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terça-feira, 7 de julho de 2009

Michael Jackson de carne e osso

Por trás do maior vendedor de discos de todos os tempos, considerado o "Rei do Pop", defensor de causas sociais, o compositor e dançarino Michael Jackson, nunca foi deus ou algo do gênero, considerado um "Ídolo".  Era um ser humano de carne e osso cheio de dúvidas, medos e sentimentos. Pode-se pensar que uma pessoa que tenha sucesso, fama e dinheiro, seja alguém capaz de viver plenamente feliz e  realizada.

Michael Jackson experimentou a glória e a tragédia numa vida cheia de enigmas e traumas mal resolvidos. Em meio ao carisma ou ódio de muitos, esteve no topo, em decadência e conheceu a morte. Foi vítima de acusações polêmicas de assédio sexual de menores, foi educado pelo pai linha dura, sofrendo muitas agressões físicas na infância, perdendo-a para se dedicar à carreira. Segundo ele próprio, pagou um alto preço para o sucesso que, fama e dinheiro não lhe trouxeram o que passou a vida tentando alcançar: Felicidade plena e aceitação de si próprio.  Inspirado em Peter Pan, que desejava sempre viver como criança, num mundo surreal, cheio de magia e fantasias, correu atrás do vento numa vida perturbada emocional e psicologicamente. Não conseguia se aceitar, não conseguia superar um trauma de infância na relação com o pai. A música "childhood", lançada em 2001 foi como um desabafo de suas frustrações, perguntando se alguém havia visto sua infância, que pudessem lhe entender e perdoar.

A grande quantidade de remédios e medicamentos usados para aliviar a tensão da ansiedade, da dor e do esgotamento nervoso, parecem apontar para um Michael Jackson  que foi o que foi, que tanto teve, não viver a essência da realização e plenitude humana: A felicidade. A busca pelo "estar feliz em qualquer situação" - que independe da conta bancária (Filipenses 4.11) fizeram de sua vida uma ilusão passageira e vazia. Por isso que o Rei confessou: "mas a felicidade que pões no meu coração é muito maior do que a daqueles que tem comida com fartura" (Rei Davi no Salmo 4.7). E Jesus perguntou: "O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?" (Marcos 8.36).

Iludimo-nos ao idealizar aquilo que achamos nos fazer feliz, porque está longe, difícil e é surreal. Acabamos percebendo, cedo ou tarde que não é este o caminho. A felicidade verdadeira está no aceitar-se e estar bem com o Pai, Deus pai, através do Filho, Deus Filho, que sempre está por perto para nos acolher: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu lhes darei descanso". Esta continua sendo a promessa para pessoas de carne e osso, como eu e você. Foi para Michael Jackson.

Pastor Márlon Hüther Antunes - Maceió - AL

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