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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quando nosso maior direito é roubado

Há um ano Paulo Cezar dos Santos, luta por seu maior direito roubado: O direito à vida. Dado como morto pelo Estado, este cidadão de 41 anos, tenta provar sua existência numa luta dramática. Depois de ser assaltado e levar 3 tiros, ficou internado no Complexo Hospitalar Padre Bento, em Guarulhos e foi confundido por um funcionário do Hospital com um homônimo, que fazia tratamento e que veio de fato falecer. A troca das fichas "matou" Paulo para o Estado, no papel – mas que na prática, vem matando ele aos poucos. Com seqüelas dos tiros, sem seus direitos assegurados e numa burocracia sem fim, vive traumatizado psicologicamente.

Existe maior direito que nos possa ser roubado, senão o do direito à vida? A Constituição Federal do Brasil no 5º artigo defende entre outros direitos o da vida como sendo inviolável. Mas o que dizer de um caso como o de Paulo? Quando o dever de qualquer autoridade é zelar pela vida de quem lhe é confiado e esta se omite e burocratiza, rouba um direito que é inviolável, só no papel.

A autoridade está à deriva, começando dentro de casa, passando pelo abuso de poder, pela corrupção, pela barganha, pela falta de respeito, manchando toda uma sociedade. Assim, pela omissão, a maioria é roubada e sacrificada. Quando o Apóstolo Paulo orienta aos pais "não irriteis vossos filhos" em Efésios 4.6. Ele se refere a uma autoridade dentro de casa, mas que pode ser aplicada às demais: na Igreja, Escola e Estado. Direitos e deveres, viraram uma "sopa de letrinhas", abstrato na luta pela sobrevivência.

Deus é Deus da vida, a cada um de nós Ele deu este direito. Muitas pessoas interpretam erroneamente os 10 Mandamentos, vendo neles apenas como código moral. Mas ele foi dado para um povo que vivia em sociedade, muito antes de um código de conduta, enfatiza um direito: a preservação da vida, respeito e dignidade como pessoa. E quando fala do Mandamento que trata da autoridade, promete vida longa.

A morte está sempre relacionada com a ofensa ao Criador, com o "salário do pecado" (Romanos 6.23). Quando roubamos o direito de alguém, quando somos passivos, coniventes, antiéticos, matamo-nos! O Senhor, doador da vida preocupa-se com pessoas que tiveram pelo pecado, seu maior direito usurpado – a vida.

Por isso que Jesus falou que o maior Mandamento é o Amor. Nele estão baseadas todas as relações, atitudes, exemplos e direitos: "a maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará" (Mateus 24.12); "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos". (João 15.13) Através de Jesus, o Deus da vida nos confere o maior direito roubado – a vida.

Pastor Márlon Hüther Antunes – Maceió (AL)

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