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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

2 Co 13.14 - Glória à Trindade (mensagem)

Alguns pais de estudantes de uma certa escola primária, levaram seus filhos a um acampamento de final de semana. A refeição do sábado à noite, o passeio noturno com o caminho iluminado por tochas, adquiriu um ar totalmente diferente de tudo o que estavam acostumados. Era uma noite sem luar, mas a luz das tochas carregadas pelos meninos ajudou-lhes a desviar os perigos e, assim, o passeio não teve maiores dificuldades. Eles até procuraram ver alguns animais debaixo dos arbustos, mas não viram nenhum. A luz das tochas e os barulhos diferentes já tinham espantado todos os animais. Eles chegaram a lugar aberto e tentaram encontrar grilos e insetos, mas não viram nada.
Então alguém deu a idéia de apagarem todas as tochas e fecharem os olhos durante alguns momentos. Todos fizeram isso e, quando abriram os olhos, descobriram que estavam em meio à total escuridão. Não havia uma única luz de cidades, estradas ou de casas nas imediações. Houve alguns minutos de silêncio enquanto todos olhavam ao redor e ficavam extasiados com algo que nunca tinham visto antes. Sobre eles estava um belíssimo céu estrelado. A Via Láctea. Eles viram tantas estrelas que parecia uma nuvem branca muito fina cobrindo todo o céu. Isso era realmente espetacular e todos, adultos e crianças, concordaram que era uma visão magnífica.
Um dos professores que acompanhava o grupo deu uma pequena aula de astronomia aos participantes do acampamento. Ele ensinou coisas como:
  • Se você contar todas as estrelas da Via Láctea, uma a cada segundo, você levaria três mil anos para contar todas elas – e eu acho que podemos confiar no ensino deste professor.
  • Se você pudesse viajar à velocidade da luz (e isso é muito rápido mesmo), levaria trinta e três mil anos para chegar ao centro da Via Láctea.
  • A luz de algumas das estrelas que eles puderam ver naquela noite, foi emitida da estrela no mesmo dia em que Abraão recebeu de Deus a promessa de que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas do céu.
O Deus que fez todas estas estrelas e muito mais, nos deu vida, nos deu este mundo com toda a sua beleza, nos deu tudo o que precisamos para viver vidas felizes e confiantes. Deus, o Criador é, realmente, o nosso Pai Celestial.
Ele nos deu corpos surpreendentes. Eu quero descrever algumas coisas que sempre me surpreendem a respeito de nossos corpos. Vamos pegar o  nosso coração, por exemplo. Ele é uma bomba que, em uma pessoa comum, bate 72 vezes por minuto, cem mil vezes por dia, 35 milhões de vezes por ano, e quando completarmos 70 anos, já terá batido 2,5 bilhões de vezes.
Demora 18 segundos para que o sangue saia de nosso coração e chegue à ponta do nosso pé, e 8 segundos para alcançar o nosso cérebro. Isso não é maravilhoso? E é apenas uma parte de nosso corpo. Pense em seus olhos e os 130 milhões de receptores de luz que os compõe; pense em seus ouvidos, seu cérebro; ou em algo mais simples, como andar, simplesmente por uma perna diante da outra, ou equilibrar-se em apenas uma perna sem cair. Quando paramos para pensar sobre maravilhosa complexidade de nossos corpos, não temos como não ficar admirados.
Por que Deus nos deu um corpo surpreendente, muito mais complexo do que o melhor e mais recente computador? Por que Deus nos deu generosamente este mundo com todas as suas belezas e suas maravilhas? A resposta é simples: Deus nos ama. Ele é o Pai perfeito e, como qualquer pai, quer apenas o melhor para seus filhos.
Neste final de semana nos recordamos a Santíssima Trindade. Uma ocasião em que focamos Deus como Pai, Filho e Espírito Santo. Não uma ocasião para tentarmos desvendar os mistérios da trindade ou entender como é possível que Pai, Filho e Espírito Santo sejam três pessoas mas um único Deus. Nós nunca entenderemos estes detalhes sobre Deus. Hoje, e diariamente, nosso objetivo é apenas nos colocarmos temerosos e maravilhados diante de Deus como nosso amoroso Pai Celestial que nos criou, nos abençoa, nos dá tudo o que precisamos e nos protege de todos os perigos.
Vamos, em conjunto, declarar o que nós cremos sobre o Deus que nos criou e nos protege em amor, conforme as palavras que encontramos no Catecismo Menor (projetar explicação do primeiro Artigo)
Eu creio que Deus me criou a mim e a todas as criaturas./ Ele me deu corpo e alma,/ olhos, ouvidos e todos os membros,/ razão e todos os sentidos,/ e ainda os conserva./ Além disso me dá vestes,/ calçados,/ comida e bebida,/ casa e lar,/ esposa e filhos,/ campos, gado e todos os bens./ Ele me dá tudo o que preciso para o corpo e a vida./ Ele me protege de todo o mal./ E Ele faz tudo isso por causa do seu amor/ embora eu não mereça nada disso./ Então, eu devo dar graças e louvor a Ele,/ e também devo servir e obedecer a Ele./ Isto é certamente verdade.
Mas, você sabe de uma coisa? Para tudo de belo que nós vemos no mundo, lá também vemos o feio. Eu mencionei antes os pais e filhos que foram acampar. A beleza dos arbustos, a magnífica noite estrelada, o amor entre pais e filhos sentados ao redor de uma fogueira e contando histórias reveladoras, cantando músicas e maravilhados porque têm um Deus que lhes dá tudo isso. Mas, apesar de toda esta beleza, o final de semana destes campistas terminou com vários deles internados com uma infecção intestinal causada por água contaminada. A alegria e a experiência maravilhosa do acampamento, a bela aula sobre o trabalho do Deus criador do universo, ficaram sem sentido diante dos quadros de vômitos e diarréias.
Apesar de toda a bondade de Deus por nós, não podemos presumir que nossa vida seja 100% tranqüila. O nosso mundo é infestado pelo pecado. Nós temos momentos de alegria e prazer, mas também temos nossa parte de nojo, dano e discordância com os outros.
Nós somos feridos pela negligência das pessoas, infestados pela cobiça, ciúme, intolerância e, muitas vezes, falamos coisas terríveis sobre os outros. A idéia de Deus é que nós estejamos sempre contentes, amando e sendo amados, sendo úteis, atenciosos e generosos uns com os outros. Mas o que acontece, é que o pecado entra em nosso caminho. E é este pecado que nos separa de Deus, nos impede de entrar na vida eterna com Deus, que nos causa tanta dor e sofrimento.
Deus viu esta nossa terrível situação e, em seu amor, nos enviou seu Filho Jesus Cristo para nos libertar da escravidão do pecado que, sempre de novo, nos leva a pecar e pecar. O amor de nosso Pai Celestial, fez com que seu Filho nascesse como um bebê num estábulo em Belém. Ele trilhou as estradas da Palestina e morreu em desgraça, executado como o pior dos criminosos.
Podem ter certeza de que esta não é a maneira como eu mostraria meu amor por alguém, mas é a maneira que Deus escolheu para mostrar o seu amor por nós. Na cruz Ele pagou o último sacrifício por aqueles a quem ama. Ele morreu por você e por mim, para que eu e você fôssemos libertados de nossa pecaminosidade, e para que eu e você pudéssemos ser perdoados e termos acesso á vida eterna. Ele morreu para curar nossas vidas e nosso mundo pelo perdão e paz que só Ele pode nos dar. Sem Jesus, nós estaríamos perdidos para sempre, sentenciados a viver debaixo da maldição e do castigo eterno. O apóstolo Paulo resume a obra salvífica de Cristo com estas palavras: Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado... agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus (Rm 5.8 e 8.1)
Vamos outra vez ver e dizer o texto do Catecismo menor. Perceba que Jesus fez tudo por nós e também o que ele espera de nós: Ele fez tudo isso para que eu seja sua propriedade e viva em obediência a ele em seu reino, e para que eu o sirva em justiça, inocência e felicidade eterna. Vamos dizer em conjunto o que cremos sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus:
Eu creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus,/ gerado do Pai desde a eternidade,/ e também verdadeiro homem,/ nascido da Virgem Maria,/ é meu Senhor./ Pois, a grande custo,/ salvou e redimiu a mim, uma pessoa perdida e condenada./ Ele me livrou do pecado,/ da morte/ e do poder do diabo,/ não com ouro ou prata,/ mas com seu santo e precioso sangue,/ e com seu terrível e inocente sofrimento e morte./ Ele fez tudo isso para que eu seja sua propriedade/ e viva em obediência a ele em seu reino,/ e para que eu o sirva em justiça,/ inocência/ e felicidade eterna./ Isto é certamente verdade.
A história do acampamento de fim de semana, das atividades desenvolvidas pelos pais e filhos, a observação das estrelas, a busca pelos animais e tudo mais, durante muito tempo foram assunto para conversas. Mas junto com as boas recordações, também estavam as lembranças tristes do final do acampamento, as corridas para os banheiros e a busca de socorro médico. Quando aquele acampamento é lembrado nas conversas, fala-se tanto sobre as coisas boas quanto as ruins que aconteceram.
O Espírito Santo é portador tanto de notícias ruins quanto de notícias boas. As notícias ruins são nosso pecado e com que freqüência nós danificamos nosso relacionamento com Deus e com o nosso próximo. As notícias boas nos contam que Jesus deu a sua vida para que nós não vivamos mais debaixo da escravidão do pecado e abriu as portas para a vida eterna.
É o Espírito Santo que nos traz para a família de Deus, a Igreja. Pela Palavra e pelos sacramentos (Batismo e Santa Ceia) nos apresenta a salvação e a vida eterna e nos traz para a comunhão com todos os que foram unidos a Cristo em seu batismo. Mas o Espírito Santo não faz apenas isso...
  • Ele sempre está nos chamando para um viver mais íntimo com Deus.
  • Quando as coisas não vão bem, ele está ao nosso lado, nos confortando e nos lembrando do amor do Pai e da graça salvadora do Filho.
  • Quando nós não lutamos contra o pecado e as tentações, Ele nos mostra nossas falhas e nos chama ao arrependimento, apontando para o perdão que Jesus nos dá.
  • Ele nos chama a responder ao amor de Jesus com o nosso amor e obediência a ele.
  • Ele nos leva a viver vidas que são realmente merecedoras de serem chamadas vidas de filhos de Deus.
Vamos confessar a nossa fé na pessoa e no trabalho do Espírito Santo em nossas vidas, na igreja e no mundo, também com as palavras do Catecismo Menor.
Eu creio que,/ pela minha própria compreensão ou esforço,/ não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor,/ e nem vir a ele./ Mas o Espírito Santo me chamou pelo Evangelho,/ me iluminou com seus dons/ e me santificou e conservou na fé verdadeira./ Da mesma forma,/ Ele chama,/ ajunta,/ ilumina e santifica toda a igreja cristã na terra,/ e a mantém unida pela fé em Jesus Cristo./ Nesta igreja cristã,/ dia após dia ele perdoa todos os meus pecados,/ bem como os pecados de todos os crentes./ E no último dia,/ ele irá ressuscitar a mim e a todos os crentes,/ e dará a vida eterna a mim e a todos os crentes em Cristo./ Isto é certamente verdade.
Nós podemos ficar muito tempo falando sobre nosso Deus. Mas hoje, neste dia da Santíssima Trindade, tudo o que nós precisamos fazer é ficar um pouco quietos. Olhar para trás. Ver as estrelas e ficarmos maravilhados. O Criador de todos ama todo mundo que criou. Ama você. Ama a mim. Ama os bebês, as crianças, os jovens, os adultos e os velhos, indistintamente.
Ele é o nosso Deus. Ele nos fez. Ele nos salvou. Ele nos chama para sua família. E Deus faz tudo isso só que Ele é o nosso Pai amável e amoroso. Nós, com certeza, não merecemos, sequer, a milésima parte de tudo isso. Mas, ainda assim, ele faz tudo isso por nós. E tudo o que nós podemos fazer é agradecer, louvar, servir e obedecer a este Deus que nos ama tanto.
Então, vamos orar em conjunto:
Senhor Deus,/ embora você tenha se revelado a nós/ como Pai, Filho e Espírito Santo,/ ainda assim você continua sendo um mistério para todos nós./ Você se esconde em sua Palavra revelada nas Escrituras Sagradas./ Você esconde seu Filho no pão e no vinho./ Você se apresenta a nós no mistério da Trindade./ E faz tudo isso como nosso amigo,/ para satisfazer as nossas necessidades mais profundas./ Por isso nós podemos orar a ti,/ por amor a Jesus Cristo,/ nosso Senhor e irmão./ Amém.
(Você sabe quem é o autor desta mensagem? Informe-nos, por favor.)

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