Nos primeiros cinco capítulos da epístola aos Romanos o apóstolo Paulo destaca a justificação do pecador, como sendo um ato gratuito de Deus. Deus enviou seu filho ao mundo para cumprir a lei em lugar do homem. Deus aplicou a seu filho o castigo que nossos pecados mereciam. Deus enviou o Espírito Santo ao nosso coração a fim de iluminá-lo com seus dons e conceder-lhe o dom da fé. Tudo isto Deus fez movido por seu grande amor que não tem prazer na condenação de uma só criatura humana.
Agora porém vem a grande pergunta: Que significa todo este amor de Deus, empenhado a nosso favor? Significa isto que Deus tem prazer em nós na condição de pecadores? Significa isto que agora podemos pecar a vontade, fazer tudo que contraria a santa vontade de Deus, para num derradeiro momento exclamar: Pai perdoa!
O apóstolo Paulo rejeita tal pensamento, com um enfático: De modo Nenhum! Para logo depois apontar para o nosso batismo e o seu significado.
Que significa o nosso batismo? Sim, nós geralmente gostamos da primeira parte do seu significado. Isto é, gostamos de ouvir que pelo batismo somos lavados de todos os pecados e aceitos por Deus como filhos e filhas de seu amor.
O apóstolo Paulo enfatiza em nosso texto o segundo significado, a saber: “Porventura, ignorais que todos os que fomos batizados
Ser participante da morte de Jesus, significa receber os benefícios da mesma; como o perdão dos pecados, a isenção da culpa.
Ser participante da ressurreição de Cristo significa que pelo batismo iniciou uma nova vida em nosso coração. O pecado foi eliminado. A santa vontade de Deus implantada. A igreja de Cristo tornou-se nossa igreja. O plano salvador de Cristo para o mundo, tornou-se o nosso. A determinação de Cristo no sentido de fazer as obras do Pai se tornam nossa determinação. Tudo isso significa que Deus pretende entrar para valer em nossa vida. Ele não quer ficar longe de nós, mas deseja participar de nossas lutas e de nossas vitórias, ele quer determinar as nossas ações.
O pensamento de que pecando bastante, seremos muito agraciados por Deus, é tão absurdo como se alguém, que foi salvo de um afogamento, imediatamente após recuperar as forças se joga novamente ao mar para ver se os amigos são verdadeiros e voltam a salvá-lo. Ou, tão absurdo quanto alguém que estava tão endividado que os credores estavam prestes a tomar lhe todos os seus bens, quando de repente surge um amigo que paga toda sua dívida; uma vez livre da dívida, este cidadão irá assumir novas dívidas para ver se o amigo, novamente a irá pagar. Este pensamento é tão absurdo como alguém que pretende estar vivo e morto ao mesmo tempo.
Autor: Waldemar Reimann.
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