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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Salmo 34.1-8 - Estudo Homilético

Calendário Litúrgico: 10º Domingo após Pentecostes

Outras leituras: 1 Rs 19.1-8; Ef 4.17–5:2 Jo 6.35-51

O texto: Sl 34.1-8:

O salmo é um acróstico poético em que as unidades alfabéticas são de duas linhas com métrica ternária. Há duas particularidades neste salmo, que é compartilhada com o SL 25.23: a supressão evidente do verso do waw por uma substituição por um verso pe final. Nesta estrutura acróstica, o poeta criou um sentido de unidade literária ao repetir o uso de palavras iguais ou de parentesco filológico. As palavras "ouvir" (3, 7, 12, 18), "livrar" (5, 18, 20), "temer" (8, 10a, 10b, 12), "bom" (9, 11, 13, 15), "maldade (vv 14, 15, 17, 20, 22) e "justiça" (16, 20, 22) são usadas três ou mais vezes.

Especificamente tratando da estrutura, Davi louva ao Senhor em todos os tempos e exorta que outros façam o mesmo (1-3), e assim, crescer em uma experiência real de completa entrega a Deus que responde a oração (4-6). O motivo é o que o Senhor faz, pois a ação de Deus ilustra e encoraja a confiar nele, e então, provar e ver que o senhor é bom (7-10). Entretanto, eles precisam lembrar que o temor ao Senhor requer sinceridade no empenho em evitar o que é pecado e fazer o que é bom na vida todos os dias (11-14). Assim há duas razões que são privilégios de estar em compromisso com Deus e que certamente fará diferença na vida com reflexos para a eternidade: Deus é manifesta-se contra os malfeitores ouve o clamor dos justos e libertam-nos (15-18); até mesmo quando Deus permite que seus servos sofram muitas aflições, eles estão seguros de que Deus não permitirá que venham dificuldades além do que eles podem suportar, levando em conta que a maldade será condenada e com ela os que a praticam (19-22).

Pensando em Dt 6.13, é necessário chamar a atenção para a expressão que fala em temer ao senhor ou do mandamento de amar a Deus acima de todas as coisas (Dt 6.5). Em primeiro lugar, este mandamento chama a atenção para a realidade de que a humanidade precisa da lembrança constante do total compromisso com Deus relacionado ao favor imerecido de Deus. Em segundo lugar, esse tipo de temor simultâneo ao amor do homem para com Deus e vice-versa. Trata de uma atitude de reverencia e adoração, que honra, que respeita e é carregada devoção para um ser sublime e que cuida de sua criação como Pai Criador. Quando Jesus foi tentado por satanás, ele, o filho de Deus, o repeliu citando esse versículo.

Introdução: A figura de pai se modificou bastante ao longo do tempo. Hoje temos uma expressão que revela um resgate da figura paterna: "pai não-biológico". Essa expressão, conforme o uso, afirma que "pai mesmo é aquele que cria e cuida".  Eu arriscaria o tema:

DEUS É PAI E PADRASTO
1. Pois, cuida de seus filhos (7-10)
A. Não os abandona e faz tudo por nós;
B. Não os deixa sem sua presença amorosa e cuidadosa;

2. Embora pensemos que Deus às vezes é pai, e às vezes "padrasto" no sentido negativo por não nos dar o que queremos
A. Ouve-nos (3, 7, 12, 18), livra-nos (5, 18, 20) e é bom para conosco (9, 11, 13, 15);
B. Protege da maldade (14, 15, 17, 20, 22) e é nossa justiça (16, 20, 22).

3. Por isso, com Davi e Jesus, bendizemos a esse Deus e pai (padrasto) em todos os tempos
A. Porque somos ouvidos em toda a hora por esse Pai em Jesus Cristo (1-6);
B. Porque a misericórdia de Deus é eterna: prova e veja que Deus é bom (7-10).

Conclusão: Pai é aquele que cria (Criação por amor) e que cuida (Redenção em Cristo e santificação pelo Espírito Santo). Deus nos criou e cuida de nós em seu Filho Jesus Cristo.

P. Aragão

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