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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Apocalipse (08) - Ap 6.1-17

Os seis primeiros selos

Ap 6.1-2 O primeiro selo
O destino da igreja começa a ser desvendado com a abertura dos selos. João é convidado a contemplar a caminhada da igreja em meio a este mundo.
O primeiro personagem é um cavalo branco com o seu cavaleiro. O cavalo, no oriente, está vinculado à guerra e a sua cor branca simboliza santidade e vitória.
Mas quem é o cavaleiro? Pelo símbolo branco do cavalo, poderíamos pensar em Deus, mas alguém sugeriu que o Anticristo imita a Deus, só que em vez de ter uma espada em suas mãos possui um arco. No AT, o arco é a arma de Goge (Satanás – Ez 38.9). O que causa este cavaleiro é uma guerra fria, pois ele se acha vencedor e tem poderes para vencer, assim como Cristo possui.
Em contraste aos outros três cavaleiros, alguém sugeriu que este primeiro cavaleiro seja o próprio Cristo, com sua vitória sobre todos os poderes de Satanás,

Ap 6.3-4 O segundo selo
O segundo cavalo tem a cor vermelha, como cor de fogo. O vermelho é símbolo de guerra e derramamento de sangue. Alguns até sugerem que é Satanás o cavaleiro.
O cavaleiro traz a guerra, de acordo com o que Jesus já havia predito em Mt 24.6. São guerras reais e não espirituais.
A espada é o símbolo das guerras sangrentas. Não é uma espada grande, mas uma pequena espada, usada pelos romanos, que Paulo em Efésios 6.17 associa à Palavra de Deus.

Ap 6.5-6 O terceiro selo
O cavalo preto e seu cavaleiro trazem a escassez de comida. A balança é símbolo da fome e escassez: fornecimentos racionados a preços exorbitantes.
A cesta básica apresentada seria comprada com todo o ganho; não haverá sobra de dinheiro para outra coisa, a não ser para comprar o mínimo para comer. O denário equivale à receita de um dia de trabalho e toda essa receita seria usada para se adquirir o alimento.
No v.6, o trigo custa 5 a 12 vezes mais do que o preço normal e a cevada, a comida dos pobres, é adquirida um pouco mais barata. Tanto o vinho como o azeite, comida dos ricos, terá que ser usada como remédio, limitando seu uso.
O cavaleiro anuncia os problemas que afetarão a humanidade com a fome e suas conseqüências.

Ap 6.7-8 – O quarto selo
Talvez a cor do cavalo, que é um tom pálido, seja próxima da cor de um cadáver, já que o que ele traz é a morte. A Morte é personificada bem como o mundo dos mortos (Inferno). É o único cavaleiro identificado, com o luxo de ter uma escolta.
O instrumento usado pela Morte é uma espada comprida; mas sua ação está limitada – apenas ¼ da terra, significando que ela não terá poder para sempre. Tanto a fome como os animais selvagens podem ser enquadrados nos flagelos que sempre de novo dizimam os seres humanos, como bem podemos perceber em nossos dias.

Ap 6.9-11 – O quinto selo
Os mártires estão sob o altar dos sacrifícios. Assim como no AT o sangue era derramado sobre o altar e aceito por Deus, assim também o sangue dos mártires é derramado e estão sob o poder e glória de Deus. Na realidade, João vê os cristãos perante Deus, de forma especial aqueles que foram martirizados. Mas João não os identifica – somente vê as almas deles. A alma é a parte invisível do ser humano e quando deixa esta vida está na presença de Deus.
Até quando haverão mártires? Até quando a grande Babilônia estará em ruínas, quer dizer, até quando Deus providenciará o julgamento final e aos que já estão nos céus serão acrescentados outros.
O clamor por vingança nos lembra o clamor por justiça.

Ap 6.12-17 – O sexto selo
João já vê a antecipação do fim de tudo no quinto selo. No sexto ele é claramente anunciado. João é conduzido diretamente para o último dia. São várias as passagens do AT e do NT que caracterizam o dia do fim dos tempos. Vejamos Jl 2.1-11; 3.14-15; Ag 2.6; Is 13.10; 34.4; Mt 24.29-31; Lc 21.25-27; 2 Pe 3.10-12; Ap 16.17-21.
A desolação é geral; até o sol e a lua sofrerão mudanças. A roupa de saco é usado em época de tristeza. Os figos verdes que surgem no inverno, tem menos resistência e caem com o vento. Não há lugar para se esconder daquele dia – o céu se recolhe e nem as ilhas e montes, que servem de refúgio (exílio) poderão ajudar.
Nem as pessoas de grande reputação, os militares ou qualquer outra pessoa. Aqui temos sete categorias de pessoas e como o número sete representa plenitude, aqui estão representados todos os seres humanos. A desgraça se abaterá sobre aqueles que não tiverem a marca do cordeiro.
Mas, quem poderá suportar este dia? Esta é a pergunta final do capítulo 6. Ela nos remete ao capítulo 7. Obviamente que o consolo está nas mãos do Cordeiro, que para uns é consolo e para outros a desgraça com sua ira.

(Rev. Clóvis Prunzel)

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