A notícia da morte do menino Gabriel, de apenas 7 meses, preocupou muita gente. O menino foi deixado em uma creche de São Paulo e, quando o pai foi pegá-lo, estava morto.
Sei lá se a creche é realmente culpada nessa história, afinal, pode ter sido uma fatalidade! Mas, a notícia assusta a todos, principalmente os pais que precisam deixar seus filhos ao cuidado dos outros.
Chamou minha atenção a frase do pai do menino acusando a creche. Ele disse: “Paguei para olharem e eles não olharam!”
“Olhar” é cuidar, é dar atenção. Atualmente, existe muito o que olhar e o que escutar. As inúmeras mídias e tecnologias tiram a nossa atenção e as crianças acabam não encontrando quem “olhe” para elas, acabam não aprendendo a “olhar” e escutar os outros.
Estamos vivenciando mais uma vez a campanha “Criança Esperança” que visa angariar fundos para aplicar em programas de atendimentos a crianças e jovens. Mas, não há recurso no mundo que consiga resolver a questão da falta de um olhar carinhoso.
O descaso dos pais com suas crianças está criando uma crise sociológica sem precedentes. Para realizarem seus sonhos pessoais e muitas vezes egoístas, os genitores acabam deixando seus filhos a ver navios, ou melhor, a ver tevê, a brincar no computador, etc. Alguns, com posses, até pagam cursinhos ensinando milhares de coisinhas, mas não educam! Afinal, ensinar e educar são coisas distintas. Nenhum conhecimento substitui o afeto, o carinho e o contato. Não adianta ter uma máquina contando histórias em dvd! Jamais o afeto e a emoção será a mesma do que ter uma pessoa querida e confiável contando belas e calorosas histórias. Não há tecnologia que consiga realizar esta ação.
As crianças precisam de alguém que as “olhe”, que as cuide, que as eduquem, que ensinem a ser autônomas e não fantoches das propagandas. No fundo no fundo elas estão “esperando”. “Esperando” alguém forte, que as proteja, que as ensine a maneira certa de viver, alguém que as discipline. Elas ficam “esperando”, esperando..., afinal dizem que a “esperança” é a última que morre! Creio firmemente que a esperança para dias melhores não está nas crianças, mas sim nos adultos que cuidam e educam estas crianças. Mas, sobretudo, precisamos lembrar que a verdadeira esperança está em Deus! Ele “olha’ por nós! Ele “olha’ e cuida gratuitamente! A Palavra de Deus diz: Os olhos do Senhor estão sobre os justos, os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor. (Sl 34.15)”
Que as nossas crianças e os adultos tenham “esperança” em Deus, pois os que “esperam” no Senhor, serão renovados! (Is 40.31).
Pastor Ismar Lambrecht Pinz
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