quiseram responder, com medo de se complicar, Jesus contou a parábola do nosso texto.
A parábola, que é relatada apenas por Mateus, é simples e traz, a seguir, a aplicação do próprio Jesus.
A pergunta de Jesus também é clara, simples e objetiva: "Quem fez a vontade do pai?". Vamos ver o que Jesus nos quer ensinar com esta parábola.
I (A estória)
A história contada por Jesus é tirada de um cotidiano normal e corriqueiro. Parece até fazer parte de uma dos tantos acontecimentos que cada uma de nós já viveu. Talvez já acontecesse fato semelhante na nossa relação familiar. Por vezes filhos enganam seus pais. Quem sabe até nós, na condição de filhos, já procedemos de maneira parecida. Mostramos-nos gentis, educados aparentemente, fazendo de conta que concordamos com o pai, com o que ele diz e pede. Mas, longe de seus olhos, fazemos o contrário.
Quem lida com adolescentes e jovens conhece situações semelhantes. Aquele que diz: "Sim senhor", mas age de maneira contrária, não é tão raro assim. Outras vezes fazemos o papel do outro filho. Negamos-nos a atender o pai, somos até mal educados.
Depois o remorso bate e acabamos realizando o que o pai pediu.
Também em outras relações conhecemos, provavelmente, pessoas que se apresentam como os "bonzinhos", falando bonito, mas na hora de pegar no serviço se esquivam e somem. Prometem muito, mas fazem pouco ou nada. De outro lado, conhecemos também aqueles que discutem, contestam e, aparentemente, se negam a colaborar. São os que geralmente são chamados de "bronqueiros". Na hora da verdade, porém, são eles que se viram e agem.
O pior é que os "bonzinhos" e bem falantes levam as glórias por aquilo que não fizeram e que os outros, que ficaram na surdina, acabaram realizando.
Será que Jesus está apenas contando uma estória que constata e confirma uma realidade da vida?
Por certo ele quer transmitir uma verdade importante, usando os fatos como comparação. A questão central está na sua pergunta: "Quem fez a vontade do pai?", que interpretada na aplicação, que o próprio Jesus faz, significa: QUEM ENTRA NO REINO DO CEUS?
II (A vontade do Pai)
Qual é a principal vontade de Deus em relação aos homens?
Na verdade, o que Deus quer desde a eternidade é que suas criaturas, que somos nós, estejam com ele no seu Reino. Como os homens se desviaram de Deus e se afastaram dele, ele elaborou outro plano, que Jesus executou, para restabelecer o seu objetivo inicial. Na oração sacerdotal manifesta esta sua suprema vontade: "Pai, minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste" (Jo 17.24). Sua vontade é que ninguém se perca.
A vinha do Senhor é uma expressão freqüente nas Escrituras para designar o Reino de Deus, sua santa igreja.
Por isso, ao serem convidados a trabalhar em sua vinha, Deus quer que estejam nela, a saber, em seu Reino. Só pode trabalhar na vinha que nela está. A ênfase não está no trabalho, mas no fazer essa vontade de Deus. Razão porque fala no "entrar no seu Reino". O trabalhar nele é uma conseqüência.
III (O convite e as respostas)
Observamos na parábola de Jesus que o homem, dono da vinha, não manda empregados, servos ou escravos trabalhar. Na forma que se dirige aos filhos, mais parece um convite amável. Ele também não diz: "Vai qualquer dia", mas "vai hoje". O convite de Deus para o seu Reino tem caráter de urgência. Hoje é o tempo da graça, amanhã não sabemos. A resposta ao convite não pode ser adiada indefinidamente.
Outro aspecto que ressalta é o fato de o convite feito para um é igual ao feito para o outro filho. O texto diz: "Chegando-se ao primeiro disse: Filho vai hoje trabalhar na minha vinha". Depois: "Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa".
Pela continuação da conversa sabemos quem são as pessoas que os dois filhos representam. Em sentido genérico, são os dois tipos de pessoas, na sua reação diante do convite de fazer a vontade do Pai, ou seja, fazer parte do Reino de Deus. Para seus interlocutores, principais sacerdotes e escritas, Jesus diz concretamente a quem se refere.
O filho que disse: "Sim senhor" e não foi, representa os próprios sacerdotes e escribas, os líderes do povo, tanto civis como religiosos, que estavam interpelando Jesus a respeito de sua autoridade.
Eles eram, realmente, pessoas de destaque no meio em que viviam. Eram respeitados pelo povo. Os que compunham o sinédrio, por exemplo, eram escolhidos entre os sábios, pessoas idosas e de respeito. Fariseus eram uma das seitas que davam muita importância à observância da lei. A imagem que temos deles, em razão de Jesus ter exposto suas hipocrisias, não era a imagem que o povo tinha deles.
De outro lado, Jesus identifica o outro filho com as pessoas mais desprezíveis e desprezadas pelo povo. Publicanos foram os cobradores de impostos a serviço de um povo opressor, portanto, mancomunados com o império romano. A maioria cobrava taxas elevadas e embolsava estas cobranças. Eram corruptos, iguais aos que hoje são tão abundantes e de quem temos tantas notícias. Por isso eram considerados traidores da nação, pois trabalhavam para os inimigos e opressores. Publicanos, portanto, eram ou representavam os corruptos políticos e sociais, eram os ladrões.
As meretrizes, por sua vez, representavam a depravação moral da sociedade. Não é necessário descrever suas ações. Elas existem também hoje em abundância
Essa era, talvez, uma das surpresas para os interlocutores de Jesus. Os dois, com atitudes diferentes, eram irmãos. Eles não eram melhores do que os corruptos e os depravados. O convite foi feito de forma igual para ambos.
Às vezes desejamos que esse dois irmãos da parábola devessem ter um terceiro irmão que nos representam. Não gostamos de ser representados nem pelo que foi hipócrita nem pelos publicanos e meretrizes, corruptos e depravados. Nesse sentido somos iguais aos escribas e fariseus. Quando Jesus pergunta: "Que vos parece?", certamente também não pensavam que eles próprios estavam representados na parábola.
Para eles, qualquer pessoa poderia estar representada, menos eles.
IV (O que decide)
Como o projeto de Deus na criação, de certa forma, não se realizou, por causa da revolta dos anjos e do desvio dos homens, entrou em ação o projeto da reconquista dos homens para o seu Reino.
Esta é, em resumo, também a finalidade da ação da igreja. Ela é a vinha do Senhor. Por isso a igreja proclama a reconciliação que possibilita a volta do homem ao  Reino de Deus.
Quais são os critérios para o reingresso? Os fariseus pensavam que sua aparente vida digna bastava. Mas Jesus diz que eles, com toda a sua dignidade não tinham acesso. O "sim senhor", não bastava. A aparência não era suficiente.
Impressiona que Jesus afirma: "Em verdade vos digo que publicanos e pecadores vos precedem no reino de Deus". O que estes tinham que os outros não possuíam? Qual a diferença?
Se olharmos com atenção, o texto responde esta pergunta: "Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele, ao passo que os publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele" (v.32).
A aparência, a vida correta não é senha para que a porta do Paraíso Celeste se abra para alguém. A chave está no arrependimento e no crer.
Qual seria a razão da referência a João Batista?
Foi esta exatamente a pregação de João: "Arrependei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados" e "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".
Crer em Jesus é que faz a diferença!
Será, então, que é melhor ser corrupto e devasso do que tentar ter uma vida digna? Isso Jesus não afirmou. Depois que entramos na sua vinha, no seu Reino, o trabalhar, o ser melhor é uma conseqüência. Mas só chegamos lá por um único caminho: JESUS, e a fé nele. Amém.

Rev. Werner N. Sonntag

BURACO NEGRO NOS MIOLOS

O gigantesco acelerador de partículas quer desembrulhar o segredo "número um" do Universo e transformar uma especulação num fato científico. Conforme teoria, tudo o que existe é resultado da combinação de 12 partículas fundamentais e que não podem ser divididas. Mas os físicos ainda não têm a resposta para uma questão primordial: porque a matéria tem massa? Ou seja, porque uma árvore tem madeira maciça, que dá para ver, cheirar e pegar? A resposta estaria na 13ª partícula, apelidada de partícula de Deus. Ela finalmente comprovaria o Big Bang e o surgimento do Universo. Tudo depende agora dos resultados desta parafernália de oito bilhões de dólares acionada semana passada na Europa

Luis Fernando Verissimo, no artigo A doença da curiosidade, diz que esta máquina é "espiar por baixo do camisolão de Deus". E questiona: "Quanto mais se sabe sobre o funcionamento do Universo mais aumentam a perplexidade e a angústia por não se saber mais, por jamais se poder compreender tudo – pelo menos não com este cérebro que mal compreende a si mesmo". Interessante as palavras deste homem que confessa ter deixado a fé no bolso da fatiota na Primeira Comunhão. Ele reafirma uma promessa bíblica: Pois Deus, na sua sabedoria, não deixou que os seres humanos o conhecessem por meio da sabedoria deles (1 Coríntios 1.21). Por isto, acredito que o resultado das experiências deste acelerador de partículas vai mesmo acelerar o crescimento deste imenso ponto de interrogação.

"No começo Deus criou os céus e a terra". Estas palavras iniciais da Bíblia remetem para aquilo que está no restante das Escrituras: É pela fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê (Hebreus 11.3); Por meio da sua palavra, o Senhor fez os céus; pela sua ordem, ele criou o sol, a lua e as estrelas. Pois ele falou, e o mundo foi criado; ele deu ordem, e tudo apareceu (Salmo 33.6,9); Senhor nosso e nosso Deus! Tu és digno de receber glória, honra e poder, pois criaste todas as coisas; por tua vontade elas foram criadas e existem (Apocalipse 4.11). O próprio Senhor Jesus confirma: Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: Deus os fez homem e mulher (Marcos 9.6). Portanto, os textos sagrados não permitem dúvidas: Deus criou o Universo já adulto, assim como fez o ser humano inteiramente crescido no sexto dia. Adão e Eva não vieram ao mundo da barriga da mãe ou do macaco, nem as primeiras árvores da semente. Logicamente é uma questão de fé.

A Ciência aposta no evolucionismo – tudo surgiu a partir de uma grande explosão há 13 bilhões de anos – o Big Bang – provocando a biodiversidade da vida no imensurável Universo e no planeta Terra. No entanto, se criacionismo e evolucionismo se chocam frontalmente entre fé e razão, os dois caminham lado a lado no terreno da esperança. Na verdade, quanto mais desvenda a complexidade da vida, a Ciência Humana mais se enreda em perguntas sem respostas. Acredito que no lugar desta máquina produzir buracos negros e engolir a Terra inteira, produze outros que irão engolfar os neurônios e o sono dos cientistas.

Rev. Marcos Schmidt - Novo Hamburgo - RS

marsch@terra.com.br

4º Mandamento - Alocução Confessional

4º Mandamento
(Conforme a explicação do Dr. Martinho Lutero no Catecismo Maior)
P: Quando perguntamos quais pecados devemos confessar o que dizemos aos filhos de Deus?
C: Examina o teu estado à luz dos dez mandamentos: se és pai, mãe, filho, filha, patrão, patroa, empregado; se foste desobediente, infiel, negligente, irado, licencioso, contencioso; se fizeste mal a alguém com palavras ou ações; se roubaste, descuidaste ou cometeste algum dano.
P: Queremos hoje examinar o nosso estado à luz dos Dez mandamentos, usando o Quarto Mandamento ou Quarta Palavra:
C – Honra a teu pai e tua mãe, para que te vás bem e vivas muito tempo sobre a terra.
P – O que é isso?
C – Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar nem irritar nossos pais e superiores, mas devemos honrá-los, servi-los, obedecê-los, amá-los e querer-lhes bem.
P: Deus distinguiu o estado paterno e materno de modo especial, acima de todos os estados que estão abaixo de Deus. Não ordena simplesmente que amemos os pais; manda honrá-los. Dessa maneira separa e destaca pai e mãe acima de todas as outras pessoas na terra e os põe ao lado dele. Pois honrar muito mais elevada coisa é do que amar. Não abrange apenas o amor, senão modéstia, humildade e reverência. Por isso os pais devem ser tidos em alta conta e colocados no lugar mais elevado depois de Deus.
C: Razão porque devemos ver nos pais representantes de Deus, e mesmo ainda quando modestos, pobres, doentes e excêntricos, ainda assim são pai e mãe, dados por Deus. Não ficam privados dessa honra por causa de sua conduta ou em razão de fragilidades.
P: O que significa, portanto, honrar os pais, segundo esse mandamento?
C: Que os tenhamos em apreço como o maior tesouro na terra. Que sejamos respeitosos para com eles em nossas palavras, não sejamos grosseiros, não levantemos a grimpa, nem ralhemos, ao contrário, devemos deixar que tenham razão e silenciar. Compete-nos honrá-los também por meio de atos, com nosso corpo e bens, servindo-os, ajudando-lhes e cuidando deles quando idosos, enfermos ou pobres. E tudo isso se fará prazerosamente, com humildade e reverência, como na presença de Deus.
P: Se assim o fizermos, os pais terão tanto mais alegria, amor, amizade e concórdia em suas casas, e os filhos poderão cativar-lhes inteiramente o coração.
C: Por outro lado, quando batem o pé e se negam a cumprir o dever, exasperam tanto a Deus como aos pais. Com isso privam a si mesmos desse tesouro e da alegria de consciência, e enchem-se apenas de infelicidade.
P: Temos, além disso, o dever de mostrar-nos agradecidos pelo benefício e por todos os bens que dos pais recebemos. Mas aqui novamente impera o diabo no mundo: as crianças esquecem os pais, como nós todos esquecemos de Deus.
C: Ninguém pensa em como Deus nos alimenta, guarda e protege. Especialmente quando vem uma hora má, raivamos e resmungamos impacientes, e some-se da memória tudo quanto de bom havemos recebido ao longo da vida. Exatamente assim fazemos também aos pais, e não há criança que o reconheça, a menos que lhe seja dado pelo Espírito Santo. Verifica então que deles recebeu corpo e vida, e, além disso, que os pais o alimentaram e criaram. Do contrário ter-se-ia asfixiado cem vezes em sua imundícia.
P: Deus uniu a este mandamento uma amável promessa: "Para que se prolonguem os seus dias na terra".
C: Aí temos um prêmio: quem guardar o mandamento, haverá de ter bons dias, felicidade e prosperidade. Por outro lado, o castigo: quem for desobediente, tanto mais cedo perecerá e nunca há de fruir a vida com alegria.
P: De onde, se não da desobediência, vêm tantos patifes? Por que outro motivo está o mundo agora tão cheio de infidelidade, desonra, miséria e homicídios, senão porque cada qual quer ser dono de si mesmo, perfeitamente autônomo, a ninguém dar atenção e fazer tudo o que lhe apetece?
C: Toma boa nota da grande importância que tem aos olhos de Deus a obediência, visto que tanto a exalta, tão grandemente nela se compraz e ricamente a premia.
P: Porque da autoridade dos pais se irradia toda outra autoridade. Razão porque devemos obedecer patrões e autoridades, e aos pais espirituais que nos governam mediante a palavra de Deus.
C: Aqueles que se chamam cristãos têm, diante de Deus, o dever de "considerar merecedores de dobrada honra" aos seus pastores, fazer-lhes o bem e provê-los do necessário.
P: Falei sobre esse mandamento em tantas palavras na esperança de que alguém  o acolha no coração,
C: para que fiquemos livres da cegueira e da miséria, reconheçamos verdadeiramente a palavra e a vontade de Deus e as aceitemos com seriedade.

(Rev. Horst Musskopf - Cuiab-a - MT)

3º Mandamento - Alocução Confessional

3º Mandamento
(Conforme a explicação do Dr. Martinho Lutero no Catecismo Maior)
P: Quando perguntamos quais pecados devemos confessar o que dizemos aos filhos de Deus?
C: Examina o teu estado à luz dos dez mandamentos: se és pai, mãe, filho, filha, patrão, patroa, empregado; se foste desobediente, infiel, negligente, irado, licencioso, contencioso; se fizeste mal a alguém com palavras ou ações; se roubaste, descuidaste ou cometeste algum dano.
P: Queremos hoje examinar o nosso estado à luz dos Dez mandamentos, usando o Terceiro Mandamento ou Terceira Palavra:
C: Santificarás o dia do descanso.
P: O que é isso?
C: Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar a pregação e sua palavra, mas devemos considerá-la santa, gostar de a ouvir e estudar.
P: Em primeiro lugar, a natureza ensina e requer um dia para descanso e restauração.
C: Em segundo lugar, e acima de tudo, o fazemos para que no dia de descanso se tome lugar e tempo a fim de participar do culto divino, isto é, reúnam-se as pessoas com o objetivo de ouvir a palavra de Deus, louvar a Deus, cantar e orar.
P: Isso deveria acontecer, na verdade, todos os dias. Como a maior parte das pessoas não consegue isso, é preciso reservar para essa finalidade pelo menos um dia na semana. Qual é o sentido de "conservar santo"?
C: Falar, agir e viver de maneira santa. O dia se torna santo ou profano dependendo das atividades a que nele te entregares: se santas, ou profanas. Santificar é tratar da palavra de Deus e nela exercitar-se. "Santificar" não é resultado do que nós fazemos, mas é o que Deus faz em nós através da sua Palavra viva e vivificadora.
P: A palavra de Deus é o tesouro que a tudo santifica. Razão por que todo o nosso viver e agir, para chamar-se agradável a Deus, ou santo, deve nortear-se pela palavra de Deus.
C: Inversamente, todo agir e viver alienado da palavra de Deus não é santo aos olhos de Deus. A força e o poder deste mandamento não consiste no feriar, porém no santificar.
P: Peca contra este mandamento também aqueles que vão à igreja apenas por força do hábito. Pois não devemos apenas ouvir, mas é necessário aprender e reter. Deus pedirá contas de cada um como ouviu, aprendeu e honrou sua palavra.
C: Razão porque é necessário ter a palavra de Deus continuamente no coração, nos lábios e nos ouvidos. Mas quando o coração anda ocioso e a palavra não soa, o diabo penetra e realiza o estrago antes que disso nos demos fé. Por outro lado, quando se medita, ouve e trata a palavra seriamente, ela tem o poder de nunca ficar sem fruto. Sempre desperta novo entendimento, prazer e devoção, e cria coração e pensamentos puros. Pois não são palavras inoperantes ou mortas, mas vivas e eficazes.

(Rev. Horst Musskopf - Cuiabá - MT)