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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Papai (teatro)

Descrição: O Dia do Papai
Tempo estimado: 3 minutos 
Elenco: 1 rapaz  e 3 moças
(cena: três cadeiras colocadas lado-a-lado diante da platéia) 

Ana: (entra chorando e seca os olhos com um lenço, passa pelas cadeiras) Meu rosto está inchado de tanto chorar.
Mãe: (entra chorando e seca os olhos com um lenço, passa pelas cadeiras ) O meu também.
Elisa: (segue, segurando as lágrimas) Eu não estou chorando.
Ana: (senta-se) Por que eu não consigo parar de chorar?
Mãe: (senta-se) Porque você amava muito seu pai. Todos nós vamos sentir muita falta dele.
Elisa: (senta-se) Papai não gostaria de nos ver sentadas e chorando. Ele gostaria que nós nos lembrássemos dos bons temos que tivemos com ele.
Ana: Vamos falar sobre estes bons tempos. Quem sabe isso me ajude a parar de chorar.
Elisa: Eu sempre irei me lembrar dos cafés da manhã de domingo.
Mãe: Benditos ovos!
Ana: Bacon, salsicha e presunto.
Elisa: Panquecas com muita geléia.
Mãe: Ele chamava isso de derruba-regime.
Elisa: Papai gostava de três tipos de comida: doces, salgados e gorduras.
Ana: Ele sempre dizia (imita) "não faz mal exagerar no café da manhã uma vez por semana!"
Elisa: Se ele estivesse aqui agora, eu lhe faria o café da manhã com muito açúcar, sal e gordura.
Mãe: Eu também.
Ana: Papai sempre tinha tempo para me ajudar com a lição da escola.
Elisa: Por mais ocupado que ele fosse, ele deixaria o seu trabalho de lado, como se isso nem fosse importante para ele.
Ana: Mas era importante. Você viu os números nesses contratos que ele trouxe para casa?
Elisa: Setecentos e cinqüenta mil reais!
Ana: Um milhão e duzentos mil reais!
Elisa: Mesmo quando papai voltava para casa cansado como se tivesse carregado o mundo nas costas, e eu lhe pedia que jogasse vôlei comigo (sufoca as palavras, chorando) ele sempre disse SIM!
Mãe: (alcança um lenço para Elisa, chorando) Ele sempre dizia "Sim, filha, apenas deixe eu guardar minha pasta e beijar sua mãe"
Ana: Ele sempre babava em você
Elisa: Isso era embaraçoso...
Mãe: Ele nunca babou em mim.
Elisa: Acho que você ficou feliz porque ele nunca fez isso em público..
Ana: Eu espero que meu marido goste de me abraçar e beijar quando chega em casa depois do trabalho.
Elisa: Eu também.
Ana: (secando os olhos) Ele era um papai muito bom.
Elisa: (secando os olhos) O melhor de todos"
Mãe: (secando os olhos) Ele também era um ótimo marido. Ele sempre tirava um tempo depois que as crianças estavam na cama, para sentar-se e conversar comigo. Eu vou perder isso.
Elisa: Ele sempre fazia com que eu me sentisse uma atleta maravilhosa.
Ana: Ele sempre fazia com que eu me sentisse bonita. Lembram-se quando ele sentava-se à mesa para o café da manhã e dizia "bom dia, meus amores!"?
(todos guardam os lenços quando o Papai aparece)
Papai: (entra de pijama, roupão de banho e chinelos, coça a cabeça, passando pelas cadeiras) Bom dia, meus amores!
 (todos em pé)
Elisa: Bom dia, papai.
Ana: Bom dia, papai.
Mãe: Bom dia, meu bem!
Papai: Eu tive um sonho estranho, ontem à noite. Eu sonhei que morri e vocês estavam falando sobre mim. Falando em sonhar, porque vocês me deixaram dormir mais esta manhã?
Todas: Hoje é o dia do Papai!
Papai: Ah, é mesmo...
Ana: Nós lhe preparamos o café da manhã (pega-o pela mão e puxa para a saída)
(todos se movimentam para sair)
Elisa: Com suas comidas favoritas: doces, salgados e gorduras.
Mãe: O derruba-regime!
Papai: Então vamos, não faz mal exagerar no café da manhã uma vez por semana.

(©2001 Bob Snook.
Traduzido e adaptado por Rev. Éder Carlos Wehrholdt
Se você re-escreveu ou adaptou este jogral/teatro, envie-me uma cópia da sua criação: edercw@gmail.com)

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