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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Apocalipse (10) - Ap 8.1-9.12

Ap 8.1-6 – Um prelúdio
Voltam as visões. Novamente em número de sete, introduzidas pela abertura do sétimo selo, agora serão sete anjos tocando trombetas que anunciam os conteúdos das novas visões.
Antes de conhecer o conteúdo, há completo silêncio que antecipa o anúncio de novas verdades. O silêncio é completo e perfeito, mas traz no ar um sensação de terror, de angústia e de medo pelo que virá.
Durante o silêncio, aparecem sete anjos, como mensageiros de Deus, com trombetas. Os anjos não são identificados, mas o que precisa se conhecer é o conteúdo que tem a transmitir.
As trombetas são instrumentos que aparecem nos grandes momentos da história de Deus e de seu povo. São elas que anunciam tanto a salvação como a condenação.
Aos sete junta-se mais um anjo com um incensário contento as orações dos cristãos. As orações sobem a Deus diretamente, não precisando de intermediários. E são estas petições que serão respondidas pelas trombetas.
Os trovões, vozes, relâmpagos e terremoto são sinais de que Deus irá falar. O silêncio deixa de existir e o conteúdo das trombetas será conhecido.

Ap 8.7-13 – As quatro primeiras trombetas
As trombetas trarão o juízo de Deus sobre a terra. São julgamentos sobrenaturais: uma chuva sobrenatural, uma grande montanha incendiada cai para dentro do mar, uma estrela ardendo cai sobre a terra, a terça parte do sol, da lua e das estrelas foi ferida. A quinta e a sexta trombeta preparam o mundo para o clímax, o fim de tudo.
A primeira trombeta traz granizo e fogo misturado com sangue. Precisamos observar o sobrenatural presente: gelo e fogo não se misturam, mas são usados por Deus para trazer juízo sobre o mundo pecador. Não podemos relacionar esta forma de juízo com situações meramente históricas. Não podemos precisar como Deus usa o fogo e o granizo para fazer o seu juízo.
A terça parte representa parte da criação de Deus sendo destruída através desta forma de juízo.
A segunda trombeta anuncia o juízo sobre tudo que existe no mar, inclusive suas embarcações, usadas pelos homens. Novamente temos uma forma sobrenatural da ação de Deus. Deus usa de seus meios para manifestar sua ira e condenação.
Quando o terceiro anjo tocou a terceira trombeta, o juízo de Deus aumentou ainda mais. Novamente precisamos Ter cuidado de não relacionar a queda desta estrela com a queda de um meteorito. Mas precisamos perceber que o juízo de Deus é feito por meios sobrenaturais.
Absinto é uma erva de gosto muito amargo e que tem propriedades tóxicas. A morte causada pela erva acontece quando misturada com água e é isto que acontece por interferência divina.
A Quarta trombeta tocada traz um juízo cósmico, além da terra. Novamente não podemos tentar vincular este conteúdo com algum fenômeno, mas precisamos pensar no seu significado de juízo e seus efeitos de destruição.
Este juízo sempre é limitado – ele atinge a 1/3 do mundo. Isto nos sugere que o castigo de Deus é limitado somente aos descrentes, pois a respeito daqueles que verdadeiramente crêem nada sabemos até agora.
A águia, símbolo do juízo de Deus, anuncia dor e pranto causado pelas outras trombetas que ainda serão tocadas. Ela apresenta uma tríplice desgraça, que será conhecida nas três trombetas finais. Os moradores da terra são aqueles que não crêem e sofrerão as desgraças do juízo de Deus.

Ap 9.1-12 – A quinta trombeta
Os julgamentos de Deus estão aumentando cada vez mais. À medida em que nos aproximamos da sétima trombeta, os julgamentos de Deus são mais e mais duros e pesados, causando sofrimentos sobrenaturais e espirituais.
A estrela caída na terra é um dos agentes que trazem os julgamentos de Deus e este agente abre as portas do inferno para que os flagelos do mundo sobrevenham sobre a terra.
O agente de Deus traz uma fumaça que encobre o sol e polui o ar. O obscurecimento da verdade é aparente no mundo que cria formas de vida contrárias a Deus e seus propósitos.
Mas ainda aparecem gafanhotos e tiveram poderes iguais aos dos escorpiões. Não podemos esquecer que não é um fenômeno natural, pois os gafanhotos não têm poderes iguais aos escorpiões; percebemos que Deus utiliza mais uma forma de castigar o mundo pecador.
Percebemos a limitação do castigo aos homens que não têm a marca do cordeiro, os não-cristãos. Os castigos do inferno estão reservados somente aos descrentes.
Os gafanhotos causam tormentos não de morte, mas por um espaço de tempo; os cinco meses correspondem ao um ½ período que se completará com o outro ai, na sexta trombeta.
Mesmo querendo fugir deste castigo com a morte, não conseguem, pois o castigo terá que ser passado e não acaba nem com a morte.
Nos vv. 7-10 João descreve os gafanhotos de tal forma que é impossível imaginá-los com nossa visão humana. São monstros que causam horror e destruição ao mundo perdido.
Esses gafanhotos têm um rei, o anjo do abismo, "aquele que faz perder", o destruidor. Este é o significado do hebraico Abadom e do grego Apoliom, as duas línguas que representam o AT e o NT. O inimigo é o mesmo.
Percebemos que o juízo de Deus com seu julgamento e castigo aparecem já sobre os que não crêem neste mundo. Como satanás e seus aliados estão soltos, eles têm certa autoridade para causar desgraça. Mas não podemos esquecer que quem está no controle da história ainda é Deus.
Talvez é bom lembrar da história de Jó, que superou suas tentações porque Deus deixou que Satanás o tentasse, limitando-o a não tirar a vida de Jó.
Assim também o próprio mal paga com o seu mal. Onde Satanás age, ali há destruição e completo abandono de Deus.

(Rev. Clóvis Prunzel)

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