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quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Vida de Jó - Teatro

VIDA DE JÓ

( A mãe de jó esta sentada no meio do palco,  o pai de jô se aproxima)

Pai - O sopro de Javé deu-lhe vida. Louvado seja o Deus de nossos pais que agora é o seu Deus! Que ele multiplique sua descendência sobre a terra, assim como as ervas do campo e como todas as criaturas que há nela. Jó, teme a Deus, evita o mal e Javé irá olhá-lo.

( Enquanto  os pais saem com a criança, levantam-na como se estivessem oferecendo-a para Deus. Do outro lado do palco, entram os  7 filhos  de Jó e também as suas três filhas. Estão alegres, dançam alegremente.  Entra Jó  e ora pelos seus filhos.) 

Jó - Deus, tenha misericórida de meus filhos, purifica-os, obrigado por tudo que tenho e por tudo que sou.

__________ - Você reparou em jó? Não se cansa de oferecer sacrifícios a Deus. Parece o homem mais santo da terra.

__________ - Também, com tudo o que ele possui, só tem que agradecer a Deus. E as filhas dele, são as mais belas que por aqui já se viu.

__________ -  É verdade. A mais velha é um manjar dos deuses, a do meio até parece um anjo.

__________ - E a mais nova, uma noite com aquele pedaço de mau caminho e eu nem quero que Deus me ajude.

__________ - O que você está querendo dizer?

__________ - Tô querendo dizer que é fácil para Jó agradecer a Deus pela vida que ele leva. Deixe que caia uma desgraça e verá se continua santo.

 (Realizar aqui a encenação de uma destruição, os filhos e filhas de Jó morrem. Apagam-se a s luzes, novamente as luzes ficam acesas. Entram personagens.)

 ____________ - Pobre Jó

____________ -  Pobre, não era ele um homem rico?

____________ -  Não é mais. Perdeu tudo de uma só vez. Uma grande desgraça abateu-se sobre a sua casa. Perdeu todos os seus bens.

____________ - Soube dos filhos dele? Estavam festejando e, de repente, caiu um raio e matou a todos.

____________ - E se não bastasse o infeliz até lepra tem. Como entender tanto sofrimento de uma só vez.

____________ - Só pode ser castigo. Vai ver que o homem não era tão santo assim. Vai ver que por detrás daquela aparência se escondia um grande safado.

____________ - Comenta-se que até sua mulher o abandonou. Também, é de se revoltar com tanta paciência e resignação. Imagine! Depois de tudo isso o homem ainda diz - "Nu saí do ventre da minha mãe e nú para lá voltarei. Deus deu, Deus tomou, Bendito seja o nome do Senhor.

____________ -  quem vai entender esse sujeito.

(Neste ato Jó entra e amaldiçoa o dia em que nasceu.)

Jó - Maldito o dia em que nasci e a noite em que me disse "Um menino foi concebido. Que esse dia transforme-se em trevas.

(Aqui ocorre algo parecido com um julgamento.)

Elifaz - Jó, meu amigo, tenha paciência, tire proveito desses sofirmentos para purificar-se. E arrependa-se dos seus pecados.

Jó - Porque foi dada a luz a quem a amargura aflige e oprime. Por que a noite do meu nascimento não fechou as portas do ventre para mim? E não escondeu de minha vista tanta miséria.

Elifaz - Por favor, jó não blasfeme. Mas arrpenda-se de seus pecados. Nenhum sofrimento é por acaso. O homem gera o seu próprio sofrimento. Afinal, Jó, quem semeia vento, colhe tempestade.

Jó - Você justifica  de uma maneira muito fácil o sofrimento. Está me dizendo que Deus me cobra uma dívida que eu não contraí?

Sofar - Até quando Jó você vai falar dessa maneira. Desde quando Deus castiga o homem justo Jó? Se estás nessa situação é porque algo cometeste.

Jó - Vocês dizem ser meus amigos. Mostram-me aonde eu errei. Como seria bom ouvir palavras justas. Mas o que provam as palavras de vocês. Olhem atentamente para mim, juro que não vou mentir para vocês. Eu sou inocnete. Voltem atrás as suas palavras, pois é a minha inocência que está em jogo. O Deus de vocês é um Deus terrível, pois as desgraças e as misérias que me atingem vem dele.

Amigo - O nosso Deus, Jó.  Por acaso o nosso Deus não é o seu Deus? Jó, você está fazendo pouco caso de nossas admoestações divinas.

Jó - De um Deus tirano eu não quero  consolo nenhum.

Amigo - Arrependa-se jó. Não fuja do seu destino. Arrependa-se e Javé terá compaixão.

Jó - Vocês são manipuladores de mentiras, são todos charlatães. Defendem a Deus com mentiras e injustiças. Por ventura pobreza é castigo?

Todos - É.

(Os amigos saem.)

______ Pobre Jó ,ele é um homem teimoso, não se convenceu de que está colhendo o que plantou.

______ Ele é um homem teimoso, não se convenceu e jura inocência.

______ Ninguém sofre de graça. Nào podemos faze nada por ele. Afinal , fizemos a nossa parte, levemos o nosso consolo.

(Jó fica desconsolado. Entram atores no palco.)

_____ Jó, você não está sozinho.

_____ Talvez haja outros Jós.

_____ Fui estuprada ao 11 anos de idade. é castigo de Deus?

_____ Perdi minha família num acidente de carro, é castigo de Deus?

_____ Meu filho entrou no mundo das drogas. é castigo de Deus?

_____ Meu pai foi despedido da indústria onde trabalhava, foi castigo de Deus?

_____ Meu pai é bêbado, minha mãe é uma prostituta, vivo nas ruas, durmo nas praças, e sobrevivo com o que outros me dão. Isso é castigo de Deus?

_____ Sim Jó, você não está sozinho, ha muitos que sofrem, alguns em menor grau, mas sabemos Jó o que estais passando.

Jó -  Quem vai me tirar dessa solidão. Quem vai  me libertar desse abismo. Quem vai preencher o meu nada?

Anjo - Era uma vez um homem, nasceu em Belém e lhe puseram o nome de Jesus. O homem que veio dar sentido a vida  do homem. Este homem nasceu  para cada um deles, para cada um de nós, para todos os que estão cansados e sobrecarregados, pois ele quer aliviar o vosso peso, e dar descanso a s nossas vidas.

Anjo - Não vos deixem enganar: Há muitos falsos profetas que vos provocam com mentiras, que prometem, mas não cumprem, que chamam bem o que é mal, e de mal o que é bem.

Jó - Reconheço que tudo podes e que nenhum dos teus desígnios fica frustrado. Falei de coisas que não entendia, de maravilhas que me ultrapassam  a  mente, por isso retrato-me  e faço penitência no  pó e na cinza.

(Você sabe quem é o autor deste material? Informe-nos, para que possamos dar os devidos créditos)

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