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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Êx 20.14 - Não cometa adultério (6º Mandamento)

Não cometa adultério! (Êx 20.14)
Casamento. Esta é uma ordem de Deus que está caindo de moda. Somos constantemente bombardeados com idéias mundanas sobre o assunto e, não é difícil encontrarmos cristãos que concordam com as idéias dos novos tempos. Hoje, quando se fala em casamento, vemos opiniões que são, no mínimo, preocupantes e sem qualquer respeito pelo próximo. Aliás, ao olharmos o sexto mandamento, vemos que Deus continua se preocupando com nosso relacionamento com o próximo. No quarto mandamento Ele nos falou de nosso relacionamento familiar e na honra e respeito que temos que dar aos nossos superiores. No quinto, preocupou-se com a integridade física nossa e de nosso próximo e, agora, preocupa-se com nosso relacionamento conjugal, ou seja, com nossa esposa ou marido. E o que Deus tem a nos dizer sobre isso?
Tal como outros mandamentos, o sexto também é bastante curto mas engloba muitas coisas, a grande maioria delas tão simples que nem nos damos conta de que estão contempladas nesta ordem divina.
O dicionário define adulterar como sendo falsificar, corromper, deturpar. Constantemente nós ouvimos falar em combustível adulterado, ou seja, um combustível ao qual foi acrescentado um elemento estranho. Esta talvez seja a figura que melhor mostra o adultério. Adultério está diretamente relacionado a casamento.
Deus instituiu o casamento logo depois da criação do ser humano. Em Gn 2.24 nós lemos que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só carne. Antes um pouco, em Gn 2.18, vendo a solidão de Adão, Deus diz que lhe fará alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade. Assim, podemos facilmente perceber  que o casamento é a ocasião em que dois seres humanos se completam um ao outro. Interessante observar que não foi estabelecida nenhuma cerimônia de casamento. No plano de Deus o casamento acontece quando um homem e uma mulher decidem se unir e, para isso, abandonam seus pais e formam uma nova família. Esta união se concretiza com o relacionamento sexual. Assim, unidos, o casal completa um ao outro e os dois formam uma só carne.
Casamento é, portanto, a união de um homem e uma mulher. Quando este casamento é atingido pela presença de alguém estranho, outro(s) homem(ens) ou outra(s) mulher(es), então ele está adulterado. O resultado é que a vida já não funciona de forma normal e correta, exatamente como acontece com o motor de um carro abastecido com combustível adulterado.
O adultério não é algo que acontece somente depois do casamento. Como vimos, o casamento se concretiza com o relacionamento sexual do casal e, assim, sempre que alguém relaciona-se sexualmente com alguém que não seja seu marido ou esposa, fora do casamento – inclusive antes de casar, está adulterando. E não adianta usar camisinha e usar um contraceptivo. Estes podem impedir uma doença sexualmente transmissível ou uma gravidez indesejada, mas não impedem o pecado.
A sociedade atual diz que é normal os adolescentes começarem sua vida sexual e, alguns pais, até incentivam que eles façam isso dentro de casa, pois assim têm mais segurança. Esquecendo-se do que Deus diz, tais pais estão incentivando seus filhos ao pecado, pois eles estão adulterando mesmo antes de casarem e, consequentemente, levando-os ao inferno. A sociedade atual também diz que é necessário que o casal se experimente antes, para verem se são compatíveis. Ora, nós podemos experimentar um alimento, uma roupa, um sapato. Mas, de maneira alguma, podemos experimentar outra pessoa. Além disso, quando experimento alguém, também estou sendo experimentado por este alguém. E como eu me sinto, sabendo que não agradei, que não passei no teste de qualidade? Esta mesma sociedade atual diz que é normal, e em alguns casos até salutar, uma aventura, uma pulada de cerca. Deus continua dizendo que isso é adultério e que, quando isso acontece, o casamento está sendo desonrado e eu estou causando mal ao meu próximo, no caso, ao meu marido ou esposa e à minha família como um todo.
Cristo também tratou do assunto adultério. O evangelista Mateus registra estas palavras de Jesus: vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério". Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério em seu coração (Mt 5.27). É preciso ressaltar que estas palavras de Jesus não são dirigidas apenas aos homens, mas vale o mesmo para as mulheres: quem olhar para um homem e desejar possuí-lo já cometeu adultério em seu coração. O simples desejar sexualmente alguém que não seja nosso cônjuge já é adultério e, portanto, pecado. Infelizmente, hoje, nós somos mais e mais atingidos por tentações deste tipo. A televisão, diariamente, nos bombardeia com cenas que nos induzem ao adultério. Da mesma forma, as bancas de revistas estão cheias de publicações oferecendo fotos para todos os gostos. E não é difícil para que caiamos em tentação.
Meus queridos irmãos e irmãs no Salvador Jesus, O estado matrimonial é sagrado diante de Deus. Por isso Ele o cercou com este mandamento no qual nos pede que mantenhamos nossos pensamentos e ações puras e, desta forma, preservemos a pureza de nosso cônjuge e de nossa família. O que Deus deseja é que, assim como nós não queremos que nosso cônjuge nos traia com outro, nem em pensamento, da mesma forma não sejamos nós que traiamos nosso cônjuge, nem em pensamento. 
Para que isso não aconteça, Deus nos deu armas com as quais podemos lutar contra este pecado. Estas armas são a Palavra de Deus, a oração, o trabalho, a fuga de ocasiões, companhias e lugares que nos levem à tentação. Fugir de ocasiões, companhias e lugares também são uma maneira de lutarmos contra este pecado. Nós não somos obrigados a ficar assistindo qualquer coisa que a TV nos apresenta. Nós temos o controle sobre o botão liga-desliga. Da mesma forma, não somos obrigados a andar em má companhia nem a freqüentar lugares que nos levem a pecar. O trabalho não nos deixa ociosos. Um ditado popular diz que a ociosidade, a falta de ter o que fazer, é a oficina do diabo. E é verdade. Quando estamos sem ter o que fazer, somos imediatamente assaltados por pensamentos impuros e descambamos para o pecado. A Palavra de Deus nos dá vários exemplos de pessoas que enfrentaram estas tentações. Alguns venceram, outros foram derrotados. José é um bom exemplo de alguém que lutou e venceu a tentação do adultério. Davi é um exemplo de alguém que foi derrotado, mas que, arrependido, foi perdoado. Com isso, Deus nos leva à oração, onde podemos pedir a Deus que tire de nosso tudo o que nos possa levar a pecar contra o matrimônio.
A melhor arma, a Palavra de Deus, nos mostra que muitos dos grandes homens de Deus também foram tentados ao adultério e caíram em pecado. Ela nos mostra também que estes mesmos heróis da fé, reconheceram seu pecado e, arrependidos, confiando em Cristo como seu Salvador, abandonaram seu pecado e viveram uma nova vida, vida de fé, tal qual é a vontade de Deus. A Palavra de Deus nos informa que ainda que tenhamos pecado contra o sexto mandamento, nosso Salvador Jesus Cristo também morreu par anos dar o perdão a este pecado e nos dar a condição de um recomeço. A vontade de Deus é que nós nos arrependamos e vivamos a vida casta e decente que Ele nos deseja. É também a vontade de Deus que um matrimônio jamais seja desfeito, exceto quando há adultério. Neste caso, a parte inocente pode repudiar quem o traiu e é livre para um novo casamento. Mas, se o amor for suficiente para que haja perdão, então, juntos e com o auxílio de Deus, também podem reiniciar sua vida matrimonial.
Meus queridos irmãos e irmãs, tanto casados quanto ainda não casados. Vamos colocar nossa vida conjugal nas mãos de Deus. Vamos também nos municiar com todas as armas que Deus nos deu e vamos lutar contra o adultério. E, caso tenhamos pecado contra o sexto mandamento, arrependidos, vamos nos lavar no sangue de Cristo e, com o auxílio do Espírito Santo, vamos viver uma nova vida de acordo com a graça e a vontade de Deus. Que Deus conceda isso a todos nós. Amém.
(Rev. Éder Carlos Wehrholdt - Campo Largo/PR)

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