Depois de curar os aflitos que lhe foram trazidos, Jesus agora deixa a região de Genezaré. Daí viaja para a costa do mar mediterrâneo, para as regiões de Tiro e Sidom. Séculos antes, Elías, o Tesbita foi ajudado nesta mesma região pela viúva de Serepta e ressuscitou seu filho (I Rs 17.8-24). Agora o Messias sobre quem Elias deu testemunho vem para essa região, e novamente, uma mulher vem até ele e lhe pede em nome de sua filha, "eleison, misericórdia" (v. 22). Esta oração é familiar, tanto no Novo Testamento como no Antigo Testamento (Sl 4.1; 6.2). O sentido original de eleos com referência a Deus e sua própria fidelidade é a imutabilidade misericordiosa gratuita (hesded, 34.6; Sl 86.5, 15). A referência especifica aqui é para a necessidade da bondade e da misericórdia de Deus em situações especificas de necessidade. Na literatura paulina, o termo assume uma referência especifica para a salvação que Deus nos oferece por meio de seu Filho, nosso Senhor (Gl 6.6). A origem desta compreensão é encontrada nas palavras de Cristo, já que Cristo é eleos que Deus requer do homem, e eleos que mostra ao homem (Mt 9.13). A frase "tirar pão dos filhos" (v. 26) é uma referência velada ao maná pelo qual Deus continua a mostrar seu favor para os filhos de Israel no deserto.
Tem misericórdia, Senhor
I. O senhor declara seu poder principalmente ao mostrar misericórdia e piedade. Esta antiga colega serve pra focar nossa compreensão desta cura milagrosa
A. Que nosso Senhor cura e salva é uma ilustração da misericórdia fiel de Deus
B. É esta misericórdia fiel que a mulher busca. Sua oração se une ao povo antigo de Deus, embora ela não fosse da família de Deus.
II. A misericórdia e piedade de Deus nem sempre é evidente imediatamente
A. A resposta de Deus não é imediata e incondicional
B. A condição é a fé que não se recolhe da oração contínua
III. O clamor da mulher é o clamor da igreja – Kyrie eleison
A. Com ela buscamos pela misericórdia e o resoluto amor de Deus em Cristo para nos tocar
B. Com ela confessamos a compaixão de Deus, manifestada na pessoa e obra de seu amado e único filho, Jesus Cristo.
- CJE, Concordia Theological Quarterly. St. Louis: MO. CPH. 1978, p. 76, 77; tradução Rev. Aragão.
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