BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Rm 12.1-2 - Peço que vocês se ofereçam

         O corpo humano tem sido um instrumento muito dilacerado nos últimos tempos. O que se faz com o corpo humano nestes tempos modernos é coisa fora de série. A medicina avançou tanto ao ponto de se poder fazer enxertos de peles de um lugar para o outro. É possível receber órgãos de outras pessoas.

No esporte o homem e seu corpo conseguem recordes a cada dia, a cada nova competição. Na violência o corpo é um simples instrumento de brinquedo, onde se tiram vidas sem remorsos. A propaganda, no Brasil, não subsiste sem exibir o corpo de um homem ou de uma mulher, vestido sensualmente ou desvestidos, sem falar da pornografia para a qual o corpo é oferecido.

O apóstolo Paulo no texto acima referido também fala do corpo. Do nosso corpo físico. Na outra bíblia, ele usa a expressão: “apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo”. Paulo não instiga abusos, não incentiva os excessos, mas quer mostrar a necessidade e o proveito de usar o corpo para a glória de Deus.

Paulo quer nos mostrar a necessidade e espontaneidade em servir a Deus com e no corpo. O mesmo Paulo vem dizer aos corintios: “Será que vocês não sabem que o vosso corpo é o templo do E. Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus. Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus”.

Peço que vocês ofereçam. A linguagem é tirada do AT, onde as pessoas ofereciam animais para sua oferta. Todo o culto girava em torno do oferecer animais e alimentos no templo como serviço de culto e adoração a Deus.

Agora, todo este processo mudou. Cristo se ofereceu em seu corpo, em carne e sangue para o mundo pecador, e com ele remiu e salvou os homens. Ao assistir o filme “A paixão de Cristo”, percebemos o quanto Jesus sofreu no corpo, na carne, nas mãos do povo, dos soldados e das autoridades de então.

O povo de Deus hoje oferece a si mesmo, no corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Toda conseqüência do pecado teve seus reflexos no físico do ser humano. Suor, dores, trabalho, e morte. Não há como fugir desta realidade.

Embora temos recursos de estética e beleza para o corpo, ainda não podemos evitar que este corpo a moda “Gisele Bundchen” morra ou não sofra dores.

         O que se pode é deixar que a alma seja salva. O que se deve é evitar, mediante a redenção em Cristo, a morte ou condenação da alma. E isto acontece e é possível mediante o cuidado de não permitir que o corpo se contamine com o mundo, com o profano, com os modismos. Afinal o que importa para Deus é a alma, como diz Jesus: “Esta noite te pedirão a tua alma”. Ou na palavra de Paulo: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo”.

         É neste sentido que Paulo mexe conosco e questiona sobre nossa apresentação do corpo para o culto. “Peço que vocês se ofereçam”. Interessante seria podermos pela internet fazer nossos acertos com Deus. Tudo se faz pela rede de computadores. Aqui, neste caso, não há como fazê-lo. Há um chamado muito expresso de colocar ao lado, de separar o corpo, os dons para o serviço para Deus e na igreja.

O evangelho de hoje fala de levar a cruz. É um sacrifício corporal também. É uma missão. Pesada para Jesus. Muito. Disse Ele no jardim: “Pai, sê possível passa de mim este cálice”. Ou quem sabe ecoa em nós o pedido de Jeremias no texto de hoje: “Por que continuo a sofrer? Por que as minhas feridas doem sem parar? Por que elas não saram? Será que não posso confiar em ti? Será que és como um riacho que seca no verão”.

         E Deus responde a ele: “Se você disser coisas que se aproveitem e não palavras inúteis você será de novo meu profeta. Eu estarei com você para protege-lo e salva-lo”. Aqui está o evangelho. Aqui está a palavra de poder. Aqui está o motivo, a razão de apresentar, de oferecer, de ofertar a Deus o nosso corpo, a nossa vida, o nosso viver.

         Lemos no Salmo 100: “Entrem pelos portões do templo com ações de graças, entrem nos seus pátios com louvor”. Uma igreja viva se caracteriza por ações, por gestos, por abraços, por orações, com o uso do corpo, mostrando que dentro dele há uma alma redimida pelo sangue de Jesus.

         Qual não é a riqueza de dons no corpo de Cristo. Somos todos tão diferentes, tão aparelhados de capacidades, de mãos, pés, etc. São os luxos da igreja. Nada de esconder nos lenços, de negação. Jesus serviu com o que tinha, em seu corpo. Ele se apresentou, ele viveu, ele sofreu, ele morreu. Mas Ele vive para sempre.

         Ele quer uma igreja viva, que sacrifica tempo, dons e dinheiro. Uma igreja que não se esconde. E nós fazemos parte dela. Desta igreja. Que bênção ser igreja de Cristo e poder levar ao mundo a salvação. Há uma canção da juventude que diz: “Eu quero apresentar meu corpo, em sacrifício vivo ao meu Senhor”. Amém.

Rev. Ilmo Riewe
Gramado - RS

Nenhum comentário: