A. Princípios e Fundamentos das Ofertas Cristãs
Os cristãos precisam aprender os fundamentos do ofertar cristão. Estas são as considerações
- Deve-se conhecer o significado do dinheiro, que é recebido em troca do uso do tempo e das habilidades. O dinheiro é um legado de Deus. Cem por cento deve ser gasto para a glória de Deus em necessidades espirituais, físicas e outras. Estas verdades devem ser ensinadas a todos os membros.
- Dar é expressão de amor. Provai ... a sinceridade do vosso amor (2 Co 8.8).
- Dar faz parte do culto - Salmo 96.8. O plano de Deus em Cristo confere à dádiva monetária caráter sagrado, pois mediante o amor se torna um ofertar-se a si mesmo. Tratar das finanças da igreja como meras coletas é denegrir um ato que é parte do culto. A origem da oferta é a relação salvífica entre o homem e Cristo, e a própria oferta é ato de culto. Paulo não desceu, repentinamente, das alturas da montanha da ressurreição, em 1 Coríntios 15, para as profundezas do vale de uma "coleta" no capítulo 16. Paulo não perdeu altitude ao passar da ressurreição à oferta. Responder às gloriosas verdades do evangelho com atos de culto é dever que cada pessoa tem. Que Deus tenha pena do pregador que faz observações como essa: "Depois da mensagem que tanto nos inspira e eleva, hesitamos em levantar uma coleta." Tal afirmação deprecia a mensagem. O ministro previdente poderia dizer: "Não poderíamos encontrar hora mais apropriada para levantar uma oferta. Continuaremos agora nosso culto oferecendo nossas dádivas monetárias." Dar, como tudo o mais na mordomia, tem sua origem no amor de Deus, e é resposta a esse amor.
- Ofertar generosamente é dom divino - 2 Co 8.1, 2.
- Problemas básicos na questão das ofertas são falta de conhecimento, fé e amor; falso padrão de valores e cobiça. Deus se interessa por nossas atitudes. As necessidades da igreja não são a medida para nossas dádivas. Evitemos maus padrões de ofertas. Não dar ou dar pouco é pecado - Mateus 3.8; Lucas 12.48. Estamos dando devido a bênçãos, e não para um orçamento vazio. Damos de um coração que ama, não para um orçamento vazio.
- Mateus 6.33 (Buscai em primeiro lugar o Senhor) é o alvo de toda a vida, também das ofertas cristãs, e é expressão natural da fé. Demos as primícias, não os restos.
- Demos como Deus deu - 1 Co 16.2. Demos semanal ou regularmente, demos porcentagem generosa. O amor e a fé irão estabelecer a porcentagem. Não se pode dar aquilo que se não tem, mas aquilo que de fato se tem - 2 Co 8.12.
- Ofertar primícias, ou porcentagem generosa, é plano par todo o povo de Deus. Requer-se de mordomos que sejam encontrados fiéis - 1 Co 4.2.
Para auxiliar as pessoas a considerar com seriedade a expressão de sua fé através de ofertas cristãs, podemos propor as seguintes questões: (1) Todos os gastos que faço refletem uma percepção cristã de valor? (2) Minhas ofertas representam as primícias de meus rendimentos? (3) As finalidades espirituais recebem prioridade? (4) Minhas ofertas são feitas por amor a Jesus, quem é que recebe estas ofertas? (5) Minhas ofertas são a medida plena de minha fé e meu amor a Cristo? (6) Minhas ofertas representam parte ou percentagens generosa de meus rendimentos? (7) Estou disposto a viver sem alguns dos luxos atuais, a fim de compartilhar uma parte maior de meus bens com o Mestre? (8) Estou disposto agora a aumentar minhas ofertas pessoais em 1 ou 2 porcento de meus rendimentos se estou dando mais de dez por cento? (9) Estou disposto a aumentar agora minhas ofertas em mais 3 ou 4 por cento ou mais, se estou dando menos de dez por cento?
A contribuição proporcional depende da compreensão espiritual, no amor e na fé. Para se calcular a oferta, não haverá grandes dificuldades em se determinar a base para a percentagem quando o coração e a mente se conservam receptivos às considerações em torno do problema, feitas em oração. A atitude é o ponto de partida quando se começa calcular a percentagem. Deve-se deixar o método de execução ao julgamento individual e à consciência iluminada. A única maneira de calcular a renda é agir como filho de Deus.
Todos os gastos e cálculos de orçamentos são assunto bem espiritual e exigem grande flexibilidade. Mais que de fórmula de conduta, trata-se de modo de vida. Tudo o que se precisa para calcular as ofertas proporcionais, além de conhecimento da matéria é: lápis, folha de papel e coração voluntário - nada mais. Há abundância de lápis e papel. Deus providenciará o coração voluntário. Onde existir coração voluntário não haverá ofertas desproporcionadas mas proporcionais.
B. As Prioridades devem ser Estabelecidas
Quando Deus não está no centro da vida do homem, há um ídolo no lugar de Deus, e a ele todas as coisas e mesmo a própria vida são oferecidas. Os esforços que ensinam a ofertar deveriam ser dirigidos para produzir primeiro a entrega do coração, do eu. O homem que se dá a si mesmo primeiro ao Senhor, emprega todo o seu dinheiro para Deus, mas isto não significa que o dá todo para a congregação. À medida em que ele o gasta para as necessidades físicas de sua família e para todos os fins caritativos e espirituais, como cristão, ele se dá a si mesmo primeiro.
C. Dar o Dízimo faz parte de Nossa Mordomia Pessoal?
Algumas considerações:
- a ênfase no dízimo preencheu um vácuo em que se fazia necessário um programa educacional eficiente sobre ofertas proporcionais, mas ele precisa ser reavaliado teologicamente;
- a mordomia cristã reconhece que não só dez por cento, mas tudo pertence a Deus, e que o homem age como administrados de todas as coisas que Deus lhe deu. O ofertar no N.T. não é realidade crua determinada por leis matemáticas e rígidas decimais, mas é manifestação de amor;
- percebe-se a superficialidade do ponto de vista de que o dízimo é o único método divino e incondicionalmente obrigatório para a prática da mordomia cristã. Não lhe falta apenas fundamentos neo-testamentário como também conduz a um legalismo antropocêntrico que põe em risco a verdadeira religião;
- dar o dízimo é prática recomendável, mas deve ser manipulado com cuidado, visto não ter aprovação no Novo Testamento. Sem dúvida, dar o dízimo é uma virtude, mas deveria ser procurada por iniciativa própria. Não pode ser imposta a outros como vontade divina para eles. Não é uma virtude como a honestidade; é grau de virtude, e os líderes não deveriam impor graus de virtudes às pessoas. Os crentes crescem nestas virtudes.
- os exemplos dos crentes, tanto do Antigo como do Novo Testamento, podem nos servir de guia; no entanto, nós só olhamos para o que Jesus fez pelos homens e então perguntamos: "Em vista de tal sacrifício feito por mim, que porcentagem darei?" Será 7, 10, 11, 13 por cento? Mais? Menos? A fé e o amor decidirão a porcentagem?
D. A Liberdade de Organizar a Vida em Resposta ao Chamado
Somos livres apenas enquanto nos mantemos ligados a Deus fitando-o continuamente. A união com Cristo nos conduz a uma liberdade que o homem natural desconhece. A liberdade desembaraça o cristão para prestar serviços maiores do que jamais poderia prestar se estivesse sujeito a leis rígidas. Liberdade não significa que se está livre para fazer o que bem entende. Significa liberdade para fazer o que agrada a Deus. Liberdade em Cristo não é liberdade desenfreada. É aliança com Deus em Cristo, é sujeição a Deus.
A mordomia pessoal sugere um ritmo de culto e testemunho, de aprendizado e resposta. Nossas vidas devem possuir flexibilidade; nelas deve haver lugar para variações e mudanças, que correspondem à personalidade única e individual que Deus destinou a cada um de nós. Apesar de termos o mesmo grau de fé e dedicação, cada um de nós reage diferentemente diante da mesma situação.
Algumas situações exigem escolhas difíceis, especialmente quando há urgência no que a igreja precisa fazer. Devemos algo a Deus, à sua igreja e a nós mesmos; estes três nunca deveriam ser colocados em competição um contra o outro. Quando sentimos necessidade de sucesso imediato, tendemos a fazer exigências a outros, para que concordem com a vontade do grupo. Mas, o dever nunca deve entrar em conflito com a liberdade. A dignidade cristã é destruída quando avaliamos um membro por sua produção. O funcionário não é ele mesmo quem age. Ele é somente um órgão que executa ordens. Alguém outro está exercendo sua vontade 'através dele'. Devemos nos lembrar que nossa autoridade para agir numa congregação, é autoridade delegada, e que no exercício de nossa autoridade somos responsáveis perante Deus.
E. Para Conversar
Com base no que aprendeu neste estudo, responda:
1. Quem oferta?
2. Quais serão as "desculpas" para se deixar de ofertar?
3. Explique: "a oferta é proporcional à fé do cristão".
4. O que é a oferta proporcional? Como ela se processa?
5. Por que estamos livres do dízimo?
6. Por que as prioridades precisam ser definidas na nossa vida?
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