1 Co 15.55-58 - Jesus Ressuscitou

1 Co 15.55-58

O nosso pai ou mãe, que a gente tanto ama, falece...

O nosso marido ou esposa que a gente tanto ama falece...

O nosso filho ou filha que a gente tanto ama falece...

Só quem já teve uma perda dessas sabe como a vida muda depois disso e o quanto seria bom se esse ente querido, de repente, vivo, viesse voltando lá na curva da estrada.... e o pudéssemos abraçar novamente... 

Pois esse dia vai chegar... e vai chegar por causa da Páscoa de Jesus!...

O nosso Evangelho de hoje, Mt 28.1-10, diz que Jesus ressuscitou. E mais: antes, o mesmo Evangelho de Mt 27.57-61 também diz que Jesus foi morto e sepultado.

Morto e sepultado, mas ressuscitou! 

Pela Bíblia e, também, pelo que vivemos em nossas famílias, depois de um ente querido nosso ser sepultado, o seu corpo vira pó (Ec 12.7). Depois disso nós continuamos com os corações cheios de amor e de saudade... nós vamos muitas vezes ao cemitério, ao seu túmulo... mas nunca ninguém fez ressuscitar e nem trouxe o seu ente querido de volta para casa. 

Inclusive existem os casos comprovados de falecidos que se viraram dentro do caixão... Será que nesses casos essas pessoas foram sepultadas mortas e depois ressuscitaram? Claro que não! Eles foram sepultados ainda com vida nos seus corpos. E, o mais provável, essas coisas acontecem por precipitações e falhas do ser humano e da própria ciência. Só que, quando isso acontece, aquela pessoa morre de verdade, porque ninguém a ajudou a sair...

Se com Jesus isso tivesse acontecido então a prova de vitória seria ainda maior porque ele, sozinho, sem a ajuda de ninguém, saiu vivo da sepultura – sim, porque se o anjo não tivesse vindo e retirado a pedra da entrada do seu túmulo, por ser Jesus verdadeiro Deus, teria saído sozinho! Tudo isso prova que nem a morte conseguiu segurá-lo ou vencê-lo.

Isso significa que todos os seus inimigos não o conseguiram vencer porque ele é o Filho de Deus, é o Senhor, é o Salvador.

Mas isso é tudo muito bonito. O que nós temos que perguntar para nós hoje, em pleno século XXI é: 

E se Jesus não tivesse ressuscitado?

Primeiro de tudo, nós seríamos pessoas iludidas, acreditando num Deus mentiroso. Isso porque, o Deus que nós cremos anunciou desde os Profetas que o seu Filho viria, morreria e ressuscitaria para salvar a humanidade e também a nós cf. 1Co 15.4.

Segundo porque, cf. diz o nosso texto, 1Co 15.14, 17-20 a igreja não teria nada para anunciar.... os membros e visitantes não teriam nada para crer... a nossa fé seria uma ilusão... nós continuaríamos perdidos... O Credo Apostólico, onde nós confessamos: Creio na ressurreição dos mortos seria mentira – não haveria ressurreição, não haveria vida eterna, nossos entes queridos já falecidos não viveriam mais, nunca mais encontraríamos com eles e, como diz o nosso texto v.19b: seríamos todos as pessoas mais infelizes do mundo...

Mas, graças ao nosso Deus, que é o único que existe e, mais, que é o único que colocou seu único Filho para morrer por nós pecadores, graças a esse nosso Deus, cf. os Evangelhos de hoje e outras passagens bíblicas, a Páscoa existe, a Páscoa é verdade e Jesus não ficou morto, mas ressuscitou. Isto significa que o Messias, o Filho de Deus, é vitorioso, está vivo para sempre e a salvação está preparada para todo o pecador. 

Só que, isso por si só ainda não garante que eu, você e todo o pecador realmente vamos estar livres da condenação e do inferno e vamos estar na vida eterna no céu. Aqui nós precisamos levantar mais uma pergunta decisiva diante da grandeza que Jesus preparou: 

E se Jesus não fosse meu?... seu?...

Sim, isso é decisivo, porque se Jesus não for meu... se Jesus não for seu, a Páscoa também não é minha nem sua... a vitória de Jesus também não é minha nem sua e, portanto, se Jesus não for meu e seu, a salvação eterna não é minha nem sua. 1Jo 5.11-12 nos diz: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida é nossa por meio do seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

É preciso que Jesus seja meu... seja seu... para que o perdão e, portanto, o céu, a salvação eterna, possam ser meus e seus. Jesus morto, sem Jesus, sem a ressurreição, sem a Páscoa – e sem tudo isso ser meu e seu – só nos sobra a condenação eterna no inferno.

Agora, ainda é preciso uma última pergunta: 

Como que Jesus pode ser meu e ser seu? Isso é o mesmo que perguntar: como que a Páscoa é realmente minha? Como que a ressurreição é realmente minha? Como que a vida eterna é realmente minha? 

A resposta é simples, mas é dupla:

Para que o Jesus vivo e a sua salvação passem a ser meus e seus, Mc 16.16 nos responde: Quem crer.... será salvo, ... quem não crer será condenado. Mas, crer em quem e em que? Aí 1Jo 5.10,11 nos completa: Aquele que crê no Filho de Deus tem esse testemunho... E este é o testemunho: Deus nos deu a vida, e essa vida é nossa por meio do seu Filho.

E para que o Jesus vivo e a sua salvação continuem em nossos corações e nos conservem até o fim, Jo 8.31 nos responde: Se vocês continuarem a obedecer os meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade e a verdade os libertará. E Ap 2.10c completa e nos diz: Sejam fiéis, mesmo que tenham de morrer; e, como prêmio da vitória, eu lhes darei a vida. 

Em outras palavras: a parte de Jesus foi a mais difícil e ele já a terminou e garantiu: morrer na cruz e ressuscitar para nos preparar a salvação. A minha e a sua parte para que Jesus, a Páscoa e a salvação eterna sejam nossos é crer, ficar firmes, viver com ele e nunca mais o abandonar até o fim. 

Irmãos, Páscoa é Jesus ressuscitado – é a nossa salvação eterna. Páscoa é todos os dias do ano – é eu e você ficarmos com o nosso Jesus vivo – é sermos libertados do inferno e irmos finalmente com ele para o céu. Feliz Páscoa para mim e para todos vocês. Amém! 

(Rev. Osmar Schneider

Pires, Limeira – SP – 2005)