Notas de Introdução
Jesus anuncia sua partida em condições que os discípulos demoram a entender. Ele será glorificado. Isso significa que Ele será revelado como Salvador e Filho de Deus através de seu sofrimento e morte (v. 31) e também pela sua ressurreição e ascensão (v. 32). Em tudo isso o Pai é ativo. Os discípulos não poderiam trilhar o mesmo caminho de sofrimento de Jesus, e nem poderiam segui-lo imediatamente ao céu (v. 33). Ainda assim, eles não apenas compartilhariam a glória dele, mas também eles o glorificariam pelo seu amor de uns para com os outros enquanto estivessem neste mundo. A ordem de amar que Jesus lhes dá é nova, no sentido de que há um novo padrão e motivo para o amor: assim como eu os amei (v. 34). Seu amor foi apresentado em sua morte pelos outros, um amor que se auto-sacrificou. Este amor demonstrado pelos seus seguidores seria um testemunho ao mundo do verdadeiro discipulado (v. 35).
O pensamento central do texto é que Jesus é glorificado ou honrado quando se submete à morte, quando Deus o exalta e pelo amor dos cristãos uns pelos outros. A meta do sermão é que os ouvintes permitam que a glória de Jesus seja refletida em sua vida de fé. O problema é que os cristãos, muitas vezes, permitem que outro tipo de glória obscureça a glória que é deles em Cristo.
Os caminhos da glória levam ao sepulcro. A glorificação pela pessoas é efêmera. Ninguém vai desfrutá-la ao morrer. Jesus trilhou caminhos de glória diferentes dos do mundo. Os caminhos dele leva à glória numa nova dimensão.
Esboço do Sermão
Caminhos de Glória para Jesus
I. Ele trilhou um caminho de humilhação.
a. Ele estava a ponto de sofrer e morrer.
i. Judas havia deixado a sala para levar a cabo a traição (v. 31).
ii. Jesus, aparentemente, estava impotente para o pior que o pecado, Satanás e a morte lhe fariam.
b. Ele foi glorificado pelo seu sofrimento e morte.
i. Esta á a mais clara manifestação do amor incondicional de Deus (Rm 3.21-22).
ii. Esta é a mais clara demonstração de seu sacrifício vicário pelo pecado (2 Co 5.21)
iii. Esta é a completa redenção da humanidade (Cl 1.14)
iv. Ninguém poderia acompanhá-lo no seu caminho de humilhação (Jo 13.33). Ele fez isso por nós. Realmente, este era um caminho de glória.
II. Ele trilhou um caminho de exaltação (v. 32)
a. Ele desceu ao inferno (1 Pe 3.19-20).
i. Foi proclamar sua vitória sobre Satanás.
ii. Anunciou aos condenados que seu julgamento é irrevogável por causa da incredulidade deles.
b. Ele ressuscitou (Mt 28.6, 1 Co 6.14).
i. Ele venceu a morte por nós (Jo 11.25-26)
ii. A sua ressurreição nos dá um novo poder (Fp 3.10)
c. Ele subiu ao céu (Ef 1.20-22)
i. Reina como cabeça da Igreja.
ii. Ele é o juiz de todos.
Nós compartilhamos a glória de Cristo, pois fomos libertados da morte eterna e nos foi garantida uma nova vida aqui e daqui para o futuro (Ef 2.6). Realmente era um caminho de glória.
III. Jesus seguiu um caminho de amor.
a. Nós, cristãos, somos convidados a amar uns aos outros assim como eu os amei (Jo 13.34).
i. Este é um novo mandamento por causa do princípio de auto-sacrifício (abnegação – ágape)
ii. Este é um novo mandamento por causa da motivação. O amor de Cristo nos permite amar.
b. Quando nós vivemos em amor, a glória de Cristo brilha através de nós.
i. Este amor é a mais evidente demonstração, diante do mundo, de que nós somos discípulos de Cristo (v. 35).
ii. É um poder maravilhoso para cura e serviço.
Porque os caminhos da glória de Cristo cruzaram com os nossos caminhos, nós não precisamos nos glorificar a nós mesmos. É glória suficiente compartilhar a glória de Cristo e refleti-la diante do mundo.
AHO, Gerhard, in Lectionary Preaching Resources – Series C, St. Louis, CPH, 1987, p. 140-142
Éder Carlos Wehrholdt, Campo Largo, PR, maio de 2004, traduziu e adaptou.
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