Esta é uma das grandes perguntas que muitos cristãos fazem, ou seja, se na Nova Aliança ainda somos obrigados a dar o dízimo? – Em muitas igrejas o dízimo é uma obrigação. Outros, porém, afirmam que o dízimo foi instituído sob a Velha Aliança - sob a Lei - e uma vez que estamos agora sob a Nova Aliança os cristãos não são mais obrigados a dar o dizimo - 10% dos seus ganhos - para Deus.
Para responder esta pergunta, precisamos determinar quando a prática do dízimo foi instituída pela primeira vez. O dízimo, evidentemente, não foi uma ordenança de homens, e nem tão pouco uma tradição. Foi uma ordenação de Deus e uma expressão externa da aliança de Deus com seu povo e do povo de Deus para com o próprio Deus. Ml 3.10 - "Trazei todo os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vos benção sem medida."
A prática do dízimo já existia bem antes que a Lei foi dada. A pratica de dar 10% do produto da terra e dos despojos da guerra aos sacerdotes e reis era um costume antigo e com raízes de mais de 400 anos, muito antes do tempo de Moisés e da Lei.
Abraão deu dízimos dos despojos da guerra que ele ganhou sobre os reis de Sodoma e Gomorra. Ele reconheceu a Melquisedeque como sendo um representante de Deus e deu a ele o seu dízimo. Hb 7.6 - "...entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles, recebeu dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas de Deus."
Jacó fez um pacto com Deus de que daria o dizimo de tudo que Ele lhe havia dado (Gn 28.22). Mais tarde, Deus, como parte de Sua aliança com o povo de Israel, exigiu que os filhos de Israel dessem os dízimos - 10% - de tudo que possuíam. Deus considerou o dizimo como propriedade Sua. Quando eles deram seus dízimos em obediência a Ele, os filhos de Israel estavam apenas dando o que já pertencia a Deus. Lv 27.30 - " ...também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das arvores, são do Senhor: Santas são ao Senhor".
Quando Jesus estabeleceu a Nova Aliança, Ele não revogou a lei, antes cumpriu perfeitamente esta lei, em nosso lugar. Jesus disse: "não penseis que vim revogar a lei ou os profetas. não vim para revogar, vim para cumprir." (Mt 5.17) Apesar de a Lei estar perfeitamente cumprida, Jesus ensinou o sentido da Lei. Ele disse aos fariseus em Mt 23.23 "Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porem, fazer estas cousas, (dízimo) sem omitir aquelas (a justiça, a fé ..). Ele não os reprovou nem os condenou por sua adesão ao dizimo, mas os condenou por negligenciarem os preceitos mais importantes da Lei - justiça, misericórdia e fidelidade (fé).
Os ensinamentos de Jesus estabeleceram um novo conceito de dar, o qual se estende alem dos dízimos. Ele ensinou através de Suas palavras e ações que o nosso dar deve ser parte do nosso estilo de vida. Ele próprio se tornou o nosso padrão, o nosso modelo no que damos. Ele nos comprou pelo preço mais alto, o Seu sangue. Ele pagou, livremente, este preço para nos resgatar da perdição, do pecado e da morte. Agora pertencemos a Ele e tudo o que somos e temos também pertence a Ele, não somente 10%, mas 100% de tudo que somos e de tudo que temos.
Nos cristãos não nos limitamos em dar somente os nossos dízimos; mas estamos dispostos a dar 100% de nos mesmos - nosso tempo, nossa habilidade, todos os nossos recursos financeiros para cumprir a vontade de Deus aqui na terra.
Quando, ainda hoje, ofertamos uma parte dos nossos rendimentos diretamente para o trabalho do Reino de Deus estamos testemunhando uma parte da nossa relação com Deus, mas Deus deseja levar-nos além do nosso modo atual de dar. Debaixo da Nova Aliança o nosso dar a Deus não está mais limitado a uma determinada fórmula ou imposição. Quando damos as nossas ofertas a Ele, queremos dar de maneira LIBERAL E SEM LIMITES, com alegria e gratidão em nossos corações.
Não estamos subjugados a um rito legalista, mas damos nossas ofertas de acordo com a direção do Espírito Santo em nós. Não damos porque somos obrigados, mas movidos pelo amor de Deus em nossas vidas e a vontade de Deus que deseja a salvação de todas as pessoas. Ao fazermos isso, Deus, seguramente, derrama as suas bênçãos em nossas vidas com tanta abundância que não somente as nossas necessidades serão supridas, mas a Obra de Deus através do mundo continuara florescendo e Seu plano de salvação será cumprido.
Adapt. De Morris Cerullo da Biblia Comentada " God Victorious Army Bible" – Por Mario Lehenbauer
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