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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ministério Pastoral - Estudo Bíblico

1 – O que você entende pela Palavra Pastor? ___________________________
1) Guardador de gado (Gn 13.7).
2) Governante (Jr 3.15).
3) Deus (Sl 23.1) e Jesus (Jo 10.11).
4) Ministro da igreja (Hb 13.17, 1Pe 5.2).
Antigo Testamento
(a). Sentido literal Gn 26.20; Am 1.1.
(b). Aplicado figuradamente a Deus Sl 23.1; Is 40.11; Ez 34.11-31.
(c). Aplicado aos governantes Sl 78.71; Is 44.28; 56.11; Jr 23.2-4; 50.6; Ez 34.23-24.
Novo Testamento
(a). Sentido literal Lc 2.8-20.
(b). Aplicado figuradamente a Cristo Mt 25.32; 26.31; Jo 10.1-18 (v 11); Hb 13.20; 1Pe 2.25; 5.4.
(c). Aplicado aos dirigentes da Igreja Jo 21.15-17; At 20.28; Ef 4.11; 1Pe 5.2. cf. também Mt 18.12; Lc 15.4-7; Hb 13.7,17,24.

2 – O que você entende pela Palavra Ministro? _________________________________
1) SERVO, (Sl 103.21; Jo 18.36).
Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3.26; Gl 1.10) ou a Jesus Cristo (Gl 1.10). No NT Jesus Cristo é chamado de "o Servo", por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12.18; At 3.13; 4.27).
2) Empregado (Rm 13.4).
3) Conselheiro; auxiliar (2Sm 8.18).
4) Pessoa designada para exercer um MINISTÉRIO, (2Cr 29.11; At 26.16).
Exercício de um serviço religioso especial, como o dos levitas, sacerdotes, profetas e apóstolos (1Cr 6.32; 24.3; Zc 7.7; At 1.25).
Atividade desenvolvida por Jesus até a sua ascensão (Lc 3.23)
5) O servo de Cristo que, na igreja, prega a palavra e administra o batismo, a ceia. (1Co 4.1; Ef 6.21; 1Tm 4.6).

3) – O que é o ministério de todos os santos?
1Pe 2.9; Mt 28.19-20; Jo 6.45; 7.38-39; 20.22; 1Co 2.15; 3.21-22; 1Jo 2.27; Cl 3.15; Cada cristão é testemunha de Cristo. Cada um pode confessá-lo diante das pessoas. Cada um pode mostrar o erro, consolar, confortar, e também apontar a necessidade do batismo e absolver.

4) – Qual é a diferença entre sacerdócio de todos os crentes e o ministério público?
O sacerdócio dos crentes é particular. Para ilustrar a diferença podemos dizer que o sacerdócio é como todos os cidadãos particulares, e entre os cidadãos existe aqueles que exercem uma função pública, oficio público. Tanto um cristão, como um pastor podem fazer a mesma coisa, mas os cristãos em geral agem com base no sacerdócio universal, o pastor age com base no chamado recebido dos sacerdotes reais, na congregação local. Os cristãos agem, sob Deus, em seu próprio nome; mas o pastor age, sob Deus, em nome da congregação que o chamou.
Precisamos entender que a pregação, a administração dos sacramentos, a disciplina eclesiástica, excomunhão, isso não é algo individual de cada cristão, mas é de toda a congregação, isso através de seu ministro chamado.
Lutero faz uma bela diferenciação usando as seguintes palavras: "apenas nos tornamos cristãos por meio deste sacerdote e do seu sacerdócio e, no batismo, fomos pela fé nele enxertados, e já recebemos o direito e poder para ensinar e professar diante de todos os homens a palavra que dele temos, cada um segundo a sua vocação pública. Cada um deve e pode ensinar, instruir, consolar, admoestar, repreender com a palavra de Deus assim que necessitar fazê-lo. Mesmo sendo sacerdotes, ainda assim não podemos nem devemos por isso, todos pregar ou ensinar e governar. Por isso, se elege um que ocupará esse oficio publicamente, um servo de todos os demais. Todos são sacerdotes, mas apenas o chamado autoriza o ministério público" (Dogmática Cristã. John Theodore Mueller. P. 527 – 528).

5) – Ministério: Uma instituição divina
Deus por sua vontade deseja que seus filhos não só de forma pessoal ou particular ensinem a palavra, mas que o faça em conjunto, como congregação. Deus não faz acepção de pessoas, e nem quer que o façamos, ele incentiva e nos capacita a vivermos em comunhão, At 2.42. Por isso há congregações, e conseqüentemente o ministério público, At 14.23; 1Tm 5.17; 2Co 5.19-20; At 20.28; Ef 4.11-13; 1Co 9.14.
O ministro é chamado por Deus através da congregação, MT 4.19; 28.19; Lc 10.1; Gl 1.1. As congregações tem o pleno poder espiritual e eclesiástico, para eleger e comissionar pessoas aptas ao trabalho do ministério, At 14.23; 13.1-3. A congregação chamando um pastor apenas executa a vontade de Deus, At 20.28; 1Co 12.28; Ef 4.11-12. Sendo o pastor chamado por Deus mediante o chamado da congregação, deve ser tratado assim pela congregação que o chamou. Esse tratamento não advém somente por causa da obra e função que exerce, mas principalmente por que Deus o chamou para seu serviço.
Vemos uma crescente no pensamento de que o pastor é empregado da congregação, por isso, cabe a ele fazer de tudo. Sobrecarrega-se o pastor, pois ele ganha pra isso, e assim nos esquecemos de qual é a verdadeira função do pastor. Vejamos a principal atribuição do ministério, Tt 1.9; 2.7-8; ensinar a palavra de Deus e preservar a doutrina pura.
O pastor tem sua autoridade sob a Palavra de Deus e dentro dela. Por isso, nós sacerdotes reais precisamos valorizá-los, respeitá-los, Hb 13.17; 1Ts 5.12-13; 1Tm 5.17-18; Gl 6.6.
Só não se pode obedecer ao pastor, ou a qualquer outra autoridade em uma determinada situação, qual? Rm 16.17-18.
Toda vez que o pastor nos aconselha, admoesta, ensina, instrui, devemos receber isso como sendo do próprio Deus, 2Co 5.20.
Deus governa a igreja através dos sacerdotes universais e também pelo ministro devidamente chamado. Pela atuação dos cristãos, em testemunho, oferta, oração Deus vai levando seu amor as pessoas. Através do pastor chamado pelos cristãos, Deus vai oferecendo o perdão, consolo, orientação, pelos meios da graça. Valorizemos pois o sacerdócio real, e nunca deixemos também caros sacerdotes reais de valorizar o ministério que Deus concedeu a sua igreja aqui na terra. Amém!

Bibliografia
Biblioteca Digital da Bíblia – SBB
Dogmática Cristã. Jonh TheodoreMueller.
Sumário da Doutrina Cristã.
Bíblia Sagrada, RA.
Mensageiro Luterano, junho de 2009. "Pastor meu Líder". p. 19-20.

Pastor Edson Ronaldo Tressmann - Alto Alegre dos Parecis – RO

O amor de Deus dura para sempre - Sermão

8º Domingo após Pentecostes
LEITURAS Salmo 136.1-9   Gênesis 9.8-17  Efésios 3.14-21  Marcos 6.45-56
Tema: O amor de Deus dura para sempre ...

Os astronautas que foram até a Lua testemunharam que a imagem mais bonita que eles enxergaram lá de cima não foi a Lua, foi a própria Terra. Ela é toda azul. E qual a impressão que eles tiveram da Lua? Edwin Aldrin, o segundo homem que pisou na Lua, fez uma descrição intrigante: "Um lugar tão desolado, tão completamente sem vida".

Acho que estes homens que foram até este lugar sem vida, devem ter voltado felizes da vida, ao chegarem no planeta Terra e perceberem a grande diferença entre a Terra e a Lua.

Me parece que as vezes a única maneira de se valorizar as coisas boas é comparando com as coisas ruins.  Por exemplo: só se dá valor a saúde quando se está doente. Só se dá valor a comida quando não tem o que comer. Só se dá valor a chuva quando existe estiagem, seca... E assim é com tudo.


Assim também é com o amor de Deus.

É por isto, quem sabe, que o salmista no Salmo 136 tem que repetir 26 vezes "o amor de Deus dura para sempre". Pode até ser cansativo ouvir e dizer que o amor de Deus dura para sempre. Mas não ficamos cansados em ver a Lua, que sempre está lá, a 400 mil quilômetros de distância, refletindo a luz do Sol.

Por isto o salmista confessa:
"Ele fez o sol e a lua, o seu amor dura para sempre. Fez o sol para governar o dia; o seu amor dura para sempre. Fez a lua e as estrelas para governarem a noite; o seu amor dura para sempre".

Acredito que a grande causa de esquecermos o amor de Deus, está no fato de não reconhecermos que foi ele que fez, que foi ele que criou.

Por exemplo, os evolucionistas não acreditam que foi Deus que fez a Lua, o Sol, a Terra, e tudo o que existe. Dizem que tudo é produto do Big Bang e da evolução – isto é, do acaso.

Por isto este Salmo deve ser uma grande bobagem para eles. Porque agradecer por uma coisa que Deus não fez? Para um Deus que nem existe?

Mas isto também acontece com nós, cristãos. Nós, que cremos que Deus criou o céu e a terra, conforme afirmamos no Credo Apostólico. É que esquecemos da explicação de Lutero: (outra versão)

"Creio que Deus me criou junto com todas as criaturas, e me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todos os membros, inteligência e todos os sentidos, e ainda os conserva; além disto, me dá roupa, calçado, comida e bebida, casa e lar, família, terra, trabalho e todos os bens. Concede cada dia tudo o que preciso para o corpo e a vida; protege-me contra todos os perigos e guarda-me de todo o mal. E faz tudo isso unicamente por ser meu Deus e Pai bondoso e misericordioso, sem que eu mereça ou seja digno. Por tudo isso devo dar-lhe graças e louvor, servi-lo e obedecer-lhe. Isto é certamente verdade".
"Por tudo isso devo dar-lhe graças e louvor, servi-lo e obedecer-lhe. Isto é certamente verdade".

Não é assim que acontece? A gente volta de uma viagem de carro, sãos e salvos, sem nenhum acidente, e acha que foi obra do acaso. Não agradecemos a Deus por que achamos que isto é obra do acaso. Nesta hora nos tornamos evolucionistas.

Levantamos de manhã, com saúde, tomamos café, vamos ao trabalho, almoçamos, jantamos,  e retornamos ao nosso lar, a nossa cama, e achamos que foi um  dia normal, que tudo aconteceu por acaso. E por isto esquecemos  de agradecer pelo dia, pelas coisas. Por que? Porque esquecemos que Deus é o criador e o doador. E nos tornamos evolucionistas...

Mas daí, de repente num certo dia, no meio da viagem, acontece um acidente. Neste momento somos criacionistas, e perguntamos: Mas porque, ó Senhor, tu deixaste acontecer isto comigo?

Noutro dia perdemos o emprego, e olhamos para os céus, e daí lembramos que é Deus quem nos sustenta, e evidentemente reclamamos: - Porque, ó Senhor, tu permites que isto aconteça comigo?

Infelizmente é assim. Precisamos ir até a Lua, ver a desolação, a falta de vida, e enxergar a Terra de longe, para perceber a consolação, a vida, o amor de Deus que dura para sempre.

Na leitura do Antigo Testamento, a história do Dilúvio tem algo importante a nos dizer no meio disto. O Dilúvio é certamente a forma mais radical que Deus encontrou para mostrar que ele é o Criador.

Diz o texto que Deus fez uma aliança de que nunca mais destruiria a terra daquele jeito. E colocou um sinal: "O arco-íris é o sinal da aliança que estou fazendo com todos os seres vivos que vivem na terra" Gênesis 9.17

O que Deus faz aqui, penso eu, é um marketing, uma propaganda desta aliança. Para alguém que não conhece esta história bíblica, ou não acredita nela, o arco-íris é uma coisa simples da natureza. Mas para nós, cristãos, é um sinal do amor de Deus. Um sinal de que Deus nos protege e nos sustenta.

Segundo a explicação da ciência, "a aparência do arco-íris é causada pela dispersão da luz do sol que sofre refração pelas gotas de chuva".

Em outras palavras, é o reflexo da luz do sol. Só que tem um detalhe, o arco-íris não existe realmente numa posição localizada do céu, mas é uma ilusão de óptica que depende da posição da pessoa que observador.

Estas explicações científicas me fizeram pensar sobre  o significado bíblico do arco-íris. Por que, dependendo a posição do observador, ele vai enxergar ou não vai enxergar. Isto é, se é um cristão consciente, o arco-iris vai lembrar a aliança de Deus, para que confiemos nele, pois Deus sempre cumpre as alianças que faz. Mas se é um cristão inconsciente, ou um descrente, as "cores" desta aliança não vão ser percebidas.

Foi o que aconteceu com os discípulos de Jesus. Devido a posição deles, eles não enxergaram o arco-íris.

Conforme o Evangelho, eles estavam atravessando o lago, e Jesus ficou em terra, orando. Estava escuro, e um vento muito forte impedia que os discípulos chegassem no outro lado. Eles estavam em sérios apuros.

No evangelho tem um detalhe que deveria chamar a nossa atenção, quando também passamos por tempestades e não conseguimos sair do lugar: "Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade".

Jesus nunca deixa de ver. Ele sempre está atento a tudo o que se passa em nossa vida.

Seja qual for a situação de perigo, de problemas, lá está o amado Senhor, olhando.

Mas ele não olha apenas. Diz o Evangelho que "Jesus foi até lá, andando em cima da água". E aqui outro detalhe interessante: "e ia passar adiante deles".

Duas coisas aqui: Jesus vem até nós, e a sorte nossa que vem sem a gente pedir. Ele observa e vêm.

Mas diz o texto que "ele ia passar adiante". Os discípulos viram Jesus andando sobre as águas, mas só que ele não veio direto a eles, passou por perto. Mostrou a sua presença poderosa, andando sobre as águas tumultuadas, mas ao mesmo tempo passou por perto e se manteve a uma certa distância.

Por que Jesus não veio logo em direção a eles?

Na verdade, Jesus também espera por uma reação. No caso dos discípulos, Jesus queria que eles o notassem, o reconhecessem, e de alguma forma, pedissem por ajudar.

Mas eles confundiram o Senhor com um fantasma e ficaram apavorados.Triste miopia espiritual. Coisa que acontece com a gente. Ele está perto de nós, mas não conseguimos vê-lo, porque a falta de fé e o conseqüente medo atrapalha a nossa visão. Estão lembrados? Dependendo da posição, a gente não enxerga o arco-iris...

Será que o nosso problema não é o mesmo dos discípulos? Diz o evangelista que a "mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido a milagre dos pães".

Não tenho dúvidas de que este também é o motivo para nossas fraquezas espirituais, quando vemos tantos fantasmas na nossa frente, e nos apavoramos. Temos uma mente fechada, isto é, falta conhecimento da Palavra de Deus, falta entendimento dos milagres do dia a dia, de que o pão de cada dia e todas as coisas que temos vem das mãos de Deus – assim como foi a multiplicação dos pães e dos peixes.

Estamos agora com medo da gripe A – a gripe suína. Uma das recomendações é estarmos bem alimentados, com o corpo saudável, a fim de termos os anti-corpos contra este vírus.

É assim quanto a este vírus que se abateu na alma dos discípulos. Eles não tinham os anti-corpos, ou melhor, os anti-almas. Faltava na vida deles mais conhecimento sobre Jesus. Mas eles ainda estavam no começo de seu aprendizado. Eles estavam no primeiro ano do curso de Teologia...

Na verdade, se a gente não se nutrir adequadamente da Palavra de Deus, a "influenza" do vírus A, isto é, a desconfiança com Deus, vai nos atingir em cheio. E se não houver um bom tratamento, isto pode ser fatal.

Por isto a oração do apóstolo Paulo aos cristãos de Éfeso, conforme a Epístola:

"Peço também que, por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês. E oro para que vocês tenham raízes e alicerces no amor, para que assim, junto com todo o povo de Deus, vocês possam compreender o amor de Cristo em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade. Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza".  (Efésios 3.17-19)

"Compreender o amor de Cristo em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade" é o que todos precisamos, especialmente nestes tempos de pandemia de religiões, quando Cristo é qualquer coisa, menos aquele que livra do vírus do pecado.

Também nós estamos contaminados por este vírus, o pecado. Já nascemos com ele, herança dos nossos pais. Mas no batismo recebemos a vacina.

No entanto, assim como a gripe, o pecado sempre vem de novo (sofre mutações), e age através do diabo e do mundo.

Só existe uma forma de combater este vírus e nos livrar da morte eterna. Paulo diz em nossa Epístola: "Por meio do seu poder (de Deus) que age em nós, pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos"

Este poder é o amor de Deus, que dura para sempre.

Nesta semana quando foi lembrado os 40 anos da chegado do homem à Lua, uma pesquisa mostrou que 8% dos americanos não acreditam nesta história. Dizem que é uma farsa. Muitas pessoas, também aqui no Brasil, têm dúvidas, e quem sabe até você.

Isto até é compreensível, pois vivemos num mundo de muita mentira, e é normal este tipo de desconfiança.

Esta descrença não vai mudar muita coisa na vida da pessoa.

No entanto, tem mundo gente que não acredita que Deus pisou o solo da Terra há 2 mil anos e aqui deixou a sua própria vida. Esta desconfiança traz conseqüências para a eternidade.

Nós cremos que Deus não apenas criou a Terra e tudo o que existe, mas também veio a Terra, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna. Porque o amor de Deus dura para sempre. Amém.

Pastor Marcos Schmidt - Novo Hamburgo (RS)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Efésios 3.13-19 - Sermão

Em Cristo Jesus, o Salvador de nossas almas, caros irmãos e irmãs na fé!
O apóstolo Paulo dirige a carta aos cristãos da cidade de Éfeso em circunstância toda especial. Paulo, o grande apóstolo da Igreja de Cristo está preso em Roma. Não faltavam aqueles que caluniavam ao apóstolo, alegando que o grande líder dos cristãos era um criminoso, merecedor de reclusão ao presídio.
A comunidade de Éfeso ocupava lugar de destaque na Ásia. Era um grande centro comercial para o qual convergia todo povo da Ásia. Ali junto da Congregação de Éfeso buscava-se orientação sobre os acontecimentos com o apóstolo. Por isto, era necessário que os cristãos de Éfeso fossem bem informados e dessem claro testemunho de sua fé.
Paulo inicia sua exortação mostrando seu sofrimento de prisioneiro de um ângulo bem diverso de seus adversários. Diz ele: "Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória." O apóstolo conscientiza ao mundo cristão de que ele não está sofrendo no presídio por sua própria causa, mas sim pela causa dos cristãos. É por causa da pregação do evangelho que Paulo se encontra na prisão. E caso Paulo não teria pregado, não haveria cristãos em Éfeso, nem em nossa cidade que moramos hoje. Então foi também por nossa causa que Paulo estava sofrendo na prisão.
Mais outro aspecto Paulo destaca: Este seu sofrer não deve ser motivo para entristecer aos cristãos, mas motivo para gloriar-se. Reconhecendo o poder que o evangelho, que Cristo dá aos que o servem com integridade, Paulo pode suportar com satisfação todos os incômodos da prisão, sem murmuração, ali pensando no crescimento da igreja de Cristo, escrevendo cartas que inspiram ânimo e especialmente orando em favor dos cristãos.
Mesmo na reclusão de um presídio Paulo encontra meios para servir a igreja de Cristo seu Salvador. Desta sua atividade diz o apóstolo: "Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra." Paulo faz a sua oração na certeza de que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus Cristo nosso Salvador. Na certeza de que este Pai tem uma família de Santos no céu e também uma família de santificados pelo sangue de Jesus aqui na terra. E também na certeza de que o Pai do céu ama sua família aqui na terra e está pronto a dispensar-lhe todo auxílio necessário para conduzi-la à glória eterna. É exatamente isto que Paulo pede em suas orações, conforme ele mesmo diz: "para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior;" Paulo ora pelo crescimento espiritual dos cristãos através do Espírito que o Pai do céu deu aos cristãos. Paulo luta por uma igreja forte, que suporta tribulações, que em hora de aflições eleva seus olhos para os montes donde vem o socorro.
Esta preocupação cada pastor tem por sua igreja, fazer seus membros crescer na fé, no amor a Deus e ao próximo, levá-los a viver uma vida agradável a Deus.
(Nossa igreja igreja tem como tema para este ano: "Procurai progredir, para a edificação da Igreja" 1Co 14.12) E o apóstolo Paulo concebe tal crescimento nos seguintes termos: "e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus." As mesmas necessidades que os cristãos de Éfeso tinham para crescer em sua fé, nós igualmente as temos.
Vivemos num mundo extremamente materialista. Procura-se fazer da religião uma mera organização social, despindo-a de seus valores transcendentais. Dentro das igrejas surgem movimentos de falso ecumenismo, que querem sob qualquer pretexto unificar as igrejas mesmo com sacrifício das verdades básicas da Escritura Sagrada. Novas denominações religiosas surgiram em grande número nas últimas décadas tentando confundir aos menos avisados. Por isso a exortação de Paulo nos atinge em cheio: "habite Cristo no vosso coração" Aos cristãos da Galácia Paulo confessa: "logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim."-  Gl 2.20.
Cristo vive em nós pelos ensinamentos de seu evangelho, pelas consolações de suas promessas, pela força com que supre as nossas deficiências. Pois, Cristo é a fonte da vida do cristão e também da igreja cristã. Ele descreve seu viver em nós no seguinte quadro: "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." - João 15.5. E Cristo vive em nós quando mantemos comunhão com ele através de sua Palavra, dos Sacramentos e das orações.
Cristo vivendo em nós, ele nos aperfeiçoa para um amor em dimensão total. A este respeito o apóstolo fala nos seguintes termos: "a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento." Com estas palavras o apóstolo se refere ao amor em dimensão vertical, o amor que Deus tem a nós e que nós temos a Ele. Também se refere ao amor em dimensão horizontal, o amor que nós temos ao próximo e que o próximo tem a nós.
E finalmente o apóstolo quer um amor em dimensão constante. Um amor que se torne o habito de cada dia, não algo extraordinário que se pratica aos domingos entre as quatro paredes da igreja. Mas um amor que emana de Cristo, do Cristo que vive em nós, que é a fonte de água viva a jorrar para a vida eterna.
Minha oração, vossa oração seja: Crescer na grande família de Deus; experimentar o amor de Deus em toda sua plenitude, proclamar a glória do Cristo que habita em nossos corações, ganhar muitas almas para o abrigo deste amor de Cristo que excede todo entendimento. Amém!

Marcos 6.45-56 - Estudo Homilético

1 – Títulos:
- Jesus anda em cima da água! Jesus cura em Genesaré – NTLH
- Jesus anda sobre o mar! Jesus em Genesaré – ARA
- Jesus caminha sobre o mar – Lutero.
2 – Contextualização:
Os doze discípulos retornaram de sua primeira experiência missionária. A fim de avaliar esta atividade o Senhor Jesus propõe um retiro. Mas o povo descobriu o local e em grande número foi até lá. E Jesus passou o dia todo ensinando ao povo. Ao cair da tarde, vendo o povo com fome, Jesus os alimentou com cinco pães e dois peixes. O resultado deste milagre foi: "Os que viram esse milagre... queria levá-lo à força para o fazerem rei – Jo 6.14,15. A perícope começa dizendo, que Jesus ordenou que os discípulos saíssem de cena e ele tratou esta questão sozinho com o povo.
3 – Conteúdo do texto:
Do texto em estudo queremos destacar três momentos: 1ª O cenário da história; 2ª O caminhar por sobre as águas; 3ª As curas em Genesaré.
1ª O cenário da história – v.45-48
a  - "Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida!" Betsaida era a cidade natal de Pedro, André e Felipe. Ali Jesus iria encontrar–se com eles para ensiná-los em particular.
b – "Enquanto ele mandava o povo embora... depois... Jesus subiu um monte a fim de orar!" Os evangelhos não contam o que Jesus fez para o povo desistir de intenção de fazê-lo rei. Apenas registram que Jesus subiu o monte para orar, para falar com o Pai, para buscar forças e assim prosseguir na obra.
c – "Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, Jesus estava na terra sozinho." Chegou a noite e com ela as trevas. Assim começava o drama da insegurança. Além disso o vento soprava em sentido contrário o que dificultava a navegação e para completar: Jesus não estava com eles.
2º A caminhada por sobre as águas – v.49-52:
a – "Viram Jesus andando em cima da água... pensavam que era um fantasma!" É uma situação extremamente triste, quando Jesus é confundido com um fantasma. Isto, porém ainda hoje acontece quando Jesus e seu plano salvador são rejeitados como sendo algo ruim, algo que traz prejuízo.
b – "Todos ficaram apavorados com o que viram... coragem sou eu! Não tenha medo!" Homem também tem medo. Só a presença de Jesus termina com o medo e restabelece a calma. Cabe aqui lembrar que apenas o evangelista Mateus registra a tentativa de Pedro de também caminhar sobre a água. MT.28,29.
c – "A mente deles estava fechada, e eles ainda não tinham entendido o milagre dos pães." Era muita coisa para um só dia. Eles ainda não haviam assimilado o milagre da multiplicação dos pães, e agora são surpreendidos pelo susto de ver o Mestre caminhando por cima das águas. Qual era o objetivo de tudo isso? Parece que Jesus quer colocar bem fundo no coração dos discípulos que o seu reino não é deste mundo, mas é lá do alto; que as suas bênçãos são bem maiores do que o pão que mata a fome do corpo, ou o poder que restaura a saúde.
3º As curas em Genesaré – v.53-56:
a – "Chegaram à região de Genesaré."  Há alguma dificuldade hoje para localizar Genesaré no mapa da terra de Israel. A Bíblia de estudos faz o seguinte comentário. "É uma região fértil que ficava na margem noroeste do lago da Galiléia, ao sul de Cafarnaum."
b – " O povo logo reconheceu Jesus... Começaram a trazer os doentes... E todos os que tocavam nele ficavam curados." Este é um dos raros relatos sobre curas de doentes em massa, o normal era, que Jesus tratava individualmente com cada doente curado. Os relatos bíblicos não comentam o caso e conseqüentemente nenhum comentarista emite opiniões sobre o fato.
4 – Sugestões de tema:
Como é o reino de Jesus!
1 – Não é deste mundo, nem está em oferecer pão e saúde, somente!
2 – Ele está acima das necessidades da presente vida!
3 – Ele oferece vida, paz e salvação eterna!

Efésios 3.14-21 - Estudo Homilético

1) Títulos:
- A oração em favor do povo de Deus – NTLH
- Paulo ora novamente – ARA
- A intercessão do apóstolo pela comunidade – Lutero.
2 – Contextualização:
Agora Paulo conclui a oração iniciada no capitulo três, versículo um. Ele pede a Deus que dê aos cristãos crescente compreensão do amor de Cristo e que este amor os torne abundantes no louvor e gratidão a Deus. Com esta oração ele pede crescente união com Cristo e amor ao Deus de todo poder.
3 – Conteúdo do texto:
O texto nos apresenta um excelente modelo de oração, com Invocação – v.14,15; Petições – v.16-19; Doxologia – v.20,21.
1º Invocação – v.14,15
a – "Por esse motivo" O motivo dessa oração: " Deus me revelou o seu plano secreto ," isto é: a salvação por Cristo Jesus.
b – "Eu me ajoelho diante do Pai!" Entre os judeus era costume ficar de pé quando oravam. Paulo ora ajoelhado, isto expressa uma solenidade bem especial, ou, uma urgência na invocação.
C – "De quem todas as famílias no céu e na terra recebem o seu verdadeiro nome!" "As famílias no céu", segundo os mestres judaicos são os anjos, "As famílias na terra" segundo os mesmos são os seres humanos. Estas "recebem o seu verdadeiro nome" isto é: todos são criaturas do mesmo Pai, o Criador do céu e da terra.
2º Petições – v.16-19:
a – "Dê a vocês poder que sejam espiritualmente fortes." Assim Paulo pede por crescimento e perseverança na fé.
b – "Que por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês." Ao pedir este dom, Paulo pensa naquilo que Cristo é para ele, a saber: "Para mim o viver é Cristo." Fp 1.21; e "Somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós" – 2Co 5.14. Assim ele pede que Cristo e seu amor sejam o fator determinante nas ações do cristão.
 c – "Vocês possam compreender o amor de Cristo em toda a sua largura..." Compreender o amor de Cristo em todas as dimensões é o alvo proposto para a vida de um cristão. Porém um alvo nunca atingido na integra, mas buscado por todo filho de Deus.
d – "Para que Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza."  A realidade de Deus, a comunhão com Deus, a vontade santa de Deus devem tornar-se a perspectiva de vida para todo cristão.
3 – Doxologia final – V.20-21
a – "Que a glória seja dada a Deus." – Se é possível sermos família de Deus, se é real o amor de Cristo em nossa vida, então isso não é obra nossa, mas é o dom gratuito de Deus, portanto a ele o louvor e a glória por toda eternidade.
b – "Glória a Deus por meio da Igreja... por todos os tempos e para todo sempre." A glorificação a Deus e a Cristo nosso Salvador nunca devem ser interrompidos, visto que tudo que somos e temos vem dele, a sua misericórdia não tem fim. Para que este conhecimento permaneça vivo em nossa mente, o apóstolo ora a Deus.
4 – Sugestões de tema:
Nós somos família de Deus!
1- Temos um Pai Todo-Poderoso!
2- Temos um irmão, Cristo Jesus que paga todas nossas dívidas!
3- Temos o Espírito Santo que nos ensina a orar!

Gênesis 9.8-17 - Estudo Homilético

1 – Títulos:
- Deus faz uma aliança com Nóe – NTLH
- A aliança de Deus com Nóe – ARA
- A aliança de Deus com Nóe – Lutero.

2 – Contextualização:
Provavelmente o mundo já existia há dois mil nos, quando "o Senhor Deus viu que as pessoas eram más e que sempre estavam pensando em fazer coisas erradas, ficou muito triste por haver feito os seres humanos" – Gn 6.5,6. Com vistas nesta realidade o Senhor Deus decidiu: "Vou fazer desaparecer da terra essa gente, que criei" – Gn 6.7. Porém reavaliando a situação, o Senhor constatou que "Nóe era um homem direito e sempre obedecia a Deus... vivia em comunhão com Deus" – Gn 6.10. Então resolveu convocar a Nóe para construir uma barca, capaz de salvar a vida de sua família, a vida dos animais e aves da terra. Após um confinamento de 371 dias na barca, finalmente o dilúvio acabou. Nóe e sua família agradeceu: "Nóe construiu um altar para oferecer sacrifícios a Deus o Senhor" – Gn 8.20. Agora um mundo novo os esperava, um mundo sem violência, sem pessoas más, um mundo no qual todas as pessoas andavam em comunhão com Deus. É com estas pessoas que Deus se propõe fazer uma aliança.
3 – Conteúdo do texto:
No texto o Senhor Deus propõe uma aliança. Uma aliança ampla para toda criatura, compreendendo as pessoas humanas, os animais terrestres e as aves. É uma aliança unilateral, uma aliança que não exige compromisso de ambas partes, uma aliança que fala do amor do Criador pela criatura. Vamos considerar os quatro itens principais desta aliança:
1º As partes envolvidas na aliança: O Senhor Deus; as criaturas humanas; os animais da terra; e, as aves!
2º O conteúdo da aliança: "Nunca mais os seres vivos serão destruídos por um dilúvio" – v.11
3º O sinal de garantia da aliança: "Vou colocar o meu arco nas nuvens. O arco–íris será o sinal da aliança" – v.13
4º O avalista da aliança: "Eu faço a seguinte aliança com vocês: prometo que nunca mais os seres vivos serão destruídos por um diluvio" – v.11. Deus, num gesto de amor por suas criaturas empenha a palavra, a saber, sua palavra poderosa pela qual foi possível criar todo universo.
4 – Sugestão de tema:
O mundo restaurado polo poder de Deus!
1 – Mostra que Deus está comprometido com o mundo!
2 – Mostra que Deus não tem prazer em castigar suas criaturas!
3 – Mostra que Deus quer salvar e oferecer segurança aos seus!

Salmo 136.1-9 - Estudo Homilético

1-Títulos:
- Hino de Gratidão- NTLH
- A misericórdia de Deus – ARA
- Louvor a Deus pela natureza e história – Lutero
2 – Contextualização:
É um salmo de Gratidão! Ou, uma antífona litúrgica, cantada nas grandes festas do Antigo Testamento. Entre outros salmos de louvor, recebia o título de: "O Grande Halel!" Era cantada ao final da ceia da Páscoa. "Em cerimônias realizadas no Templo, a segunda linha de cada verso ("O seu amor dura para sempre") era cantada pelo povo, em resposta à primeira linha, cantada por um sacerdote." – Bíblia de Estudo – NTLH. Este canto ao amor de Deus, certamente tem por base o perdão de pecados por Jesus Cristo.
3 – Conteúdo do texto:
O texto exalta o amor de Deus, como sendo duradouro, imutável e de valor eterno.
v.1- "Dêem graças a Deus, o Senhor, porque ele é bom!" Esta é a tese principal que ecoa ao longo de todo Salmo. Deus é bom. Nele não há maldade, nem injustiça.
v.2 – "Dêem graças ao mais poderoso de todos os deuses!" Estas palavras são uma confissão de fé. Não há outro Deus além do Senhor. Ele é o Altíssimo, o Senhor dos senhores.
v.3 – "Dêem graças ao mais poderoso de todos os senhores." É uma reafirmação do v.2. O Senhor nosso Deus é a autoridade máxima em todo Universo.
v.4 – "Somente o Senhor faz grandes milagres." Fazer milagres é uma especialidade de nosso Deus. Tudo quanto existe é fruto, ou milagre de seu amor.
v.5 – "Pela sua sabedoria ele fez os céus!" O salmista agora enumera algum dos grandes milagres de Deus. No presente versículo refere o Universo e os corpos celestiais, criados por ele, para servir ao ser humano.
v.6 – "Ele pôs a terra sobre as águas profundas!" Sabe-se que dois terços do globo terrestre é água, no entanto, cada um dos elementos (terra e água) permaneceu em seu respectivo lugar.
v.7 – "Ele fez o sol e a lua." Dando a cada um sua função própria.
v.8 – Fez o sol para governar o dia." Pessoas, plantas e animais precisam da luz solar. Deus criou e proveu a cada um deles com suas respectivas carências.
v.9 – "Fez a lua e as estrelas para governar a noite!" Além dos benefícios próprios, elas servem para marcar dias, meses, estações e anos.
4 – Sugestão de tema:
O seu amor dura para sempre!
1 – Só ele é o Criador!
2 – Só ele faz milagres!
3 – Só ele é nosso protetor!

Perigos Invisíveis

Existem perigos invisíveis a olho nu. Microscópios revelam a presença de milhares de germes e bactérias que existem ao nosso redor e que procuram nos destruir. Algumas ações são necessárias no combate a estes minúsculos seres.

Em Passo Fundo formaturas universitárias foram canceladas, além de outros grandes eventos, diante da comprovada presença do vírus H1N1. Nunca se vendeu tantas máscaras como atualmente!

Nós cristãos cremos, ensinamos e alertamos que existem outros perigos invisíveis a olho nu. Estou me referindo aos seres espirituais do mal. Queira ou não queira, eles existem!

Não se sabe quem foi efetivamente o inventor do microscópio, mas existem registros de que em 1660 um cientista chamado Anton Leeuwenhoek, observou, uma gota de água de um lago local e viu milhares de criaturinhas!

Quando você lê e ouve a Palavra de Deus, essa Palavra funciona como um microscópio espiritual, onde Deus nos revela um mundo invisível, de forças espirituais (Ef 6.12).

No século XVII, apesar do alerta dos cientistas, a maioria da população não acreditava na existência de germes e bactérias, mas com o passar do tempo, visões microscópicas foram se popularizando e hábitos de higiene, como lavar as mãos, foram se consolidando.

Alguns, diante da visão de tantos germes que nos rondam, entram em paranóia e praticamente deixam de viver. Igualmente, alguns enxergam o diabo em tudo e se enchem de temores. No entanto, espiritualmente, temos um remédio eficiente, temos uma proteção que nos fortalece para não sermos afetados. Trata-se de Cristo, de sua obra, seus méritos e de seus ensinamentos. Quando o Espírito de Deus ilumina os olhos do nosso coração (Ef 1.18), então enxergamos além da maldade, enxergamos Jesus e o seu Amor. A Bíblia nos garante que o Espírito de Deus, que está naqueles que crêem em Jesus é mais forte do que qualquer força do mal (leia 1 Jo 4.4)".

Por isso, apesar de sabermos de um mundo invisível que nos ronda, não deixamos de viver, não entramos em paranóia. Em Cristo somos encorajados na certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor (Rm 8.37-39).

Nele estamos protegidos, refugiados e seguros, tanto do que se vê, como do que não se vê.

Pastor Ismar L. Pinz - Pelotas, RS.

A espera de um (bom) lar

A triste espera e o forte desejo por um lar são experiências dolorosas, podendo assemelhar-se as milhares de pessoas sem teto, que enfrentaram filas nas últimas semanas, para conseguir uma senha do programa minha casa, minha vida.

Diante desta problemática, semana passada (15/07) o Senado Federal aprovou a Nova Lei Nacional de Adoção. Mesmo sendo tão relevante, foi deixada em segundo plano inclusive pela mídia, já que as inúmeras trocas de acusações, alianças entre partidos e CPIs, foram manchetes.

Segundo o Conselho Nacional de Adoção (CNA), existem hoje no país, mais de 80 mil crianças em abrigos, mais de 22 mil pais cadastrados para darem um lar a uma delas, porém, menos de 4 mil aptas à adoção. O processo burocrático e falho foi considerado o maior vilão, por números tão expressivos.

A Nova Lei, visa agilizar os processos, mas não leva em conta um agravante desconhecido por muitos: O despreparo dos potenciais "pais". Em busca do filho perfeito, têm dificuldades em aceitar a história e os traumas de vida do adotado, ou então em poucos encontros, sentem-se aptos a adotar a criança com que simpatizaram.

Quando se projeta uma idéia ou expectativa, sem conhecer a realidade, provavelmente haverá decepção, devolução ou segundo abandono. FaIsas perspectivas destroem qualquer relação humana e, neste caso,  desenvolvem ainda mais traumas às crianças, que já vivem abaladas. Decepcionar-se e devolvê-las aponta para um despreparo e falta de objetivo, transformando-as em um produto que desagradou, venceu ou que não atendeu as expectativas.

A espera por um lar angustia e traz a sensação de vazio, abandono e desamor. A Bíblia aponta para toda a humanidade estar nesta situação: "gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos"(Romanos 8.23). Independente da condição em que crianças nasçam, com famílias estruturadas ou não, ainda assim são órfãs de Deus.

Adoções podem ser cercadas de histórias de fracassos e vitórias, agilidade ou demora, realizações e decepções, quando administradas pelas nossas humanas decisões. Deus sabe o quanto a espera por um lar dói e machuca. Por isso no tempo certo enviou Jesus, a fim de adotar a todos como seus herdeiros e família(Gálatas 4.4,5). Assim, o Batismo é o meio com que Ele se utiliza par selar suas promessas através do Salvador Jesus (1ª Pedro 3.21).  "Será que uma mãe pode esquecer o seu bebe? Será que pode deixar de AMAR o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês". (Isaías 49.15)

Não baseie sua adoção em falsas perspectivas, elas lhe levarão a decepção. O projeto de Deus continua em pé, ultrapassa nossos limites e vontades, é utopia aos que ainda estão na fila (loucura para alguns, escândalos para outros – 1ª Coríntios 1.23).

Pastor Márlon Hüther Antunes - Maceió-AL

Ainda

"O que adianta o homem ter ido à Lua se ainda não resolveu tanta coisa aqui". Alguma vez a gente já disse ou pensou isto. E com razão, afinal, a conquista do espaço ainda não nos libertou do tempo das carroças. É o ainda da gripe A e outras epidemias, o ainda das guerras, dos golpes políticos, da fome, da corrupção, do descaso com o meio ambiente, o ainda de muita coisa. Será que um dia o ser humano dará o passo definitivo para resolver todos estes "ainda"?

No encontro dos astronautas com o presidente Obama nesta segunda-feira, Armstrong declarou que a corrida espacial trouxe desenvolvimento à ciência, ao conhecimento e à exploração. De fato, desde o Sputnik lançado pelos russos em 1957, centenas de satélites orbitam a Terra além de outras tecnologias úteis no dia a dia, fruto da ciência espacial. Mas nem as odisséias humanas lá de cima nem as aqui de baixo parecem resolver os desastres da vida humana. Então o que fazer?

A história da Apollo 8, esta que foi a primeira nave tripulada a dar a volta em torno da Lua, carrega um detalhe que pode ajudar aqueles que exploram o espaço da verdade. No dia 24 de dezembro de 1968 a tripulação enviou uma mensagem de Natal. Era a leitura dos primeiros dez versículos da Bíblia: "No começo Deus criou os céus e a terra..."  Ativistas do ateísmo processaram a NASA por esta manifestação religiosa no espaço, mas ninguém mais podia desfazer o testemunho. Até porque o céu anuncia a glória de Deus sem discurso, sem palavras... (Salmo 19.1,3).

Na verdade, o "ainda" sempre dependerá do Criador, não da criatura nem da criação, e muito menos da criação da criatura. Por isto esta imagem da Terra, parecida com aquilo que o astronauta Aldrin presenciou no solo lunar: "Um lugar tão desolado, tão completamente sem vida". O apóstolo Paulo já dizia no seu tempo: "Estão cheios de todo o tipo de perversidade, maldade, ganância, vícios, ciúmes, crimes de morte, brigas, mentiras e malícia. Caluniam e falam mal uns dos outros. Têm ódio de Deus e são atrevidos e vaidosos. Inventam maneiras de fazer o mal, desobedecem os pais, são imorais, não cumprem a palavra, não tem amor por ninguém e não têm pena dos outros"(Romanos 1.29-31).  

Mas o que fazer enquanto não se descobre outro planeta? Pior que a desgraça irá escondida na espaçonave mesmo se eu for o único astronauta – algo parecido com "Alien, o oitavo passageiro". Coisa que o salmista já sabia: "Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito? Se subir ao céu, tu lá estás" (Salmo 121.7,8). Mas ele encontrou o jeito: "Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno" (Salmo 121.24). E se é para acabar com a nave-mãe de todos os "ainda", tem a história daquele que disse: "Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu (...) para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna" (João 3.13,15).

"Se subir ao céu, tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, lá estás também (...) Ainda ali a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudas" (Salmo 139.8,10). Este é um ainda diferente...

Marcos Schmidt - Novo Hamburgo, RS