(Prof. Damásio de Jesus)
Você já observou elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.
Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.
Que mistério!!!
Por que o elefante não foge? - Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado.
Fiz então a pergunta óbvia: - Se está amestrado, por que o prendem?
Não houve resposta! Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso... Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada.
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino - ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco!
Vivemos acreditando em um montão de coisas - que não podemos ter -, "que não podemos ser", "que não vamos conseguir", simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim". De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma - "não posso", "é muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande para mim!"
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!
Vá em frente!!!
Rev. Carlos Wilhelms / Campo Grande, MS
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