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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jo 20.19-31 (Mensagem)

  Prezados irmãos e irmãs em Cristo:

 O mundo em que vivemos atualmente pode ser chamado de um vazio espiritual. Existem tantos problemas (sociais, econômicos ou políticos), que até os cristãos do Brasil e de todo o mundo chegam a duvidar da presença de Deus em nosso mundo.
 A miséria, a pobreza, a violência, o analfabetismo, o desemprego, os baixos salários, a falta de educação, a exploração dos pobres pelos ricos, a moral, a família - estas e muitas outras coisas são amostras de problemas que poderiam ter soluções e que algumas pessoas até gostariam de resolver, mas, outras pessoas não querem resolver.
 Por isso, algumas pessoas até dizem: "Eu acho que Deus não está contente com nós, pois o mundo anda tão mal! Com certeza, Deus não está contente; satisfeito com nós!"
 Também existem pessoas que até colocam em dúvida a existência de Deus. Elas duvidam; não acreditam que existe um Deus que está nos olhando; que está nos vendo.
 Assim como muitos dividam da existência de Deus, Tomé, um dos doze discípulos de Jesus, também duvidou da ressurreição de seu Mestre. Mas, esta sua dúvida era uma dúvida sincera; uma dúvida que partiu do seu coração; partiu de dentro de si.
 E é por isso que neste dia nós queremos meditar no tema: Uma dúvida sincera.
 Como vimos da leitura do Evangelho, os discípulos, ainda no domingo da ressurreição, se sentiram deprimidos; desesperados; se sentiram abandonados por Deus.
 O Messias, aquele que iria implantar um novo reino; que iria ser o Rei de Israel, tinha sido crucificado e sepultado.
 E, então, quando os discípulos ouvem as mulheres falarem que Jesus ressuscitou, eles pensam que isto era uma estória; um causo; pensam que a ressurreição era ilusão das mulheres; que isto não era verdade.
 Os discípulos não acreditaram na ressurreição até que o próprio Jesus apareceu a eles, quando estavam trancados em uma casa, com medo dos judeus.
 Então, quando eles viram que Jesus estava vivo; quando eles viram que Jesus havia ressuscitado, aí dos discípulos creram nele. Eles não tinham mais dúvidas que Jesus havia realmente ressuscitado; eles não tinham dúvida de que Jesus estava vivo, pois eles viram o Senhor vivo!
 Mas, teve um discípulo, Tomé, que continuou duvidando da ressurreição, porque ele não estava com os outros discípulos quando Jesus apareceu; ele ainda não tinha visto o Salvador depois da sua morte.
 Tomé queria apenas uma prova; ele queria ver o Salvador, para depois crer. Ele queria uma prova tanto que ele chegou a dizer: Jo 20.25.
 Hoje em dia, muitas pessoas ainda duvidam das verdades; dos ensinamentos da Bíblia. Estas verdades são reveladas; são mostradas pelo próprio Deus. Elas não aparecem da mente ou da cabeça de algumas pessoas. Elas são obra do Espírito Santo, aquele que pode converter os duvidosos; aquele que pode converter aqueles que duvidam da Palavra de Deus, podendo torná-los crentes; com fé em Cristo.
 Na existência da morte, por exemplo, todos crêem; todos sabem que a morte existe, pois os enterros; os sepultamentos são muito comuns.
 Pessoas que nós gostávamos muito já não estão mais neste mundo; não estão junto de nós. Nós temos muitas provas reais de que a morte existe. Talvez até alguém já tenha visto alguma pessoa morrer. Isto prova que a morte existe; que ela é real!
 Mas, e a ressurreição, quem de nós já viu alguém ressuscitado?
 Por isso, nós não podemos condenar a Tomé quando ele não quis crer que Jesus tinha ressuscitado, pois ele nunca tinha visto isso acontecer! E mais, quando Jesus apareceu aos outros discípulos, Tomé não estava com eles, por isso ele disse: "Se eu não vir... de modo algum acreditarei".
 Todos os anos, no domingo após a Páscoa, nós ouvimos, de novo, a leitura deste mesmo texto; destas palavras de Tomé.
 Refletindo sobre o texto; sobre estas palavras, nós podemos dizer que Tomé foi o nosso representante naquele momento, pois todos nós passamos por momentos de dúvidas. Alguma vez todos nós já duvidamos de Deus. Talvez nós tenhamos duvidado que Deus não iria cuidar de nós; ou, talvez, que Deus não nos protegeria; ou, que Deus não ouve as nossas orações; ou, que Deus não quer nos abençoar.
 A grande verdade é que sempre; em todos os momentos de nossas vidas, nós temos duvidado de Deus.
 A dúvida é muito antiga. Se nos lembrarmos de Adão e Eva no jardim do Éden, vamos nos lembrar também que Satanás colocou a dúvida em seus corações e que, em conseqüência desta dúvida, eles caíram em pecado. Depois, todos sabemos, o pecado passou para todos os seres humanos.
 A dúvida não tem nada de nova. Grandes homens de Deus também tiveram dúvidas; também duvidaram de Deus. Abraão, o pai de Israel; um modelo de fé, duvidou da proteção de Deus quando foi para o Egito com sua esposa Sara.
 A dúvida também é muito comum entre os cristãos.
 Mas, a dúvida é uma coisa muito perigosa. Por causa da dúvida, muitos procuram centros espíritas querendo falar com os mortos e saber o futuro. Outros procuram pessoas para ler as suas mãos. Outros procuram cartomantes, adivinhos, benzedores; lêem horóscopo e outras coisas desse tipo.
 Na oração do Pai Nosso, na sexta petição, nós pedimos a Deus: "Não nos deixes cair em tentação". No Catecismo Menor, na explicação ao Pai Nosso, Martinho Lutero diz que nós "rogamos que Deus nos livre da dúvida, de crenças falsas, desespero ou qualquer outra grande infâmia ou vício".
 Ainda que algumas pessoas dizem que é sempre bom duvidar um pouco dos outros, como cristãos, nós sabemos que a maior bem-aventurança; a maior felicidade é a confiança viva; confiança sem dúvida alguma em Cristo.
 É isto que Jesus quer nos ensinar com as palavras: "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20.29).
 No AT, um símbolo da viva confiança em Deus foi Jó. Ele era um homem muito rico; tinha uma grande família; amizades; posses. Mas, ele perdeu tudo o que tinha. Ele bem poderia ter duvidado de Deus. As pessoas; os amigos que ele tinha por perto até aconselharam Jó a maldizer; a duvidar de Deus. Mas Jó, com muita fé, disse: "Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros" (Jó 19.25-27).
 Tomé, depois de duvidar da ressurreição de Jesus, viu o seu Salvador ressuscitado; vivo, junto com todos os outros discípulos.
 A sua dúvida, depois disso, se converteu em fé. Ele agora acreditava na ressurreição de Jesus.
 Nós, infelizmente, não vimos o Salvador depois da sua ressurreição. Mas, nós temos a sua Palavra que diz: "Bem-aventurados os que não viram, e creram".
Cristo nos mostra que o nosso caminho para não duvidar é ter fé em sua Palavra; é crer no que diz a Bíblia.
 Para conhecermos a verdade, temos que buscá-la na palavra de Deus. A Bíblia é o livro que nos leva a uma fé cada vez mais confiante; firme e a uma esperança cada vez mais segura em Cristo.
 A Palavra de Deus também nos manterá firmes na fé até o nosso fim, e, nesta palavra, o Senhor nos concederá uma morte bem-aventurada, quando, aí sim, veremos o nosso Salvador vivo, assim como Tomé e todos os outros discípulos o viram.
 Que Deus nos conceda, por sua graça, alcançarmos esta bem-aventurança. Amém.
(Você conhece o autor desta mensagem? Informe-nos, por favor.)

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