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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Paternidade Responsável

Nesta época em que lembramos e celebramos o dia dos pais é interessante refletir sobre o significado disso para todos nós, salientando a temática sobre uma paternidade responsável. Já diz o ditado: Não basta ser pai, é preciso participar. Já o temos ouvido muitas vezes. É oportuno, então, refletirmos neste momento sobre este assunto.

Um primeiro aspecto que gostaria de expor diz respeito às dificuldades decorrentes em nível educacional que os pais optaram, ou seja, em cada linha de ação, temos ganhos e perdas. Mesmo assim, eu coloco alguns focos para reflexão:

a)      Não compreender os filhos como sua prole, extensão do casal – o nível de relacionamento pai e filho é, muitas vezes, tão truncado que os pais têm um sentimento que este seu filho não parece ser “seu filhos”. Entretanto, é preciso lembrar que os filhos reproduzem os seus pais – uma cópia fiel (com poucas exceções à regra). É preciso, por isso, antes de expor o filho, verificar até que ponto os pais são responsáveis por estas atitudes.

b)      A insegurança no aspecto educacional contribui em muito para uma má formação dos filhos, seja por rigidez ou flacidez. Um pai muito severo reproduz severidade nos filhos (ou o totalmente oposto). Deixar os filhos por conta própria também não contribui na construção sólida dos valores de cidadania, ética e espiritualidade. O equilíbrio sempre é o melhor caminho.

c)       Finalizando este tópico sobre as dificuldades é preciso dizer também que os pais não precisam nutrir um sentimento de culpa por causa das atitudes reais dos seus filhos. A pergunta “onde erramos” não vai mudar nada. O sentimento de culpa só traz desgosto para os pais. E, se eventualmente os processos educacionais não foram bem conduzidos, não adianta lamentar o “leite derramado”. É erguer a cabeça e seguir em frente. Os filhos, os temos conosco até se casarem (ou quando saem de casa) e não podem mais depender da gente. Eles têm a sua vida pela frente.

Por isso, nada melhor do que termos a idéia de um contínuo recomeço nas nossas condutas. Os equívocos cometidos, quando reconhecidos, podem abrir possibilidades, especialmente quando os filhos ainda são menores. Nunca é tarde para reiniciar um processo educativo coerente visando a boa formação dos nossos filhos. Há uma frase típica que muitas vezes nos choca, mas diz muito: “seja pai de seu filho antes que um traficante (bandido, mau elemento) o adote”. Por pior que seja a situação do seu filho ou filha, retome as rédeas, com sua responsabilidade de pai, para reconduzir o seu filho. Não o deixe solto. Ele precisa de uma boa referência.

Somente desta forma pais e filhos poderão sonhar e construir juntos o futuro, com um bom planejamento e com certeza, os resultados vão aparecer. Pais e filhos não são opositores, mas caminham juntos, pensam juntos nas possíveis conquistas que terão. Se pais e filhos se sentam juntos, trocam idéias sobre família, trabalho, namoro, vida profissional, vida espiritual, etc., com certeza é possível que tenham mais sucesso. E se, eventualmente, não der resultado satisfatório, também estarão juntos para avaliar e redirecionar no que for preciso.

Entretanto, nada do que foi dito até aqui terá sentido se não for orientado pelos parâmetros bíblicos, ou seja, a Palavra de Deus tem orientações seguras para todos. A princípio poderíamos dizer que as relações de Deus, o Pai, para com os seus filhos (nós) é inspirativa. E como se dá isso? Acreditamos num Deus justo, amoroso, compreensivo, perdoador, que faz de tudo pelos seus filhos. Os pais podem reproduzir este modelo: serem coerentes, justos, amorosos, e compreensivos. Afinal, para onde ou como estamos caminhando? O que queremos amanhã? Qual a nossa perspectiva futura? Lembrando sempre que o futuro é um resultado do presente.

Fluir, pois, o cristianismo em atitudes e palavras é um reflexo de uma vida com Deus. Pais e filhos são preocupados com isso. Ninguém vive para si mesmo. Não é correto cada um puxar de um lado. Ouvi um filho, numa certa vez e ele disse: “Era impossível não obedecer ao meu pai. Suas palavras não eram de ordem, mas como ele fluía o cristianismo, nós, simplesmente, seguíamos os seus exemplos. É bonito ouvir um depoimento como esse.

Hoje é dia dos pais. Sejamos responsáveis e, o que não tiver do nosso alcance, tenhamos a certeza de termos um Deus para nos acompanhar.

Joinville, 08.08.08

Rev. Waldyr Hoffmann

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