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sexta-feira, 6 de junho de 2008

CRISE DOS ALIMENTOS

Conta-se que dois homens trabalhavam juntos rachando lenha. Um trabalhava o dia todo sem descansar. O outro, no entanto, trabalhava 50 minutos e descansava 10 minutos. E, por incrível que pareça ao final do dia o monte de lenha dele era sempre maior do que do seu companheiro.

“Como você sempre tem mais lenha rachada do que eu? Afinal eu trabalho mais que você!” – perguntou o primeiro. “Porque durante o tempo em que eu faço os intervalos, além de descansar eu afio o meu machado”, – respondeu o segundo.

Na vida é preciso saber planejar. Muitas pessoas trabalham dia e noite e não conseguem nada. Outras, no entanto, trabalham bem menos, e conseguem prosperar.

É porque elas aprenderam a planejar, a usar a cabeça, a inteligência. Elas plantam na época certa, só vendem quando o produto tem preço e não se deixam enganar pelos aproveitadores. Além disso, diversificam os seus negócios e não ficam investindo sempre na mesma coisa.

O Salmo 126 fala de alegria e tristeza, de abundância e escassez. O povo de Israel acabara de voltar da Babilônia, onde havia sido escravizado durante vários anos. Eles trouxeram juntos apenas alguns grãos de trigo e de cevada. Tinham agora que escolher: plantar aquilo que trouxeram junto e passar fome alguns dias ou comer o que trouxeram junto e passar fome o resto do ano.

Eles escolheram semear o que trouxeram junto. E não se arrependeram do que fizeram, pois eles obtiveram uma grande colheita, muito mais do que esperavam. Por isso diz o salmista: “Grandes coisas tem feito o Senhor por nós, por isso estamos alegres. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo os seus feixes” (Salmo 126.3,6).

A vida na roça não é fácil. Além das formigas, dos mosquitos e do calor, tem que se lutar contra o mau tempo, o preço baixo da mercadoria e as pragas que infestam a lavoura. Mas é preciso semear, é preciso plantar. Do contrário não haverá colheita.

Antigamente se passava menos fome, pois se plantava de tudo um pouco. Plantava-se milho, feijão, arroz e mandioca. Cada um tinha uma pequena horta, onde se colhia repolho, tomate, alface e legumes. Hoje todo mundo vem comprar tudo na cidade, até chuchu. Preferem plantar pasto para o gado, cana para fazer etanol, mamona para extrair biocombustível, eucalipto para fabricar celulose do que produzir comida. É por isso que os preços nos supermercados estão assim tão altos, pois vem tudo de fora. 

Sei que é mais fácil comprar do que produzir. Mas o problema é o custo, é o dinheiro que se gasta sem necessidade. Se ninguém mais for produzir, plantar, colher, vai chegar o dia em que vai faltar alimento; ou os preços aumentarão assustadoramente, como estamos vendo nos nossos dias. E a culpa então é de quem? Nossa, porque em vez de produzir alimento estamos produzindo conforto. Portanto: é preciso plantar para colher, o mundo precisa de mais comida para alimentar a sua população.

Deus nos quer abençoar. Ele nos quer dar o necessário para a vida. Mas ele espera que nós usemos da nossa responsabilidade, do nosso esforço, da nossa capacidade. Por isso, lembremos-nos sempre das palavras do salmista: “Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo os seus feixes” (Salmo 126.5,6).

Além do alimento para o corpo, precisamos também do alimento espiritual para a nossa alma. Este alimento Deus nos oferece através da sua palavra e dos santos sacramentos. Jesus é o pão da vida, o alimento para a nossa alma. Quem se alimenta dele pela fé não terá fome para sempre. Diz o Senhor Jesus no Evangelho de João, capítulo 6: “Eu sou o pão da vida: o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.

Preocupemos-nos, pois, não apenas com o alimento corporal, mas também e, sobretudo, com o alimento espiritual, sabendo que “não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4).

Envie esta mensagem para os seus amigos e mostre para eles o quanto você se importa com eles e como eles são importantes para Deus, a ponto de sacrificar o seu próprio Filho para tê-los um dia consigo nos céus. Diz o poeta sacro, nas palavras de um hino muito conhecido: “Cristo é o nosso verdadeiro amigo, disto provas nos mostrou: quando, para ter consigo os culpados, se humanou. Veio, com seu sangue puro, dos pecados nos lavar. Paz na terra e, no futuro, vida eterna vai nos dar”.

Que o amigo Jesus, que nos salvou de todos os pecados, lhe abençoe: dando-lhe paz na terra e, no futuro, a vida eterna, que ele, na sua graça, nos promete dar. Em nome de Jesus. Amém.


Pastor Lindolfo Pieper

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