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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Apocalipse (15) - Ap 15-16

Introdução
Os capítulos 15 e 16 nos apresentam uma situação muito parecida com a saída do povo de Israel do Egito e com as pragas que acompanharam a libertação de Israel e que trouxeram desgraça para o Egito.
Perceberemos, em primeiro plano, os salvos sendo retirados do meio da desgraça, que virá sobre os infiéis, em forma de taças, cheias da cólera de Deus.

Ap 15.1-8 - O prelúdio ao juízo de Deus
A visão que João tem agora mostra a separação entre os salvos e os condenados. Os salvos, para não serem atingidos pela cólera de Deus, estão sobre um mar de vidro, longe dos condenados, sobre os quais virão sete flagelos, trazidos por sete anjos.
O mar de vidro simboliza a providência divina, acompanhado de fogo, que representa o juízo separador de Deus, que não atinge os salvos.
O cântico de louvor é o de Moisés e o do Cordeiro. Assim como Moisés libertou o povo de Deus do AT das garras do pecado, do Egito, assim também nós fomos resgatados por Cristo.
O conteúdo do cântico exalta a obra de Deus em favor do homem, visto só Deus poder salvar a humanidade pecadora. O reconhecimento dos crentes é forma de testemunharem de sua vitória sobre o juízo de Deus.
Quem poderá subsistir perante Deus? Ninguém! Por isso, quem é contra Deus tem o juízo sobre si. Este juízo é trazido e anunciado pelos sete anjos, que trazem da parte de Deus a mensagem de condenação para os descrentes.
A glória de Deus, que para os crentes representa a perfeição plena e completa, para os descrentes será condenação e juízo.

Ap 16 1-21 – As setes taças do julgamento de Deus
As sete taças nos lembram os flagelos sobre os egípcios na saída de Israel.
Sobre eles, esclarece o professor Rottmann:
a) nenhum dos flagelos atinge os filhos de Deus, assim como os filhos de Israel não foram atingidos pelas pragas no Egito;
b) os flagelos entram em ação aqui na terra, antes do fim do mundo: o Juízo Final não está incluído neles;
c) se um dos flagelos é interpretado simbolicamente, todos têm de ser interpretados assim;
d) não é possível identificar um ou mais dos flagelos com acontecimentos ou eventos ocorridos na história.
A primeira cólera de Deus aparece em forma de úlceras malignas e perniciosas. Uma forma de interpretar este juízo está no mal se pagar com o mal. A corrupção é um mal que se acha em todo e qualquer lugar e ela só traz desgraças para quem a pratica.
A segunda e terceira taças atingem as águas. Ninguém jamais pode se esconder da ira de Deus pois ela persegue os corruptos por onde quer que estejam, inclusive no mar. O mar de sangue representa a desgraça e nojo causados pela corrupção. E isto atinge também as fontes de água, que são símbolos de pureza. Não há nada puro para os impuros – tudo é desgraça. São gerados e permanecem na corrupção. Toda esta desgraça é causada por um Deus que é justo e eterno.
A quarta taça traz desgraça sobre os que blasfemam o nome do Senhor. Assim como a água torna-se em sangue, imprópria para o uso humano, da mesma forma a imagem do sol transformando-se em inimigo daqueles que não crêem. O sol torna-se insuportável, como um fogo abrasador, queimando os homens.
A quinta taça é a escuridão que causa dor. Enquanto que para os cristãos Deus é luz, para os não cristãos é treva, trazendo desgraças e condenação. O juízo de Deus em forma de treva traz dor, mesmo assim os descrentes não se arrependem.
As desgraças estão chegando a um ápice, ao ponto cada vez mais insuportável. A sexta taça traz a preparação do lugar onde se justarão as forças contra Deus. O dragão, a besta e o profeta se preparam para lutar contra o Todo-Poderoso, que se dará no Armagedon. Armagedon significa literalmente Monte Megido, onde no AT ocorrem várias lutas entre o povo de Deus e seus inimigos, sendo sempre vitoriosos os filhos de Deus. Mas, não podemos tomar o local literalmente; o que se está dizendo é que se prepara uma batalha entre Satanás e seus aliados contra Deus.
A vitória desta batalha será de Deus. É isto que anuncia a sétima taça. Ninguém poderá escapar ao dia do juízo de Deus. Não haverão nem ilhas e montes para esconderem os homens do juízo de Deus. Todas as forças da natureza estarão à disposição do juízo eterno de Deus. A grande Babilônia, a sede dos poderes satânicos contra Deus, será destruída completamente, nada sobrando dela.

(Rev. Clóvis Prunzel)

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