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quarta-feira, 22 de julho de 2009

A espera de um (bom) lar

A triste espera e o forte desejo por um lar são experiências dolorosas, podendo assemelhar-se as milhares de pessoas sem teto, que enfrentaram filas nas últimas semanas, para conseguir uma senha do programa minha casa, minha vida.

Diante desta problemática, semana passada (15/07) o Senado Federal aprovou a Nova Lei Nacional de Adoção. Mesmo sendo tão relevante, foi deixada em segundo plano inclusive pela mídia, já que as inúmeras trocas de acusações, alianças entre partidos e CPIs, foram manchetes.

Segundo o Conselho Nacional de Adoção (CNA), existem hoje no país, mais de 80 mil crianças em abrigos, mais de 22 mil pais cadastrados para darem um lar a uma delas, porém, menos de 4 mil aptas à adoção. O processo burocrático e falho foi considerado o maior vilão, por números tão expressivos.

A Nova Lei, visa agilizar os processos, mas não leva em conta um agravante desconhecido por muitos: O despreparo dos potenciais "pais". Em busca do filho perfeito, têm dificuldades em aceitar a história e os traumas de vida do adotado, ou então em poucos encontros, sentem-se aptos a adotar a criança com que simpatizaram.

Quando se projeta uma idéia ou expectativa, sem conhecer a realidade, provavelmente haverá decepção, devolução ou segundo abandono. FaIsas perspectivas destroem qualquer relação humana e, neste caso,  desenvolvem ainda mais traumas às crianças, que já vivem abaladas. Decepcionar-se e devolvê-las aponta para um despreparo e falta de objetivo, transformando-as em um produto que desagradou, venceu ou que não atendeu as expectativas.

A espera por um lar angustia e traz a sensação de vazio, abandono e desamor. A Bíblia aponta para toda a humanidade estar nesta situação: "gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos"(Romanos 8.23). Independente da condição em que crianças nasçam, com famílias estruturadas ou não, ainda assim são órfãs de Deus.

Adoções podem ser cercadas de histórias de fracassos e vitórias, agilidade ou demora, realizações e decepções, quando administradas pelas nossas humanas decisões. Deus sabe o quanto a espera por um lar dói e machuca. Por isso no tempo certo enviou Jesus, a fim de adotar a todos como seus herdeiros e família(Gálatas 4.4,5). Assim, o Batismo é o meio com que Ele se utiliza par selar suas promessas através do Salvador Jesus (1ª Pedro 3.21).  "Será que uma mãe pode esquecer o seu bebe? Será que pode deixar de AMAR o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês". (Isaías 49.15)

Não baseie sua adoção em falsas perspectivas, elas lhe levarão a decepção. O projeto de Deus continua em pé, ultrapassa nossos limites e vontades, é utopia aos que ainda estão na fila (loucura para alguns, escândalos para outros – 1ª Coríntios 1.23).

Pastor Márlon Hüther Antunes - Maceió-AL

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